quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Reservado à Indignação (16)

Por diversas vezes, neste “Reservado à Indignação”, tive oportunidade de mostrar o meu desagrado quanto à forma como alguns professores leccionam e conduzem as aulas.
O ano lectivo começou apenas há três semanas e já comecei a passar-me da marmita. O procedimento de alguns professores provoca-me azia, o que é que eu hei-de fazer? Há coisas que me ultrapassam…
Desta feita tem a ver com os trabalhos de casa. Do meu ponto de vista, os TPC deveriam ser corrigidos na aula seguinte. Se, por qualquer motivo, não fosse possível fazê-lo na aula, seriam levados para corrigir em casa. Hoje em dia os professores mandam fazer trabalhos, perguntam na aula seguinte se houve alguém que não fez e ficamos por aqui… Isto leva à balda porque os alunos que fazem sistematicamente os TPC sentem-se lesados em relação aos que não fazem ou não fazem nunca. É injusto! Pelo menos passem uma vista de olhos pelos cadernos, bolas!
Há ocasiões em que os alunos referem algumas dúvidas nos trabalhos de casa e os professores adiam a correcção para outra aula. Essa correcção nunca vem a ser feita porque alegam que a matéria é muita e é necessário acelerar. Mais um erro, avançar com matéria, deixando pontas por explicar na matéria anterior…
Outro assunto que me deixa passada da marmita é o prazo limite para entrega de trabalhos individuais ou de grupo. Qualquer trabalho com uma data limite de entrega deveria ser recebido pelo professor na data marcada. É evidente que o professor, que dá mais três ou quatro dias para entrega do trabalho, é uma pessoa sensível e está a facilitar a vida aos alunos, mas está a penalizar e a desmotivar os alunos que são cumpridores e esforçados. Se existem prazos estabelecidos são para serem cumpridos por todos, sem excepções…
Resumindo e baralhando, não pretendo que os alunos cumpridores sejam recompensados, pretendo que o esforço seja reconhecido, e isso nem sempre acontece...

Yabadabadooo

Para comemorar o aniversário destes desenhos animados, o Google colocou no seu logótipo a imagem da família que protagoniza esta série que faz 50 anos.

Muitos e bons momentos que passei a ver estes desenhos animados na década de 60. Dobrados em brasileiro e a preto e branco, claro… Obrigada ao Fred, à Wilma, ao Barney e à Betty (na época ainda não tinham filhos).

Eu estive lá!...

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

PEC 4...

Falta-nos a Maria da Fonte...

Tou que nem posso!...

As notícias no âmbito do Orçamento do Estado para 2011 deixaram-me muito mais doente... e a única luz que vejo ao fundo do túnel continua a ser um pirilampo...

Perdigão perdeu a pena...(3)

... Não há mal que lhe não venha.

(Atenção ao segundo sentido das coisas. Isto é um alerta para os incautos que me lêem só de vez em quando…).

Do acidente de viação, há 11 anos, não ficaram mazelas, excepto os danos morais, mas as sequelas da tracção esquelética são tramadas e provocam estragos de vez em quando… Claro que, tal como um carro usado, também eu deveria ir à “oficina para calibrar os pneus”, mas a verdade é que a maior parte das vezes só vou à “inspecção periódica obrigatória”…e as “avarias” começam a suceder-se…
Hoje, a “avaria” deu para o torto. Canadianas. Hospital da Luz. RX. Artrose interna acentuada (falta de oficina…). Ortopedia. Medicação. Ressonância Magnética. Embora não tenha feito uma revisão geral, amanhã farei o teste na estrada, com canadianas…
Pois é… do acidente de viação, há 11 anos, não ficaram mazelas, excepto os danos morais e parafusos mal apertados na junta da cabeça que me levam a escrever tolices…

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Recolectar

Nos últimos dias, a minha "actividade" tem-se baseado, exclusivamente, na "recolha" daquilo que a NET gentilmente oferece e que eu, gentilmente, vou "caçando", tal como faziam as comunidades recolectoras há muitos milhares de anos. A grande diferença está no facto de eles serem nómadas e eu uma sedentária que faz recolhas à escala mundial sem andar um centímetro...
Ontem, dediquei-me à "caça" até criar raízes... mas a caçada deu "frutos"!

