quinta-feira, 29 de abril de 2010

Hora H

A 80ª edição da Feira do Livro vai ter novidades, entre elas, a happy hour, com descontos de 50% nos livros.

Weeeeeeee... Cool!

De segunda a quinta-feira, entre as 22h30 e as 23h30, os visitantes poderão comprar obras com 50% desconto.

Damn it! It's an injustice, it is...

terça-feira, 27 de abril de 2010

Tornar (volver) a Barcelona (5)

Barcelona
12 de Setembro – 2ª parte

Já lá vão quase oito meses da visita a Barcelona e ainda não é desta que termino as anotações sobre as minhas experiências e lembranças.
Entre o último “post” (no distante dia 9 de Dezembro de 2009) e este, muitas coisas aconteceram. Levei um “murro no estômago” e fiquei sem vontade de me centralizar nos três dias fantásticos que passei na capital catalã.
Retomei os registos, que me dão prazer, embora o andamento seja muito lento. Enfim, como diria a R., “um romance não se escreve de um dia para o outro” e este pequeno arquivo de memórias servirá para mais tarde recordar…

Acabei esse último “post” afastando-me, com alguma melancolia, do Park Güell. Todos os adjectivos que eu possa utilizar para qualificar este recinto tão aprazível, terão uma característica comum, aplaudir a obra harmoniosa e encantadora de Gaudí.
Parece, no entanto, que nem sempre assim foi. No livro de Carlos Ruiz Zafón, O Jogo do Anjo, a personagem principal dirige-se a uma vivenda, situada na esquina da Calle Olot com a San José de la Montaña, que contemplava como uma sentinela o fantasmagórico, solitário e sombrio recinto do Park Güell. Três anos antes, por morte de Gaudí, os herdeiros do conde Güell tinham vendido a urbanização deserta, que nunca tivera outro habitante a não ser o seu arquitecto, à Câmara Municipal por uma peseta. Esquecido e abandonado, o jardim de colunas e torres fazia agora lembrar um éden maldito.
Acredito que terá sido assim, mas, esse éden maldito transformou-se num dos locais mais agradáveis da cidade de Barcelona e num paraíso celestial e abençoado…
Prometendo a mim mesma voltar, retomámos o caminho de volta à estação de metro de Lesseps, descendo a Carrer de Larrard, rua fértil em pequenas tiendas de recordações. Fizemos questão de entrar em todas porque tudo nos chamava a atenção. Comprei resmas de postais. Hesitante, encontrava em cada um, um pormenor diferente, e a minha satisfação aumentava proporcionalmente ao monte de postais que se ia acumulando no fundo do meu saco…

O nosso próximo objectivo: a maior, mais original, mais visitada, mas inacabada obra do prodigioso “arquitecto de Deus”, o extraordinário Temple Expiatori de la Sagrada Família.
Em 1883, Gaudí assume a responsabilidade do projecto, que tinha sido iniciado um ano antes por Francisco de Paula del Villar y Lozano, alterando as plantas iniciais. A este projecto dedicou os últimos quarenta e três anos da sua vida.
Em 1884, tornou-se oficialmente o arquitecto do templo e começou a assinar os projectos de arquitectura, na altura, os planos do altar da Capela de S. José, cuja construção foi, ironicamente, bastante rápida. A partir daqui nunca mais houve rapidez na obra. Gaudí preferia o trabalho manual ao trabalho feito pelas máquinas porque, dizia ele “não tenho pressa, o meu Cliente pode esperar”.
Era este o aspecto da obra, em 1908.

Já em 1909, paralelamente à obra, Gaudí construiu as Escolas Provisórias da Sagrada Família, destinadas aos filhos dos trabalhadores do templo e também às crianças que faziam parte da paróquia. Mesmo no edifício das escolas, podemos ver a aversão que Gaudí tinha por cantos e arestas, substituindo-os por curvaturas harmoniosas.

Gaudí acumulava a direcção da construção do templo com outras obras civis e só a partir de 1914 se dedicou exclusivamente à construção do templo, entregando-se de corpo e alma. A dedicação foi tanta que chegou mesmo a viver no local, como um recluso, durante 12 anos. A Sagrada Família torna-se “un pays à lui” e reporta-nos à referência de Victor Hugo a Quasimodo e à sua Notre Dame. A rugosa catedral era a sua carapaça…
Quando Gaudí morreu, em 1926, apenas uma das torres da Fachada da Natividade estava completa.


