sábado, 31 de agosto de 2013

Compromissos de Férias

O título deste post dá a ideia de que me obriguei a fazer determinadas tarefas durante as férias, mas não é disso que se trata, principalmente porque as palavras férias e tarefas são, a meu ver, antagónicas. Estas duas palavras juntas não jogam, e eu não consigo associá-las sem ter um ataque de brotoeja…
Na verdade, os compromissos a que me refiro são agradáveis e relaxantes actividades que me dão um enorme prazer.
Já é do conhecimento de todos os que me visitam com alguma regularidade que sou membro do Postcrossing e existem duas razões óbvias e de peso que me levaram a fazer parte dessa comunidade, receber e enviar postais. É claro como água, embora o Postcrossing, ao contrário da água, nada tenha de incolor e insípido.
O conteúdo da minha caixa do correio, sensaborão e previsível, passou a ser uma caixinha de surpresas coloridas. É evidente que as contas para pagar, os extractos bancários e a publicidade não desapareceram, mas a verdade é que os postais vieram dar vida a uma caixa do correio agonizante e tristonha.
Recordo, com saudade, a satisfação que dantes sentia ao receber postais ilustrados no meu aniversário, na época natalícia e nas férias. Era uma sensação única… Passei a receber SMS e emails, mas essas mensagens não têm o fascínio de uma missiva manuscrita. Por cá, com a agitação que nos consome no dia-a-dia e a rendição sem luta às novas tecnologias da comunicação, fomos perdendo o hábito de enviar postais. Dado que julgo isto lamentável, e me agrada muito esta salutar correspondência, porque não recuperar a tradição e o tempo perdido?
Pois foi assim que, nestas férias, retomei o delicioso ritual e os postais ilustrados voltaram à vida, renascendo das cinzas qual fénix. Sem necessidade de eloquência, sem preocupações com a caligrafia, somente pelo prazer de escrever, mesmo que sejam apenas banalidades próprias das férias ou notícias meteorológicas e sazonais, troquei postais com família e amigos. E vocês, dependentes do rato e do teclado, há quanto tempo não escrevem um postal?
Infelizmente, não tenho fotografia dos postais que enviei, mas aqui fica uma dos postais que recebi. Magníficos…

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O outro compromisso a que me dediquei deleitosamente foi à leitura e, nestas férias, regressei aos livros juvenis da minha adolescência, mais precisamente a livros de Enid Blyton. Reli e, apesar de os ver com outros olhos, de já não sentir o entusiasmo e a emoção de tempos idos, não me desiludiram. Por muito que o mundo gire e o tempo passe, Enid Blyton fará sempre parte de uma parte da minha vida, particularmente das minhas saudosas férias grandes.

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Logo, pareceu-me apropriado relê-la no meu maior período de descanso. Sem sair da espreguiçadeira ou da toalha de praia, mesmo já não sendo criança, parti à aventura na ilha, partilhei o mistério de Rockingdown, viajei até à montanha secreta, passei momentos mágicos na casa da árvore oca, desembarquei na ilha Kirrin e convivi diariamente com a família da casa da esquina… Valeu a pena…

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Merveilleux…

O filme "A Gaiola Dourada", do luso-descendente Ruben Alves, protagonizado por Rita Blanco e Joaquim de Almeida, conta a história de um casal de emigrantes portugueses há trinta anos a trabalhar em Paris. Maria é a porteira de um edifício chique, sempre disponível e afeiçoada a todos os moradores. José, um trabalhador da construção civil, é igualmente imprescindível para o seu patrão. Este casal de imigrantes portugueses é querido por todos no bairro. Quando surge a oportunidade de concretizarem o sonho das suas vidas, voltar a Portugal, depois de José herdar uma casa e propriedades no Douro vinhateiro, não sabem como dar a notícia sem melindrar todas as pessoas que os rodeiam, mas a notícia espalha-se e familiares, amigos, vizinhos e empregadores lutam nos bastidores para encontrar maneiras de impedi-los de regressar ao seu país.

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Gostei muito, mesmo muito! O filme é uma comédia despretensiosa e talvez por essa razão tenha tido tanto sucesso. Uma comédia…dramática com detalhes muito bem conseguidos do dia-a-dia dos portugueses. Ri com gosto, mas algumas cenas emocionaram-me.
Embora não nos sejam apresentados como provincianos, continuam, ao fim de 30 anos, a ser subservientes porque se sentem numa situação social inferior. Mesmo os filhos, nascidos em França, carregam consigo o estigma de serem filhos de emigrantes, notando-se, em algumas cenas, a vergonha dos pais portugueses.
A cena mais forte do filme é o fado cantado por Catarina Wallenstein. Na minha opinião é o momento chave porque contém frases relevantes, como as pedras da rua pisadas por toda a gente ou esquecer as saudades que roem o meu coração. A informação mais importante e que resume os sentimentos dos emigrantes é referida nos dois últimos versos,
das mãos de Deus tudo aceito mas que eu morra em Portugal.A Quinta dos Malvedos, nas encostas do rio Douro, em Alijó, serviu de cenário para as últimas cenas do filme. E que cenário!
Uma família portuguesa com certeza… Bravo!