Até amanhã!... Vou até ao Arquivo Fotográfico de Lisboa ver se consigo "pescar" umas fotos que me interessam... Espero que a pescaria não seja debalde e eu traga o balde cheio de peixe graúdo!... A língua portuguesa é mesmo fértil em trocadilhos...

sábado, 25 de setembro de 2010

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Mais um dia 23...

... mas, desta vez quero homenagear o meu pai apenas com umas fotos.
Calçada do Duque, onde nasceu.
Ao cimo pode ver-se o edifício
que hoje pertence à CP, a antiga Escola
Académica onde o meu pai estudou.

A Rua do Passadiço, onde viveu até casar.

Nota: Para não variar, as fotos foram "gentilmente" cedidas pela NET e roubadas por mim...

Divulguem!

A Web é social, mas também é uma teia e como tal tem armadilhas…
As Redes Sociais e a Blogosfera aqui no seu pior… Atenção aos riscos, à privacidade e à segurança. Parafraseando Camilo, Amigos, cento e dez, ou talvez mais, eu já contei. Vaidades que eu sentia. Supus que sobre a terra não havia mais ditoso mortal entre os mortais!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Retalhos da Vida

Visito a minha mãe com assiduidade. Encontro-a, quase sempre, muito pensativa, com um ar abatido e com uma carinha triste. Hoje, notava-se que tinha chorado… e pela primeira vez, desde que o meu pai faleceu, falou dele com mágoa e muita saudade. Disse-me que, apesar de nos últimos meses ele estar acamado e lhe ter dado trabalho, fazia-lhe companhia… Sente falta da sua presença e, à noite, a solidão aperta…
Tentei, com dificuldade, dar a volta ao assunto. Penso que não me saí bem. As lágrimas já estavam prontas a saltar quando fui salva pelo toque da campainha. Era a minha filha R. e enquanto ela lanchou, junto da minha mãe, procurei refúgio no único lugar da casa que permanece inviolável, como se fosse um lugar proibido ou sagrado, o escritório do meu pai…
Sentei-me na mesma cadeira onde tantas vezes o vi sentado. Durante uns segundos pareceu-me que estava a violar a sua privacidade, a perturbar a sua intimidade. Fiquei ali, no silêncio dos livros e dos papéis, à espera que as lágrimas teimosas desistissem de correr…

Quando saí e olhei para trás, visualizei-o com o seu sorriso terno e a sempre enorme satisfação por me ver. Mas, não passou de um devaneio. A cadeira continuava lá, desocupada… e no escritório reinava o vazio, tal como no meu coração reinava o sentimento de perda…

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Que Sera, Sera... (2)

As minhas filhas travaram um pequeníssimo diálogo. Não sei se terá sido esclarecedor, mas a resposta, como se diz na gíria, foi curta e grossa…
Numa das suas “crises existenciais”, que me fazem lembrar a Floribela (estou um pouco confusa…), a R. questionava-se, mais uma vez, e questionava a A. se deveria seguir Ciências e Tecnologias ou Línguas e Humanidades (já não há paciência!). A irmã, que às vezes parece um guarda-fiscal do Estado Novo, com ventas de patrulha e tudo, virou-se para ela, bufando, e disse, num tom de voz irritado:
– Vai para Ciências e Tecnologias! Ficas melhor preparada para qualquer curso porque tens matemática até ao 12º ano. Imagina que mais tarde “apanhas” com Análise Económica!... Já não ficas a anhar (*) como eu…

(*) Não vem no dicionário. Calculo que seja o mesmo que “apanhar bonés”.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Memórias e Afectos (66)