É na cripta da igreja que Antoni Gaudí está sepultado.
Nos primeiros tempos, choveram entusiásticas doações mas as obras paralisaram quase completamente durante a I Grande Guerra e, mais tarde, durante a Guerra Civil. Em 1936, os republicanos atacaram a Sagrada Família, incendiando a cripta, a escola e os arquivos. Nesse atentado perderam-se os planos e os cálculos originais, apenas sobrevivendo, felizmente, as maquetas de gesso, que possibilitaram a continuação das obras de acordo com a ideia original. Depois da Guerra Civil, o templo viria a ser invadido pelos franquistas que, entre outros prejuízos, profanaram o túmulo de Gaudí, encarado por eles como um símbolo do nacionalismo catalão.
Até aos nossos dias, os trabalhos têm prosseguido a um ritmo muito irregular e moroso.

A Fachada da Natividade foi eleita por Gaudí para dar uma ideia global da estrutura e decoração do templo. Sabia que não iria terminar o projecto no decurso da sua vida e preferiu construir uma fachada completa para mostrar como viria a ser o resto. Escolheu esta fachada por ser, na sua opinião, a que poderia ser mais atraente para o público, estimulando assim a continuação da obra após a sua morte. Nas suas próprias palavras “Se em vez de fazer esta fachada decorada, ornamentada, turgente, começasse pela da Paixão, dura, nua, feita de ossos, as pessoas ter-se-iam retraído.”

Como já tive ocasião de referir, em outro “post” dedicado a Barcelona, estive nesta cidade no início da década de 70. Ao visitar a Sagrada Família, o meu pai, completamente hipnotizado pela grandiosidade do templo inacabado, não se cansava de dizer “isto é uma obra fabulosa”. Eu, nos meus crédulos 14 anos, fascinada também pelo colosso, pensei que seria um local a revisitar dali a meia dúzia de anos, quando a obra estivesse concluída…
Voltei ao fim de quase quarenta anos, continua a ser um enorme canteiro de obras…

Passaram-se 127 anos desde o início da construção deste templo gigantesco. Conseguimos, facilmente, constatar a diferença de tonalidade na pedra.
Espera-se que o monumento fique pronto nas próximas duas décadas e prevê-se que no final da construção terá início a restauração da parte mais antiga!...

A percepção que tenho, actualmente, desta obra-prima do modernismo, não é a mesma da minha adolescência e o entusiasmo de há quarenta anos desvaneceu-se um pouco.
Apesar de indiscutivelmente imponente e de todos os magnetizantes pormenores arquitectónicos, a Sagrada Família não deixa de ser bizarra e perturbadora…e, muito sinceramente, incomodou-me e intimidou-me toda aquela verticalidade tenebrosa…
A Fachada da Natividade parece feita de areia mole, da beira do mar, como se uma mão gigantesca a tivesse feito escorrer. A Fachada da Paixão, construída após a morte de Gaudí, não deixa de ser, também, estranha e inquietante, com todas aquelas figuras de traços duros e semblantes carregados e sinistros. Pelo que pude averiguar, a Fachada da Glória, em construção, será descomunal e majestosa.
Como é difícil descrever, por palavras, a tetricidade e a austeridade que menciono, por oposição à originalidade e à grandiosidade, ficam aqui as imagens que, como é usual dizer-se, valem mais do que mil palavras.
A verdade é que ninguém fica indiferente perante as obras de Gaudí e perto do Temple Expiatori de la Sagrada Família sentimo-nos reduzidos à nossa insignificância e pequenez humana…

Tal como Gaudí, é muito provável que também eu não veja o projecto acabado, no decurso da minha vida…mas trilhei la ruta del modernisme…

domingo, 25 de abril de 2010

Ensaio Geral...

... para o 25 de Abril

(em homenagem à cidade de Caldas da Rainha e a todos os caldenses...)

sexta-feira, 23 de abril de 2010

A dor que me ficou

Há 4 meses, a noite mais amarga da minha vida...

Se lá no assento etéreo, onde subiste,
Memória desta vida se consente,

Não te esqueças dos momentos gravados na memória, das memórias desta vida, da vida que é feita de memórias…

E se vires que pode merecer-te
Alguma cousa a dor que me ficou
Da mágoa, sem remédio, de perder-te,

Roga a Deus por mim que, cá na Terra, continuo a recordar-te dia após dia e essas doces lembranças me ajudam a viver melhor…

De meus olhos te levou.

Vejo-te sempre que quero, basta-me pensar em ti… mas a saudade é persistente, é ferida que dói e não se sente…
Repousa lá no Céu eternamente

Bookcrossing

Transformar o mundo todo numa biblioteca? Fazer com que o acesso à leitura seja universal? Ainda não tive oportunidade de aprofundar o assunto e sinto-me ainda um pouco reticente, mas a ideia parece-me interessante.
Oferecer livros a desconhecidos. Livros muito especiais que viajam à volta do mundo a fazer novos amigos.
E se um desconhecido me oferecesse um livro? Isso seria
Bookcrossing!

Miúdos Graúdos...

... ou Gente pequena, Grandes exemplos...