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terça-feira, 27 de agosto de 2013

Postcrossing (44)

Aachen

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DE-2269242 enviado pela Nuphar
Foi fácil a esta alemã agradar-me. Sabendo que tenho interesse por postais alusivos ao Património da Humanidade, bastou ir ao posto de turismo e comprar este postal da Catedral de Aachen, símbolo da cidade. A cidade de Aachen está localizada na região administrativa de Colónia e próxima das fronteiras da Bélgica e dos Países Baixos. A cidade, antigamente chamada de Aquisgranum (em latim) e Aix-la-Chapelle (em francês) foi a cidade que o grande imperador dos francos, Carlos Magno, escolheu para fazer a sede do seu império.
A Catedral de Aachen foi mandada erigir por Carlos Magno por volta de 790 (tendo sido aqui sepultado em 814) e é a mais antiga catedral do norte da Europa, além de ter sido, na sua fase inicial e durante séculos, o edifício mais alto a norte dos Alpes. Foi também até ao século XVI local de coroamento dos imperadores do Sacro Império Romano.
Esta catedral incluiu-se nas primeiras doze edificações humanas a receber da UNESCO, em 1978, a classificação de Património da Humanidade que ainda hoje se mantém.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Livros e Mar: eis o meu elemento! (77)

O Palácio da Meia-Noite faz parte, com O Príncipe da Neblina, Marina e As Luzes de Setembro (ainda não publicado em português), de uma série de romances juvenis escritos no início da carreira de Carlos Ruiz Zafón. Independentemente de alguns erros, que ele agora encontra nestas obras por falta de experiência literária, estas histórias de mistério e aventura converteram à leitura numerosos leitores jovens, facto que muito agradou ao autor.
Também eu teria sido sua seguidora incondicional, caso Zafón fosse um autor de literatura juvenil no início da década de 70. Assim como Enid Blyton foi fundamental no desenvolvimento da minha paixão pela leitura, Zafón teria sido, a par de Blyton, um dos meus autores de eleição e seria, nos dias de hoje, uma referência obrigatória da minha adolescência.
Se Enid Blyton me brindou com Os Cinco nos Rochedos do Demónio, Zafón presenteia-me com O Palácio da Meia-Noite. Se Enid Blyton me brindou com passagens secretas, catacumbas, ilhas misteriosas, torres assombradas, lingotes de ouro, castelos em ruínas, contrabandistas e malfeitores, Zafón presenteia-me com grandes enigmas, cenários sombrios, ideias fantasmagóricas, almas perdidas e espectros do passado que vivem entre a vida e a morte, numa espécie de limbo. Tenebroso, como só Zafón consegue ser…
A acção de O Palácio da Meia-Noite passa-se na enigmática cidade de Calcutá, na Índia, em 1932, embora o início do livro nos transporte a um acontecimento inquietante em Maio de 1916. Um tenente inglês luta para salvar a vida a dois bebés órfãos de uma terrível ameaça. Perde a vida, mas consegue pô-los a salvo. No entanto, a separação dos bebés é necessária para que se mantenham vivos e um deles é deixado pela avó no orfanato St. Patrick’s ao cuidado do senhor Thomas Carter. O outro bebé…ah, não vou contar já…
Ben, assim se chama o órfão de St. Patrick’s, forma, mais tarde, um grupo de amigos e um clube secreto, a Chowbar Society, que reunia num casarão abandonado e em ruínas a que chamavam orgulhosamente Palácio da Meia-Noite. Desta sociedade secreta fazem parte sete elementos (poderia ser o Clube dos Sete, de Blyton, mas, neste caso, sem outra família além deles mesmos e com membros muito mais estimulantes…).
O líder do grupo, Ben, é um rapaz de ideias extravagantes e humor cáustico que passa de períodos de hiperactividade a longos e tristes silêncios; Isobel, a única rapariga do clube, tem um dos melhores cérebros do grupo; Siraj, de saúde frágil, possui uma memória enciclopédica e não há história macabra da cidade que ele não conheça; Roshan, prodigioso corredor e hábil serralheiro; Michael, desenhador, calado e melancólico; Seth, rapaz pouco sorridente, estudioso, devorador de clássicos e apaixonado por astronomia; Ian, o melhor amigo de Ben, tem apenas um sonho, vir a ser médico.
Para que a história que viveram não se perdesse para sempre, Ian empreendeu a tarefa de narrador e é através das suas palavras que tomamos conhecimento dos misteriosos e terríveis acontecimentos durante quatro dias, em 1932, ano em que todos eles completam 16 anos e terão que abandonar o orfanato…
O que aconteceu a Sheere, a irmã gémea de Ben? Bem, vou levantar uma ponta do véu. Depois da separação imprescindível dos irmãos (que só perceberão se lerem o livro…), Jawahal, o espectro do passado, nunca desistiu de os procurar e durante 16 anos Sheere e a avó fugiram pela Índia. Ao fim desse tempo, Sheere encontra-se com Ben em St. Patrick’s. Aryami Bosé, a avó, faltando-lhe a saúde e a coragem para combater forças tremendas e incompreensíveis, decide contar-lhes a história em que foram protagonistas sem o saberem. Na posse das terríveis confidências, os irmãos e a Chowbar Society vão enfrentar um mortífero, inacreditável e complexo mistério… Será que Ben e Sheere vão conseguir escapar à morte que os persegue? E quem será o sinistro Jawahal?
A magia de Zafón num emocionante mistério. Não aconselhável para cardíacos…