O meu “avôzinho” (faz parte do meu desatino ortográfico…) R. ainda foi discípulo de Rafael Bordalo Pinheiro, conforme referi no “post” Memórias e Afectos (23).
Além de ceramista, capacidade que, a meu ver, não foi totalmente explorada, o meu avô R. empregava a técnica do trencadís, técnica muito usada por Antoni Gaudí, um dos meus arquitectos de eleição. Enquanto Gaudí utilizava peças rejeitadas pela fábrica Pujol i Bausis, o meu avô R. utilizava fragmentos de peças rejeitadas pela fábrica da Secla em Caldas da Rainha, onde residia. Os vasos de barro eram cobertos com argamassa e os pedaços de loiça eram aí fixados formando um mosaico. Da mistura dos diversos fragmentos resultava um gracioso efeito visual. Recordo-me que existiam, na casa da Rua Fonte do Pinheiro, vários vasos “vestidos” com muita imaginação e cores alegres. Se fosse hoje, diria que os vasos “vestiam” na Desigual…

Tanto a minha mãe como os meus tios foram presenteados com estes vasos coloridos. Ao longo dos anos, os mais bonitos foram-se partindo e presentemente só existe um. Não é dos mais bem “vestidos” (talvez o designer não estivesse muito inspirado…), mas, mesmo fora de moda, mesmo sem o encanto dos outros, afeiçoei-me a ele e gosto de o olhar. Ele compensa-me o afecto, enxergando para além de mim e aquecendo-me o coração…

sábado, 18 de setembro de 2010

Que Sera, Sera..

Sei que os dias se atropelam e os meses voam. Sei que qualquer dia estamos, outra vez, no Natal e daí ao novo ano é um pulinho. Sei que o Carnaval passa a correr e vai ser Páscoa novamente. Sei que o último período escolar vai chegar depressa e não tarda as férias estarão à porta. Sei que o tempo é voraz, mas a minha filha R já começou a preocupar-se com os exames que hão-de vir e, pior que isso, com a escolha, prematura, de profissões que tenham saída no mercado de trabalho.
Tento desdramatizar a escolha, mas compreendo que não é fácil. Também no meu tempo de estudante (que saudades…) tive que optar entre Letras e Ciências e, actualmente, penso que fiz a escolha errada. Se me fosse dada, por magia e pozinhos de perlimpimpim, a oportunidade de recuar no tempo, seguramente não escolheria Ciências. Escolhi Ciências porque os meus colegas e amigos, da época, iam para essa área. As minhas melhores notas foram sempre na área de Letras, mas quis o destino que eu enveredasse por outro caminho e nesse erro de percurso perdeu-se, quiçá, uma literata, uma redactora, uma repórter, uma jornalista da rádio, uma publicitária… perdendo-se, também, uma pessoa feliz na sua vida profissional.
Para o ano, por esta altura do campeonato, já a R terá feito a sua opção. Tenho dificuldade em orientá-la nas suas escolhas. Com catorze anos é difícil fazermos escolhas que encaminharão a nossa vida. Julgo que os pais devem orientar e apoiar os filhos nesta importante etapa da sua vida escolar. Devem ajudá-los a escolher o seu rumo porque a maior parte dos adolescentes não consegue decidir com total segurança o caminho a seguir. Já passei por esta experiência com a minha filha A e penso que, apesar de ela ter nítidas tendências para Humanidades, a terei influenciado, mais tarde, a seguir publicidade, talvez porque sempre fui uma amante desta matéria e tenha recalcamentos de infância… (o J ficava siderado por eu saber todos os anúncios que passavam na televisão…). Até agora, parece-me que não tenho razões para me penalizar pela influência que poderei ter tido no seu percurso profissional.
Tenho, novamente, algum receio em aplicar o meu “tráfico de influências”… Claro que nem eu quero “comprar” a minha filha nem isso me dá qualquer vantagem pecuniária ou profissional, mas trata-se do futuro dela e como mãe só posso querer a sua felicidade. As indecisões dela deixam-me um pouco apreensiva quanto ao que devo ou não fazer. Ciências e Tecnologias ou Línguas e Humanidades? Gostaria que ela optasse pela segunda hipótese e, mais tarde, seguisse comunicação social e fotojornalismo, mas, mais uma vez, estaria a realizar os meus sonhos através das minhas filhas. Não é correcto, cada um tem que viver e realizar os seus próprios sonhos, não os sonhos dos progenitores. No entanto, mesmo afastando os meus sonhos e sem “puxar a brasa à minha sardinha”, o meu coração, a minha razão ou o meu sexto sentido dizem-me que ela seria bem sucedida nessa área. Para já, o mais importante é que não cometa o mesmo erro que eu cometi…