O hábito de ler dá-nos elasticidade mental, apela à nossa imaginação e enriquece o nosso vocabulário. Ler é importante para fazer com que as crianças se tornem criativas, e uma óptima maneira de armazenar conhecimentos.
É através da escrita que conseguimos, muitas vezes, detectar se uma criança tem ou não hábitos de leitura.
Não quis deixar de partilhar um texto da minha sobrinha C, com 9 anos e a frequentar o 4º ano de escolaridade. Na escola e sem ajuda, foi pedido um texto onde teria que contar uma história, dando um nome a um homem, a um animal e a um objecto.


Faço aqui a transcrição do texto:

O banco “Velho”

Era uma vez um jardim em Nova Iorque que se chamava o jardim da estátua da Liberdade.
Aquele jardim era muito bonito, para além de ter exposições de pessoas muito importantes e de ser bonito de se ver e de estar, acabava por ser calmo.
Nesse jardim havia um banco castanho, velho. Ele já existia desde a 2ª Guerra Mundial entre a América e os Nazis.
Nesse tempo, nesse banco sentavam-se as mães e as filhas que perdiam os pais ou os maridos.
O banco era muito velho, quase já não se aguentava em pé, estava rugoso, mas não era por isso que as pessoas se deixavam de sentar naquele banco, pelo contrário até lhe chamavam o “Velho”. Os namorados, as amigas, os turistas, enfim…toda a gente se sentava aí.
Um homem chamado Miguel, com 45 anos, de cabelo loiro e de olhos verdes como as algas do mar, também costumava sentar-se no banco mas havia um problema, era que pesava 150 kg.
Ele tinha um cão chamado Bolinhas era castanho, muito fofinho e muito giro.
Um dia, Miguel estava a passear com o cão e foi ao jardim da estátua da Liberdade.
Como já estava cansado sentou-se no banco.
Mal se sentou o banco caiu no chão.
Miguel ficou envergonhado porque toda a gente ficou a olhar para ele.
Dias depois, resolveram fazer uma estátua num museu e puseram o banco mais velho do Universo.
Ficou na história.


Quantos, na instrução primária, fizeram um texto semelhante, com este conjunto de conhecimentos?
Estou em crer que nenhum de nós tinha esta "bagagem"...
Aqui está uma prova de que as crianças que lêem mais, escrevem melhor.
E quanto mais elas escreverem, melhor se torna a sua escrita…
Ponham os olhos na minha sobrinha C! Felizmente, ainda há miúdos assim…

Assombroso!...

Vão precisar de colocar uns auscultadores nos ouvidos para que isto funcione. Certifiquem-se que não há barulho à vossa volta, fechem os olhos, aumentem um pouco o volume e desfrutem deste ilusório e impressionante trabalho de áudio.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Livros e Mar: eis o meu elemento! (24)

Muito bom é a avaliação que faço deste novo romance de Aravind Adiga, autor de O Tigre Branco, o aplaudido Booker Prize de 2008.
Entre os Assassinatos é uma obra composta por várias histórias de vida passadas em Kittur, uma cidade imaginária na costa sudoeste da Índia, num período de sete anos, entre o assassinato de Indira Gandhi e o do seu filho Rajiv Gandhi.

Em cada capítulo conhecemos a vida de uma personagem. Algumas delas dão-se por satisfeitas com o que o destino lhes reservou neste mundo e outras revoltam-se contra as desigualdades socioculturais.
Existências e realidades muito distintas, com as quais não estamos familiarizados, e que assentam em diferentes castas, idiomas e dialectos e religiões. Uma sociedade pluralista e letárgica em que imperam altos níveis de pobreza, analfabetismo, fraudes, mentira, exploração, corrupção e subornos.
Ler Aravind Adiga é (quase) o mesmo que visitar a Índia, uma mistura de beleza deslumbrante com imundície…

quarta-feira, 21 de abril de 2010

O cliente tem sempre razão...


Message in a bottle (27)

(J, obrigada pela recomendação)

A reguada regressou às escolas do Texas a pedido dos pais. Em Portugal as memórias são demasiado frescas para se defender o mesmo (por Kátia Catulo, no Jornal i).