Planeta

No coração de Calcutá esconde-se um obscuro mistério...
Um comboio em chamas atravessa a cidade. Um espectro de fogo semeia o terror nas sombras da noite. Mas isso não é mais do que o princípio. Numa noite obscura, um tenente inglês luta para salvar a vida a dois bebés de uma ameaça impensável. Apesar das insuportáveis chuvas da monção e do terror que o assedia a cada esquina, o jovem britânico consegue pô-los a salvo, mas que preço irá pagar? A perda da sua vida. Anos mais tarde, na véspera de fazer dezasseis anos, Ben, Sheere e os amigos terão de enfrentar o mais terrível e mortífero mistério da história da cidade dos palácios.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Let's look at the trailer (34)

Mais uma vez o Cinema Francês proporcionou-me belíssimos momentos…

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Postcrossing (43)

Cadzand

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NL-1946867 enviado pela Ineke
Cadzand é uma pequena vila holandesa, com 700 habitantes, situada junto ao Mar do Norte. Apesar de terem ocorrido nesta região muitas batalhas sangrentas, podemos agora encontrar uma Chama da Paz permanentemente viva em Cadzand, e parece que esta vila é, sem dúvida, um local adequado para que o fogo da concórdia e pacificação nunca se apague. A população, de diferentes nacionalidades, vive em harmonia numa atmosfera que convida ao descanso e à meditação. Este lugar bonito e acolhedor só pode convidar à paz, não acham?

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Conhecida por muitos visitantes, a praia mais próxima, Cadzand-Bad, oferece um vasto areal a perder de vista…

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domingo, 11 de agosto de 2013

Uma Mulher, uma Obra

Enid Blyton nasceu a 11 de Agosto de 1897.

A minha infância e juventude não teriam sido as mesmas sem Os Cinco, os Sete, a Colecção Mistério, a Colecção Aventura, a Colecção Secreta, o Colégio das 4 Torres, As Gémeas, and so on… A minha juventude teria sido muito mais monótona sem Enid Blyton.
Tanto quanto me lembro, a partir de meados dos anos 60 até ao início da década de 70, quando já tinha lido os livros publicados de Blyton de uma ponta a outra, e enquanto esperava pela publicação de mais um, eu lia tudo o que apanhava à mão. Entre as estantes do meu pai e as do meu irmão Z., a oferta era grande e foi durante essa época da minha vida que li alguns clássicos da literatura portuguesa, Júlio Verne e alguns policiais. Alturas houve em que, armada em pseudo-intelectual, lia obras mais complexas como A Matilha (julgo que é de Alexei Tolstoi), Otelo de Shakespeare ou O Leque de Lady Windermere de Oscar Wilde, mas confesso que a minha aspiração a intelectual se revelou muito árdua e abandonei rapidamente as pretensões…
Enid Blyton foi, durante esse período, a minha autora de culto! Na época em que o tempo passava devagar e os Verões eram intermináveis, os livros de Blyton foram a minha bíblia…