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Coisas do arco-da-velha... (7)

O meu colega N é uma pessoa com muito bom humor. Não desfazendo nos outros colegas de sala, que são bem-dispostos e simpáticos, o N é um bacano super divertido, embora à primeira vista não pareça. Tem aquele tipo de humor que eu gosto, mordaz, refinado e inteligente. Tem um sentido de humor muito apurado e as piadas são sempre certeiras e oportunas.
Para além do humor requintado, o meu colega N é um perito em reivindicações. Reivindicar é um direito. Devemos protestar e cobrar os nossos direitos. Devemos mostrar a nossa insatisfação. Devemos…mas uma grande maioria não o faz. Porquê? Porque isso dá muito trabalho! Claro que não devemos reclamar por tudo e por nada. Se o rolo de papel higiénico deveria ter 24 metros (não se riam…) e lhe faltam 10 centímetros não vamos reclamar!
Pois o meu colega N não deixa os créditos por mãos alheias. Reclama, mas sempre num tom jocoso. É de tal forma espirituoso que deixa os visados sem palavras, pois substitui a indignação por um comportamento sarcástico.
Seguem duas amostras deste finório contestatário, passadas logo após o seu regresso de férias na santa terrinha.
O novo mercado municipal da vila estaria perfeito. Estaria, se não existissem umas enormes aberturas por onde entram todas as moscas do concelho e arredores, sendo as bancas do peixe as mais atingidas por esta praga. Não havendo um único aparelho de descarga eléctrica que controle os insectos, o peixe é invadido pelas moscas. É nojento e pode tornar-se um problema de saúde pública. O meu colega N enviou um fax (mais eficaz que um e-mail porque têm que dar entrada dele…) à Câmara, expondo a situação ao Presidente (não faz a coisa por menos…) e perguntou-lhe se ele fazia parte da Protecção e Conservação da Mosca Beirã… A verdade é que o mercado, segundo o FBI (Fontes Bem Informadas), já possui aparelhos de electrocussão de insectos…
O outro episódio ainda não está resolvido, mas o N está satisfeito com o desenrolar dos acontecimentos. Regressando, à noite, de uma festa na Pampilhosa da Serra, verificou que a estrada, acidentada, não tinha marcações nem protecções laterais. Não foi de fitas! Enviou um fax ao Presidente da Câmara e outro fax para as Estradas de Portugal. No primeiro, elogiou a festa e informou que, infelizmente, não poderia voltar para o ano porque a estrada era perigosa e não tinha sinalização de espécie alguma. No segundo fax deu apenas conhecimento das condições da dita estrada.
Recebeu resposta das duas entidades. O Presidente da Câmara dizia que a responsabilidade era das Estradas de Portugal. Por sua vez, a Estradas de Portugal atribuía a responsabilidade à Câmara Municipal. Mais uma vez, o N, no seu melhor, enviou a cada um deles a resposta do outro, agradecendo a atenção que possam prestar ao caso… São brancos, que se entendam!...
É assim o meu colega N, o pica miolos que faz tremer autarquias e nos faz rir…

A minha onda (22)

Esta música passou há uns anos associada ao anúncio do Peugeot 307...

Message in a bottle (36)

O dia em que aprendi o que é estar morto.
(por Pedro Ribeiro, Rádio Comercial)