Não se passou assim tanto tempo que a palmatória tenha caído no esquecimento colectivo. A professora fria, austera e de régua na mão ainda assombra os pesadelos de muita gente crescida. E está de volta. Não aqui, em Portugal, onde a prática foi proibida em 1993, mas numa cidade de 60 mil habitantes do Texas, nos Estados Unidos. Nas 14 escolas públicas de Temple, foram os próprios pais a pedir o regresso da reguada para disciplinar os filhos mais rebeldes. O conselho escolar da cidade votou e aprovou por unanimidade o castigo em Maio do ano passado, que só é aplicado pelo director e em casos considerados graves. Três reguadas na palma da mão são a pena máxima para os que agridem os professores e funcionários, para os que roubam os colegas, para os que são apanhados a assaltar a escola, ou que sejam acusados de bullying.
O castigo, instituído há quase um ano, só foi aplicado uma vez. Bastou para "reduzir drasticamente a violência escolar", explicou ao jornal Washington Post, Steve Wright, o director do conselho escolar de Temple. O efeito preventivo da palmatória terá sido suficiente para assustar os alunos agressivos e todos estarão satisfeitos: pais, professores e alunos.
Em Portugal não seria bem assim. Só a ideia causa arrepios a uma boa parte dos pais e dos professores do ensino básico e secundário. Não só porque a pedagogia do medo já não tem muito sucesso entre os educadores portugueses, mas principalmente porque a maioria dos adultos ainda se lembra de quando era miúdo e teve de estender a mão à palmatória. A experiência pessoal conta muito para rejeitar a medida adoptada nas escolas do Texas.
Rosário Varela, professora de Português da Escola Secundária Luís Freitas Branco, em Oeiras, guardou um ódio de estimação tão profundo à sua professora primária que até se recusou a comparecer à homenagem que lhe prestaram há uns anos. Maria José Novo, professora do 1.o ciclo na Amadora também se recorda do medo que tinha de errar nas contas de matemática por causa das palmatórias. Fernanda Ramos, presidente da Associação de Pais da Secundária da Ramada (Odivelas), nem se lembra mais porque apanhou "tantas reguadas" na escola. Perante um passado tão tenebroso seria improvável que quisessem copiar a experiência americana.
O que defendem são doses elevadas de diálogo e também muita criatividade para despertar nos alunos o gosto de aprender. É o que dizem todos, sem excepção, mas também confessam que só isso não resolve nada. É a partir deste ponto que começam as queixas. Professores acusam os pais de se demitirem da educação dos seus filhos. Pais criticam os professores por não estarem preparados para lidar com a indisciplina na escola, apesar de admitirem que, em regra, há cada vez mais encarregados de educação "divorciados" da escola, diz Paula Chuço, da associação de pais Agrupamento Vertical de Mora. Só que isso não serve como única justificação: "As crianças são por natureza irrequietas e não basta querer para ser professor." É preciso formação específica, vocação e até o carisma conta para conseguir disciplinar uma turma, defende Paula Chuço. E esforço da parte das famílias, acrescenta Fernanda Ramos, da associação de pais da Secundária da Ramada: "Reconheço, enquanto mãe, um desinteresse dos pais perante a vida escolar dos filhos. Basta ver a adesão quase inexistente deles nas reuniões convocadas pela associação ou pelos professores. Mas também sei que uma mesma turma pode ser indisciplinada com um professor e bem comportada com outro, logo há que procurar saber os motivos dessa diferença."
Que a escola em regra se tornou num "depósito" para os pais com "carreiras exigentes" deixarem os filhos é ponto assente para a professora de Português Rosário Varela Pinto. Que, em muitos casos, são os pais a precisar de "umas boas reguadas" por serem tão "displicentes" é outra "verdade" para Mário Octávio Oliveira, professor de Electrónica da Secundária Luís Freitas Branco. Mas ambos reconhecem que a escola é incapaz de disciplinar os alunos. "As medidas sancionatórias não têm qualquer efeito dissuasor sobre os adolescentes", conta Rosário Pinto. Nem sequer consequências sérias: "A partir do momento que, por exemplo, uma suspensão de um aluno não conta como falta para acumular e para reprovar de ano, que efeito é que uma sanção destas pode ter?"

terça-feira, 20 de abril de 2010

Limpe o pó...se precisar

(não sou a autora do texto, apenas lhe dei umas pinceladas…)

Limpe o pó... se precisar... mas pense que a camada de pó vai proteger a madeira que está por baixo dela!
E se alguém aparecer de repente? Não tenho que explicar a situação da minha casa a ninguém... Além disso, as pessoas não estão interessadas em saber o que eu estive a fazer o dia todo enquanto elas passeavam, se divertiam e aproveitavam a vida...
Limpe o pó... se precisar... mas não seria melhor pintar um quadro, escrever um texto, fazer um bolo e lamber a colher suja de massa, plantar e regar umas sementinhas?
Caso ainda não tenha percebido, a VIDA é demasiado CURTA...
Limpe o pó... se precisar... mas não terá muito tempo livre para beber champanhe, nadar na praia ou na piscina, escalar montanhas, passear no campo e aproveitar a vida!
Pense bem, estes dias não voltarão nunca!
Limpe o pó... se precisar... mas não se esqueça que vai envelhecer e muitas coisas não serão tão fáceis de fazer como agora...
E quando partir, como todos nós partiremos um dia, também vai virar pó!
Limpe o pó... se precisar... mas a vida continua lá fora, o sol iluminando os olhos, o vento agitando os cabelos, a neve a cair em flocos, as gotas da chuva caindo mansamente...
Limpe o pó... se precisar... mas não terá muito tempo livre para ouvir música e ler livros, ver um filme ou estar com os amigos…
Pense bem, estes dias não voltarão nunca!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Amigas

As cotas (S, desculpa lá esta...) na festa de aniversário do T.