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Se Enid Blyton vivesse ainda hoje, decerto teria vários dos seus habituais ataques de fúria ao olhar para o que fizeram dos seus livros.
A brigada do politicamente correto não desiste e pretende dar às personagens de obras escritas nos anos 40 e 50 atitudes e tomadas de posição do século XXI. E transformar a sua fala numa linguagem assética que não ofenda nenhum leitor mais suscetível.
Em 1999, a Chorion encarregou-se de fazer o serviço, emendando várias personagens dos seus livros, num furor que chega a raiar o ridículo. É preciso expurgar os livros – diziam. Era habitual, nos livros dos Cinco, encontrarmos a exclamação “a Zé estava mais preta que um preto coberto de fuligem!”. Nas novas edições, “a Zé está negra de fuligem”.
Na Aventura na Ilha, o vilão negro chamado Jo transforma-se num normalíssimo branco chamado Joe.
A Bessie, dos Sete, passa a Beth, porque Bessie é um nome com eventuais reminiscências da cultura negra (como se as crianças dessem por isso…).
As relações homem/mulher são também alteradas. A tia Clara nunca mais poderá dizer “o vosso tio quer”, mas sim “nós queremos”. […] A pobre da Ana viu-se privada das bonecas, porque também nos brinquedos devia reinar a igualdade.
[…] E também a educação dos nossos dias deverá substituir a educação que, nos anos 30 e 40, as personagens tinham: nada de expressões como “olha que levas uma tareia!” (mudada para “zango-me contigo!”);nem o Júlio poderá alguma vez incitar a Zé a “dar uma bofetada, um pontapé ou arrancar as orelhas ao Edgar”.
[…] Também ao nível da linguagem e dos nomes das personagens as mudanças são muitas, todas elas na base do “estão fora de moda”. […] Para evitar conotações sexuais, baniram-se do texto expressões como “so queer” (substituído por “so weird”, ou até “a gay morning” (substituído por “a bright morning”).
[…] É evidente que as crianças não se sentem agredidas pela escrita de Enid Blyton, nem percebem as acusações que lhe fazem – a não ser quando lhes chamam a atenção para elas.
[…] Com algum sentido de humor, o Mail Online de abril de 2012 publica um texto sobre o assunto, rematando: certamente toda a obra de Blyton vai ter de ser reescrita, para apaziguar o pensamento de uma minoria politicamente correta que acha que as crianças não são capazes de dar um salto imaginativo para o passado.
[…] Será lícito mudar um clássico? Porque, quer se queira quer não, Enid Blyton é um clássico.

É verdade que as crianças de hoje não se revêem nos livros de Blyton. A maioria das crianças de hoje não brinca na rua, não faz passeios de bicicleta, nunca fez um piquenique, não tem que aguardar, impaciente, a hora dos desenhos animados na televisão. Enquanto as minhas lembranças de infância estão presas a estes prazeres tão rudimentares, as lembranças de infância das crianças de hoje passarão, certamente, pelos computadores, pela internet e pelos jogos eletrónicos. Sei que o mundo tecnológico mudou completamente a vida das pessoas, principalmente a vida das crianças, que o mundo “pula e avança”, que os cenários não são mais os mesmos, que o tempo passa e nós crescemos, mas…
Considero uma monstruosidade o que fizeram com os livros de Blyton, uma estupidez sem fim! Na minha modesta, mas inabalável opinião, adulterar a obra de Enid Blyton é uma heresia, é um crime de lesa-majestade, é CENSURA! O presente transforma-se sempre em passado e, daqui a 40 ou 50 anos, o que agora está na moda e é politicamente correcto cairá em desuso, passará a démodé e, nessa altura, os iluminados da época, irão emendar novamente os livros? Ridículo!
Bem, provavelmente, os livros de Blyton são uma coisa para velhos, como eu e outros da minha geração, e os seus mais de 700 livros foram a forma que ela encontrou de parar o tempo, tempo que ficará para sempre na minha memória, muito bem guardado, assim como o cheiro dos pinheiros, no tempo em que eu fazia piqueniques…


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Não se compreende que a escritora inglesa que mais livros publicou, influenciando gerações e gerações de leitores em todo o mundo, não tenha um museu a guardar-lhe a memória. Nem escolas, nem bibliotecas, nem sequer uma rua com o seu nome. É miserável…
Podem continuar a assegurar que ela era manipuladora, fria, cruel, xenófoba, racista, sexista e mãe ausente. Em matéria literária isso não importa nada e eu, francamente, estou a lixar-me para a minoria politicamente correcta que anda a desvirtuar a obra. Para eles, todo o meu desprezo!
No meu tempo, era quase impossível ser criança sem ler Enid Blyton e garanto-vos que os dias eram muito mais tranquilos e gostosos…
A Enid Blyton, todo o meu apreço e gratidão.


segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Postcrossing (42)

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FR-296024 enviado pela Vera
A Vera é alemã, mas vive em França há 12 anos. É postcrosser há 2 anos e é a segunda vez que escreve para o nosso país.
O postal é um plano do metropolitano de Paris depuis le Plan Eclair.
Le Plan Eclair est le plan de métro original des Editions Leconte réactualisé chaque année depuis 1926. C’est ça...

sábado, 3 de agosto de 2013

Famous five!

Para comemorar os 5 anos deste blogue, nada me pareceu mais adequado do que uma foto dos Famous Five!

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