Hoje, estive morto. Senti que toda a vida se escapava pelo ar que, aflito e a custo, respirava, enquanto as lágrimas eram gritadas, louco no carro, os olhos à procura, à procura, à procura.
Morri, ali.
A minha filha deveria sair da Escola de Santo António, na Parede, apanhar uma carrinha do ATL e eu ia buscá-la.
O que é que aconteceu? O cartão da escola, que supostamente controla as entradas e saídas dos alunos, valeu zero. Ela saiu, porque viu uma carrinha de ATL e entrou. Era o ATL errado. Ninguém lhe perguntou o nome, não houve uma chamada, nada. Ela entrou com uma colega e só após duas horas de aflição indizível, comigo à procura dela por todo o lado, é que o telefone tocou. De um "After School", a perguntar se eu era o pai de uma Mafalda Ribeiro, que eles tinham, aflita, a pedir para ligarem ao pai. Aliás foi ela que falou: "papá?"
Durante duas horas, morri. Percorri ruas de possíveis percursos, olhei para todas as sombras, parques infantis, supermercados, escola antiga, liguei para os pais de colegas dela, todos os absurdos e horrores passaram pela minha cabeça, chamei o seu nome, entre choro, em ruas e em todos os recantos da escola. Nada. Evaporou-se. Horrível. Uma tristeza, uma aflição, um horror que nunca mais vou esquecer. E quando o telefone tocou e era ela, aquela voz doce da minha princesa, minha vida, meu ar, meu sopro de vida, eu soube o que era renascer. E desfiz-me em lágrimas de novo, e dali até ao tal After School, que teve a minha filha à sua guarda por engano, até ela pedir para ligarem ao pai, levei um segundo e levei toda a vida. Obrigado meu Deus, obrigado! Estacionei às tês pancadas, voei em passo trocado de nervos, pela rua fora, Mafaldinha, Mafaldinha, Mafaldinha, cego de amor aflito, só há descanso e vida quando a abraçar e estiver tudo bem.
Quando a abracei, e ela, agarrada a mim, me disse, apenas: "Olá Papá" eu soube que tinha renascido. E ela também, coitadinha.
Como cartão de visita da nova escola, estou esclarecido. Tantas referências boas e afinal é isto: no primeiro dia, por maioria de razão, deveria existir um ainda mais rigoroso controlo de entradas e saídas, mas quando cheguei o portão estava escancarado, como deveria estar quando a Mafalda viu uma carrinha do ATL a chegar, estava na hora e ela saiu da escola e entrou na carrinha. Ninguém perguntou nada, ninguém fez nada.
E um ATL mete um grupo de crianças numa carrinha, não pergunta nomes, não verifica nada e só ao fim de duas horas é que, perante a aflição de uma criança de 10 anos a pedir para ligarem ao pai é que se acaba com este horror?
Quando penso na forma como desaparecem crianças, para sempre, todos os dias, penso que esses pais e filhos terão sentido isto, e muitos, mesmo sobrevivendo, morreram para sempre.
Eu tive a sorte de poder renascer.
E sei que, a partir de hoje, ganhei uma nova causa: fazer tudo o que estiver ao meu alcance para contribuir para uma Escola responsável, atenta, segura, onde os nossos filhos aprendem e podemos, enquanto pais, estar descansados.
Quando depois desta tarde de horror, fui buscar o pequeno Gonçalo ao colégio e ele me disse, comprometido, "Papá, parti os óculos a jogar à bola" eu disse para mim: que importância é que isso tem? Nenhuma, realmente, não tem nenhuma importância.
Não podia dizer-lhe que o pai hoje tinha aprendido o que é morrer, e tinha tido a bênção de poder nascer de novo.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

6 Biliões Como Tu

"6 Billion Others" é uma tentativa de se criar um retrato contemporâneo da humanidade através de perguntas diversas, banais e universais, com diferentes pessoas de diferentes países. O que é a felicidade? Que lições aprendemos através das dificuldades da vida? Qual é o significado da vida? E da morte? 40 perguntas, 5.000 entrevistas realizadas, 75 países visitados, 4.500 horas de entrevistas filmadas. Um projecto de Yann Arthus-Bertrand.

Aqui, deixo apenas um "cheirinho". Explorem tudo no Youtube.