Aqui, estamos nós as três...

Aqui, já estamos nós as quatro...

Finalmente, as cinco...
Somos mesmo fotogénicas! Estamos lindérrimas!


Nós, daqui a mais alguns anos... (não exactamente pela mesma ordem...)
Umas velhinhas encantadoras...

Nota: Nunca publico fotografias com rostos. Pezinhos na areia rules...

domingo, 18 de abril de 2010

Ontem...

E não fiquei mesmo...
Estive com os meus amigos!

sábado, 17 de abril de 2010

A nova Língua Portuguesa

(Autor anónimo)

Desde que os americanos se lembraram de começar a chamar aos pretos “afro-americanos”, com vista a acabar com as raças por via gramatical, isto tem sido um fartote pegado!
As criadas dos anos 70 passaram a “empregadas domésticas” e preparam-se agora para receber a menção de “auxiliares de apoio doméstico”. De igual modo, extinguiram-se nas escolas os contínuos que passaram todos a “auxiliares da acção educativa”. Os vendedores de medicamentos, com alguma prosápia, tratam-se por “delegados de informação médica”. E pelo mesmo processo transmudaram-se os caixeiros-viajantes em “técnicos de vendas”. As prostitutas passaram a ser "senhoras de alterne".
O aborto eufemizou-se em “interrupção voluntária da gravidez”; os gangs étnicos são “grupos de jovens”; os operários fizeram-se de repente “colaboradores”; as fábricas, essas, vistas de dentro são “unidades produtivas” e vistas da estranja são “centros de decisão nacionais”.
O analfabetismo desapareceu da crosta portuguesa, cedendo o passo à “iliteracia” galopante. Desapareceram dos comboios as 1.ª e 2.ª classes, para não ferir a susceptibilidade social das massas hierarquizadas, mas por imperscrutáveis necessidades de tesouraria continuam a cobrar-se preços distintos nas classes “Conforto” e”Turística”.
A Ágata, rainha do pimba, cantava chorosa: «Sou mãe solteira...»; agora, se quiser acompanhar os novos tempos, deve alterar a letra da pungente melodia: «Tenho uma família monoparental...» - eis o novo verso da cançoneta, se quiser fazer jus à modernidade impante. Aquietadas pela televisão, já se não vêem por aí aos pinotes crianças irrequietas e «terroristas»; diz-se modernamente que têm um “comportamento disfuncional hiperactivo”. Do mesmo modo, e para felicidade dos “encarregados de educação”, os brilhantes programas escolares extinguiram os alunos cábulas; tais estudantes serão, quando muito, crianças de desenvolvimento instável.
Ainda há cegos, infelizmente. Mas como a palavra fosse considerada desagradável e até aviltante, quem não vê é considerado “invisual” (o termo é gramaticalmente impróprio, como impróprio seria chamar inauditivos aos surdos, mas o “politicamente correcto” marimba-se para as regras gramaticais...).
Para compor o ramalhete e se darem ares, as gentes cultas da praça desbocam-se em “implementações”, “posturas pró-activas”, “políticas fracturantes” e outros barbarismos da linguagem.
E assim linguajamos o Português, vagueando perdidos entre a «correcção política» e o novo-riquismo linguístico. Estamos lixados com este novo português; não admira que o pessoal tenha, cada vez mais, esgotamentos e stress. Já não se diz o que se pensa, tem de se pensar o que se diz de forma “politicamente correcta”.
Os idiotas e imbecis passam a designar-se por “indivíduos com atitude não vinculativa”. Os pretos passaram a ser pessoas de cor. Os gordos e os magros passaram a ser pessoas com “disfunção alimentar”. Os mentirosos passam a ser “pessoas com muita imaginação”. Os que fazem desfalques nas empresas e são descobertos são “pessoas com grande visão empresarial mas que estão rodeados de invejosos”.
Para autarcas e políticos, afirmar que “eu tenho impunidade judicial”, foi substituído por “estar de consciência tranquila”.
O conceito de corrupção organizada foi substituído pela palavra “sistema”.
Difícil, dramático, desastroso, congestionado, problemático, etc., passou a ser sinónimo de complicado…

Memórias e Afectos (54)

As 7 crianças do filme Música no Coração. Reuniram-se em 2005, 40 anos depois.
A idade passa por todos...




quinta-feira, 15 de abril de 2010

Ganda Nóia!...(2)

Uma das minhas homenagens anuais...

