O Costa de África é um filme muito divertido de 1954. O argumento não é inovador nem original e resume-se a uma série de trapalhadas e maquinações com os brilhantes e hilariantes trocadilhos da praxe.
O sobrinho, solteiro e sem dinheiro, recebe um telegrama de um tio colonialista que passará três horas em Lisboa de viagem para Londres. Para justificar as quantias chorudas que o tio lhe envia, consegue que um amigo lhe empreste a moradia e o automóvel, e passe por seu criado, enquanto a noiva do amigo faz de esposa. A mudança de planos do tio, que decide demorar-se vinte dias, transforma tudo…
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Todos terão visto o Pátio das Cantigas, Canção de Lisboa, O Leão da Estrela e o Pai Tirano, mas O Costa de África nunca foi muito divulgado. Recordo-me de o ter visto casualmente em meados da década de 80. O tio, interpretado por Vasco Santana, imbuído pelo espírito de superioridade colonialista, tinha umas atitudes e umas chalaças racistas. Sempre que falava com um criado tratava-o por “bijagós” por o considerar um ser insignificante. Esta particularidade do tio foi o bastante para que, no meu local de trabalho, as hierarquias mais baixas ou subordinados se começassem a tratar por bijagós entre si. Esta piada mantém-se até aos dias de hoje!...
Sempre me questionei sobre as razões que levariam a RTP a não transmitir O Costa de África com a mesma frequência dos outros clássicos portugueses. Apesar de ser um retrato da época colonial portuguesa não vejo motivos que justifiquem o seu esquecimento e muito menos que nos privem do prazer de recordar este filme hilariante.
O sobrinho, solteiro e sem dinheiro, recebe um telegrama de um tio colonialista que passará três horas em Lisboa de viagem para Londres. Para justificar as quantias chorudas que o tio lhe envia, consegue que um amigo lhe empreste a moradia e o automóvel, e passe por seu criado, enquanto a noiva do amigo faz de esposa. A mudança de planos do tio, que decide demorar-se vinte dias, transforma tudo…
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Sempre me questionei sobre as razões que levariam a RTP a não transmitir O Costa de África com a mesma frequência dos outros clássicos portugueses. Apesar de ser um retrato da época colonial portuguesa não vejo motivos que justifiquem o seu esquecimento e muito menos que nos privem do prazer de recordar este filme hilariante.
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