Message in a bottle (35)

Igreja Católica transforma o Papa Bento XVI em Lady Gaga
(por Tiago Mesquita - Jornal Expresso)

A Igreja Católica decidiu cobrar bilhetes aos fiéis, não fiéis e demais pessoas para poderem assistir às missas a realizar na deslocação do Papa à Grã-Bretanha. Deixou de ser uma visita oficial. O Papa passou a andar em tournée.
O Papa vai "actuar" em Londres. No sentido de actuar sobre as pessoas, espalhando a palavra divina, imbuído do espírito de missão e integrado na sua digressão habitual pelos países católicos. A novidade está no facto de que os crentes ou simples curiosos que queiram ver mais de perto Sua Santidade apenas poderão fazê-lo pagando o valor de tabela. O Papa anda em tournée, qual Bono Vox.
Ou seja, o que até agora era a graça de Deus deixou de ser de graça e passou a ter preço. Respectivamente 5 libras para uma missa campal a realizar no Hyde Park e 25 libras "para a missa de beatificação de John Henry Newman, no Crofton Park", como noticiou o Expresso. A graça divina deixou por isso de ser à borla. Não faço ideia onde será possível adquirir os bilhetes para os eventos graciosos, mas provavelmente no site do Vaticano ou no Ticketmaster, ao lado dos concertos dos Muse, da Lady Gaga ou dos Arcade Fire.
Com esta medida, a Igreja católica deixou-se definitivamente de tretas e passou a assumir-se como aquilo que sempre foi. As críticas às restantes Igrejas que por aí florescem à custa de dízimas, críticas sustentadas pelo facto da Igreja Católica fazer questão de frisar que vive apenas das esmolas e doações dos crentes, são agora mais difíceis de engolir. Em tempos de crise as Igrejas, à imagem de quem as sustenta, precisam todas do mesmo, de dinheiro. E se ele não aparece de boa vontade ou por obra do espírito Santo há que começar a cobrar. E isto sucede até com a desinteressada Igreja Católica.
Uma missa custa X, uma beatificação Y, um aceno de mãozita no papamóvel Z. Mas atenção, ninguém vai para casa de mãos a abanar. Quem pagar os 30€ para ir a Birmingham ver a beatificação "receberá, além do transporte por autocarro, uma "kit de peregrino" com um postal e um CD comemorativo". Já em Glasgow, "o bilhete para a missa no Bellahouston Park custa 20 libras mas, além de um CD e um livro de orações, os participantes terão a oportunidade de ouvir Susan Boyle". Mais comercial é impossível. Só falta cobrarem para se poder tirar uma foto com o mais novo a dar uma voltinha dentro do papamóvel sentado ao colo de Sua santidade. Em Portugal não me lembro de ver os vencedores do Ídolos na missa do Terreiro do Paço.
Não admira com isto que uma sondagem recente indique que 79 por cento dos britânicos confessaram não ter "interesse pessoal" na visita. É que a estes preços mais vale ir a Wembley ou ao O2 ver um concerto ou optar por um Musical no West End. Em nome do decoro e da coerência há "espectáculos" que não deviam ser pagos.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Jornalismo "Participativo"...

Esta notícia, publicada no JN, gerou polémica e uma onda de comentários com algumas trocas de galhardetes. Geralmente, quando se trata de "tareia de língua" os portugueses são sempre muito participativos. Não me apetece deitar achas na fogueira, dar opinião ou contestar, mas pergunto: que raio de texto jornalístico é este?... Já o meu avô paterno dizia "quem não tem habilidade para coisa nenhuma vai para jornalista..." (Curiosamente, também ele exerceu, por uns tempos, esta profissão, no longínquo início do século XX, por terras do Oriente).

Duas horas e meia de pernas para o ar

Matosinhos Camião capota no nó de Sendim. Condutor escapa por milagre
Duplo milagre: o condutor esteve duas horas e meia encarcerado na cabina do camião que virou, mas saiu quase incólume; tombou na encosta, mas por uma nesga caía em cima dos carros da A4.