14 de Abril, Domingo
20:55 O Titanic viaja a 22 nós com 24 das suas 29 caldeiras activadas.
21:40 A sexta mensagem é recebida, alertando para a presença de grande quantidade de gelo nas proximidades.
22:00 A temperatura do ar é de 0º C. O céu está sem nuvens.
22:30 A temperatura do mar é de -2º C.
23:40 A colisão dura apenas uns segundos, mas causa sérios danos estruturais no casco.
23:50 Dez minutos após a colisão, a água já atinge 4 metros acima da quilha.

15 de Abril, Segunda-feira
00:15 O comandante ordena o envio de pedidos de socorro.
00:20 São dadas ordens para os passageiros começarem a entrar nos barcos salva-vidas. O Titanic começa a apresentar uma inclinação.
2:05 Desce o último barco salva-vidas. O castelo da proa está totalmente submerso. Aproximadamente 1.500 pessoas ainda estão a bordo.
2:18 - As luzes piscam e apagam-se definitivamente.
2:20 A proa inicia o seu mergulho e o Titanic desaparece sob as águas geladas do Atlântico Norte.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Message in a bottle (26)

Redes sociais não, obrigado!
Pedro Afonso
Médico psiquiatra (In Jornal Público)

Ninguém pode ficar indiferente ao enorme sucesso das redes sociais da Internet, contando já com milhões de utilizadores. Mas que riscos e consequências estarão ligadas a esta nova forma de relacionamento social virtual? Sem cair em estereótipos, e em fundamentalismos redutores, julgo que há uma tendência neste recente instrumento de relacionamento humano introduzido pela Internet. Neste caso parece existir uma busca pela auto-valorização e uma necessidade exibicionista de atenção e admiração. Esta última característica torna-se bem visível pela forma como se arrecada "amigos", aos milhares, como se fossem troféus de caça social. Portanto, na amizade, desvalorizou-se a qualidade para se dar a primazia à quantidade, o que não é mais do que um reflexo da sociedade de consumo nas relações sociais.
As relações sociais virtuais da Internet são bastante diferentes das relações sociais reais. Alimentam-se fantasias e cada um mostra aquilo que tem de melhor: a beleza, o êxito, as férias fantásticas, os momentos de felicidade, etc. Habitualmente o indivíduo promove-se na rede social como uma pessoa de sucesso, expondo as suas vitórias e ocultando propositadamente os seus fracassos. É nesta imensa revista cor-de-rosa, irreal e fantasiosa, que as pessoas se relacionam umas com as outras, evitando as regras da verdadeira rede social, bem mais complexa e difícil.
Seja como for, parece não existirem dúvidas de que se criou um certo consumismo social, sem esforço, e acessível a alguns toques no teclado do computador. Porém, as redes sociais da Internet, no sentido em que são redes virtuais e menos complexas, podem surgir como uma forma de resistência à aquisição de uma verdadeira aprendizagem social, promovendo a regressão e a imaturidade. A amizade criada no mundo real demora tempo a consolidar-se e passa por diversas provas que nada têm a ver com as pseudo-amizades do mundo virtual. Por essa razão, nenhum relacionamento através do computador substituiu a experiência da presença humana: a troca de olhares, a expressão facial, os gestos, o tom de voz, etc. As redes sociais favorecem o empobrecimento do relacionamento social - criando-se novas formas de solidão - porque as relações pessoais reais são mais ricas e profundas.
Não se pode discutir as redes sociais da Internet sem falar em segurança. Por diversas vezes, as polícias têm alertado para os perigos de se divulgarem informações pessoais na rede. Por exemplo, uma vez colocada uma fotografia pessoal na rede social, ela poderá ficar na Internet para sempre, perdendo-se por completo o seu controlo. Curiosamente, este fenómeno reflecte um paradoxo. Numa altura em que se investe cada vez mais em segurança, através da videovigilância, alarmes, etc., na Internet as pessoas expõem-se cada vez mais, abrindo as portas da sua vida privada, sem reflectir nos perigos que isso representa.
Importa sublinhar que as redes sociais reflectem o que há de melhor e pior na natureza humana, com a diferença de possibilitar aos indivíduos perturbados psiquicamente - que existem em largo número em todas as sociedades - actuarem facilmente dissimulados, diminuindo a possibilidade de serem detectados. As redes sociais tornam-se assim uma ferramenta útil para as mais vis maquinações. Um magnífico caldo de cultura para que várias mentes perigosas possam florescer e movimentar-se facilmente na cobardia do anonimato, encorajados pela diminuição dos vários mecanismos de prevenção e segurança de que a sociedade dispõe.
Espantosamente, milhões de pessoas passam cada vez mais tempo nesse mundo virtual, agarrados obsessivamente ao computador. Este é um sinal preocupante de desumanização da nossa sociedade uma vez que esta emigração maciça para o mundo virtual pode revelar-se como um início de psicose colectiva: como esta realidade não é conveniente, as pessoas refugiam-se noutra imaginária. O crescimento vertiginoso das redes sociais demonstra que o Homem, outrora sonhador, com ideias e valores, está a capitular. Desistiu de lutar por uma sociedade melhor, cedeu ao facilitismo, e renunciou viver neste mundo. Por tudo isto, adaptando um slogan antigo, talvez valesse a pena dizer: redes sociais não, obrigado.
(In Jornal Público)

É como tudo, depende do uso que lhe damos. Afinal de contas um blogue também se pode considerar uma rede social... Temos "amigos" e interesses em comum...