Como ficou, todo estampado de costas, o atrelado tombado de lado na encosta, carga espalhada e os 12 rodados indignamente virados ao ar, o grande Scania R440, um muito possante semi-reboque, vermelho vivo, novo, parecia um Transformer que correu horrivelmente mal. Bastava ver-lhe a cara que é a sua cabina - pareceu ter levado um soco do céu: testa de vidro partida, grelha metida pelas fuças adentro, todo amarrotado como papel, um sem-número de fios e mecânicas vísceras, a escorrer, à mostra de todos. Metia dó, como um escaravelho que capota e não se pode levantar. Mas, mais do que isso, metia medo.
Lá dentro estava Manuel Eirado Azevedo, condutor profissional, 50 anos, natural de Fão, Esposende, vítima e vilão e único acidentado do sinistro. O seu sanguíneo R440, ao serviço da Transfradelos, operadora de carga da Póvoa, arcado com 30 toneladas de estilha (aparas de madeira para celulose), saíra do Porto de Leixões quando se despistou no alto do nó de Sendim (acesso à A4 na ligação para a A28, direcção Porto), caindo encosta abaixo.

Acreditar em milagres a dobrar

Ninguém o diz oficialmente, mas entre o INEM, a Polícia e os bombeiros que ali formigavam, do Porto e de Leixões, era comentário comum que houve um duplo milagre. Primeiro: Manuel Eirado Azevedo ficou encarcerado na cabina desfeita do camião, ele preso sentado e virado ao contrário, e saiu incólume (ou quase: um dedo esfacelado, escoriações na face e numa perna; internou-se no S. João, está estável, só chocado e, claro, muito stressado). Segundo milagre: bastava que o despiste tivesse ocorrido dois segundos antes, 20 metros antes e aquele toneloso camião ter-se-ia despenhado monstruosamente na A4.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Me aguardem...

Em conversa com a S tomei conhecimento dos muitos benefícios das sementes de linhaça. O seu consumo regular pode proporcionar aumento da defesa orgânica e redução do ritmo de envelhecimento celular.
A semente de linhaça é a mais rica fonte de Ómega 3 existente na natureza e contém, ainda, vitaminas B1, B2, C, E, assim como ferro, zinco, potássio, magnésio, fósforo e cálcio.
Alguns estudos afirmam que o uso contínuo da linhaça é óptimo para a vitalidade física, melhora as funções mentais, é excelente para baixar o peso ajudando a controlar a sensação de apetite, elimina o colesterol de forma rápida, controla os níveis de açúcar no sangue, é ideal para problemas da pele e do cabelo, protege e evita a formação de tumores, melhora os sistemas digestivo e urinário, diminui o risco de doenças cardiovasculares e a tensão nervosa e faz com que o nosso organismo fique mais resistente às doenças. Ufa!... Não sei se consegui mencionar todos os benefícios da linhaça, mas, assim à primeira vista, parece que só não dá para unhas encravadas e mau hálito…
Fiquei convencida! Vou começar a “terapia” amanhã. Daqui a uns meses nem me vou conhecer. Conhecem a boazona da Sharon Stone? Sim, aquela que tem um QI muito acima da média… Vou ficar igual! Ok, um bocadinho mais baixa, não tão loura, mas igualzinha…

Elogio da Ternura

No passado dia 9 a minha mãe recebeu um telefonema de um senhor que pediu para falar com o meu pai. Mesmo não sendo a primeira vez que isso acontece, a minha mãe, compreensivelmente, ficou perturbada. Contou ao senhor que o meu pai tinha falecido no Natal de 2009. Foi a vez do senhor ficar impressionado, pedir desculpa, e explicar que tinha sido colega e subordinado do meu pai na companhia de seguros onde ambos trabalharam vários anos. Todos os anos, sem excepção, telefonava a dar os parabéns ao meu pai porque tinha sido o chefe mais humano que, ao longo dos anos, tinha tido. Segundo as suas palavras, “era uma pessoa fora de série, respeitado por todos os que privavam diariamente com ele”.
Embora nunca tenha tido dúvidas sobre o carácter do meu pai, sinto-me feliz por constatar que ainda hoje é lembrado pelo comportamento íntegro com que conduziu a sua (e a nossa) vida. Quase todos os miúdos têm um herói. O meu sempre foi o meu pai…

Farinha Mágica

domingo, 12 de setembro de 2010

Vossa Excelência chamou…? (2)

"Vossa Excelência Chamou", Livros Horizonte, Lisboa, 2.ª ed. 2008
Autor e Ilustrações: Júlio Borja

Tudo o que possa ter interesse saber-se sobre aquisição, manutenção, reparação, calibragem, upgrade e tuning de gatos domésticos.