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Bullshit...


Ah sim?... Mas não resulta nas astenias!...
Li, por aí, que uma maçã faz o mesmo efeito
que um cafezinho e é muito mais saudável...
Vou experimentar, embora preferisse um pêssego...
ou umas cerejas...

domingo, 11 de abril de 2010

Memórias e Afectos (53)

O Café Bocage, em Caldas da Rainha, faz parte do meu imaginário.
Embora o Café eleito pelo meu "avôzinho" R. fosse o Café Central, o Café Bocage era o seu Café alternativo.
Como já tive oportunidade de escrever sobre o Café Central, aqui fica uma foto do Café Bocage, gentilmente roubada na Net, para, mais uma vez, homenagear o meu avô, no dia do seu nascimento, faz hoje 122 anos…

sábado, 10 de abril de 2010

Astenia Primaveril

A astenia caracteriza-se pela sensação de cansaço generalizado e falta de energia, e afecta a capacidade de realizar as tarefas mais simples.

Tenho os sintomas...

É uma sensação generalizada de debilidade e falta de vitalidade, que se sente tanto a nível físico como intelectual, e que afecta a capacidade de trabalhar. Não melhora com o descanso.

Tenho os sintomas...

A astenia primaveril é aquela que afecta um maior número de pessoas, e parece estar relacionada com a mudança de estação. Trata-se de uma astenia de carácter leve que desaparece ao fim de alguns dias e que não costuma precisar de tratamento.

Será que tenho os sintomas? Ou será quebranto?...

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Complicadex

Para ter direito a um complemento de dependência, visto que dependia de terceiros por estar acamado, o meu pai compareceu, levado de ambulância, no centro da Segurança Social, na Amadora, por ser a sua área de residência. Isto aconteceu no início de Dezembro de 2009 e, infelizmente para todos nós, faleceu no dia 23 de Dezembro, nunca tendo usufruído do supracitado complemento. Após o serviço da ambulância, o meu irmão entregou o recibo dos bombeiros na S.S., para que o dinheiro despendido na deslocação fosse posteriormente reembolsado.
No fim de Março, mais de três meses decorridos, chegou à caixa do correio da minha mãe, um cheque da Segurança Social, em nome do meu pai, restituindo o dinheiro desembolsado. Se desde Janeiro a S.S. tem todos os elementos referentes ao óbito do meu pai, se a minha mãe recebeu, desta instituição, e em seu nome, correspondência sobre a futura pensão de sobrevivência e sobre o subsídio por morte, não se compreende que remetam um cheque à ordem, contendo o nome de uma pessoa que já não se encontra entre nós…
Julgo que um erro desta natureza seria evitável, tendo em conta que a instituição tem acesso a um sistema informatizado de dados em rede. Ou será que o Simplex ainda não chegou à Segurança Social!?
No seguimento deste engano, era imprescindível pedir uma nova emissão do cheque, desta vez em nome da minha mãe. Visto que o assunto não podia ser tratado pela segurança social directa, fui obrigada a deslocar-me à Segurança Social na Avenida Manuel da Maia, em Lisboa, com a documentação necessária para o efeito. Como trabalho ali perto, vejo frequentemente uma fila enorme de pessoal logo pelas 8 e picos da manhã e as portas só abrem às 9 horas.
Tomei o pequeno-almoço tranquilamente e, às 9 horas e 30 minutos, entrei e tirei uma senha. Senha A71!! Em seis mesas, três estavam a funcionar! Pensei, de mim para mim, isto promete!... Tinha tempo de ir trabalhar e a meio da manhã dar lá um saltinho para ver a evolução da chamada. Se bem o pensei, melhor o fiz…
Eram umas 11 horas quando voltei. Senha A35!! Em seis mesas, quatro estavam a funcionar! As esperanças de conseguir ser atendida ainda naquele dia ficaram um pouco abaladas, mas como tinham sido distribuídas 160 senhas, pensei que existia gente em pior posição do que eu… Caramba, temos que confiar nos serviços! Voltei, novamente, por volta do meio-dia. Senha A41!!
Claro está que fui almoçar serenamente, sem stressar, e às 13 horas lá estava eu, qual criminoso que volta sempre ao local do crime… Senha A49!! Desta feita, lá consegui arranjar um assento (para lamentar…) e decidi aguardar a minha vez pacientemente. Em seis mesas, apenas duas estavam a funcionar porque era o período do almoço! E acho bem, pois quem não manduca não trabuca e vice-versa.
Aproveitei para dar uma olhadela aos outros frustrados que, como eu, nada podiam fazer a não ser esperar. Várias nacionalidades, a mesma cara de desalento.
Ao fim de meia hora, a esperança de ser atendida, até às dezasseis e trinta, hora de fecho, reacendeu-se. Senha A56!! Boa! Já só faltavam quinze!!!...
A minha vez chegou mais depressa do que eu imaginava. Senha A71!! Eram 14 horas e trinta minutos! Cinco horas depois de ter tirado senha! Nada mau, hem? Direi mesmo, fenomenal! Assombroso! Mais surpreendente ainda! O problema ficou resolvido e diga-se, em abono da verdade, graças a uma funcionária cinco estrelas! Nem tudo é mau…
Saí às 14 horas e 47 minutos do local do crime… e não era a criminosa.
O crime continuou lá, por resolver. Isto é um crime, sim, porque esta espera desesperante é uma violação grave de ordem moral e civil e com uma agravante… não é punido pela lei penal!
Complicadex!...

Message in a bottle (26)

Uma história de Abril (por José Coimbra - Vozes da Rádio)

Há tempos em Milão surpreendeu-me o comentário de Carlo, um jovem pizeiro. Ao dizer-lhe que vinha de Portugal e que estava na cidade para ver jogar o Inter treinado por Mourinho, Carlo, de avental à cintura e chapéu de chef, solta um inesperado "Portugallo!! Revolução dos Cravos!"
Falou-me dos acontecimentos políticos e sociais que se seguiram ao 25 de Abril de 1974 e por entre histórias do PREC perguntou que piza queria eu para jantar. Pela primeira vez, no estrangeiro, alguém não confirmava conhecer Portugal, comentando os golos de Cristiano Ronaldo, Figo ou Eusébio.
Espantei-me com o saber de Carlo, e empachei-me com a piza de massa fina e estaladiça que entretanto saíra do forno de lenha.

Pela minha parte, quero agradecer publicamente ao Carlo pelo facto de conhecer o nosso país por algo digno de relevo!... Obrigada Carlo, Grazie mille!

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Ai a loiça!!!...

Recordando uma das mais queridas actrizes cá do burgo... Quem não se lembra da Laura Alves, no papel da criada Rosa, no filme português O Leão da Estrela? Sempre que se abespinhava com o patrão Anastácio, sportinguista ferrenho (o grande António Silva, que foi ao Porto para casa do amigo Barata), dizia Ai a loiça!...
Pois é exactamente isso que me apetece dizer sempre que lido com pratos, copos, travessas, afins e similares. Julgo que daria uma excelente praticante de tiro aos pratos e empenhadíssima!

Infelizmente, hoje AINDA NÃO é o dia... No entanto, se esse meu sonho, um dia, se concretizar, registarei o acontecimento para a posteridade!...

3 Bês

Bom, bonito e barato... Palavras que, segundo os meus queridos amigos Z. e C., caracterizam, sinteticamente, este Parque de Natureza de Noudar.

Parafraseando o Z, é um local onde os portugueses são quase espanhóis (piada para o nosso amigo B. ou Z. C.). Sugiro, até, que ele veja la presentación del Parque en español...

Aqui fica a sugestão, agora é só pegar na mochila e partir...

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Memórias e Afectos (52)

Herdei este Monopólio, de caixa azul, dos anos 50, do meu irmão. Tem mais de meio século e guardo-o com todo o afecto. Descobri, há pouco tempo, que também foi comercializado em caixa encarnada. Parece muito estimado, mas o meu também está em bom estado...


Ainda não existia Caixa da Comunidade. Havia a Sorte e o Azar… e, para ser sincera, nunca fui afortunada neste jogo, para além de ter muito mau perder…

sábado, 3 de abril de 2010

Memórias e Afectos (51)


Casei com uma Feiticeira
Mais uma série de culto da década de 60 que eu não perdia...



sexta-feira, 2 de abril de 2010

Agradecimento...

... a Hans Christian Andersen por me ter feito feliz.

O 2 de Abril foi instituído Dia Internacional da Literatura Infantil em homenagem ao escritor dinamarquês Hans Christian Andersen que nasceu neste data.
Criando o gosto pela leitura, as crianças poderão imaginar e inventar mundos novos...

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Almas gémeas...

Ao fim de tantos anos, encontro, finalmente, a minha alma gémea!... Mas, como nunca há bela sem senão, tinha logo que ter mais vinte anos que eu e ser madrileno...
Vou trocar o El País pelo Diari de Barcelona, La Vanguardia ou El Periódico de Catalunya...

¿Creieu que les ànimes bessones existeixen?
¿Hi ha una sóla ànima per a cadascún de nosaltres?
O hi ha més d'una?
¿Qué succeeix quan trobem a la nostra ànima bessona?