[…] O que é um gato (exactamente)?
[…] Podíamos seguir a via científica e chatarrona que nos ensina – tope bem – que o gato (ordem dos carnívoros, família dos felídeos, género Felis, espécie silvestris, subespécie catus – “gato”, para os amigos) é um mamífero craque no plantel do reino animal, com direito a endosqueleto, dois pares de patas com eixos ósseos, tegumento estratificado (bolas!), dois côndilos occipitais (não vá um gripar ou dar raia…), ovos amnióticos com desenvolvimento interno e placenta, q.b. – tudo já de origem e incluído na garantia (coleiras e guizos contam sempre como extras), mas o que é certo, quando chega a hora da verdade, é que o gato não passa de um bicho tendencialmente horizontal, almofadado e inquebrável, rodeado de pêlo por todos os lados, com maneirismos de top model, voz amaricada e grande capacidade de aceleração dos 0 aos 100, para além de uma incontrolável tendência para meter o bedelho onde não é chamado e esconder-se em sítios apertados, sempre com ar de quem não quer a coisa. Também é quase certo que o bicharoco surgiu no nosso planeta ali por alturas do fim do Paleolítico Superior, quando uma antepassada remota da Marisa Cruz se perdeu de amores pelo primeiro bêbado hominídeo, ainda em versão Cro-Magnon. Só assim se explica o surgimento deste extraordinário e complexo animal, o qual, do lado materno, herdou a sensualidade natural, o olhar felino, o sorriso provocante, o andar elegante e estudado, a macieza ao toque e a vontade que inspira em quem o olha de o pôr ao colo e lhe fazer festas no lombo, e, do lado paterno, a tendência, típica em qualquer bêbado, para fazer as necessidades fora de horas, ser acossado por cães vadios quando vagueia pela rua, à noite, saltar imprevisivelmente da agitação eufórica para o sono profundo (e vice-versa) e dar cabo da mobília da sala quando está em dia não.[…]

Let's look at the trailer (14)

Para quem não gosta de ler...

sábado, 11 de setembro de 2010

Reservado à Indignação (15)

Há muitas políticas governamentais que parecem ter por fim fazer legislações com um cheirinho a estado social de direito, mas tudo não passa de leis para “inglês ver”…
O governo, que não está minimamente interessado no povinho e só puxa a brasa à sua sardinha, quer fazer-nos crer que é bonzinho e apregoou aos quatro ventos a atribuição dos cheques dentista e dos passes escolares com 50% de desconto. Isto é bonito, mas o governo gosta de fazer boa figura à conta das bolsas alheias…
Quando fui com a minha filha R ao dentista tive conhecimento que a clínica dentária, onde vou regularmente, fazia parte das clínicas que estavam a recusar pacientes com cheque dentista. A clínica tinha aderido ao programa saúde oral do Ministério da Saúde e há meses que não via a cor do dinheiro…Para além da elevada burocracia que faz com que as recepcionistas, dos consultórios e clínicas, se vejam em palpos de aranha para conseguir introduzir os dados no maravilhoso sistema simplex… Segundo a Ordem dos Dentistas, estavam em dívida mais de dois milhões de euros!
Também os Operadores de Transportes ameaçaram deixar de vender os passes escolares para este ano lectivo se o Governo não pagasse o que devia há mais de um ano…
Eu sei que “pagar e morrer quanto mais tarde melhor” mas enquanto os exemplos não vierem, impreterivelmente, de cima, nada feito… Vergonhoso!
Não se ficando por aqui, estes caloteiros estão sempre a inventar. Em vez de fazerem alguma coisa para controlar as despesas do Estado, inventaram uma forma airosa de me ir à carteira. Em vez de diminuírem os rendimentos chorudos dos políticos e seus acólitos, inventaram uma forma de me roubarem com a minha autorização. Em vez de praticarem uma política séria tendo em conta a realidade do país, inventaram uma forma de encher os cofres à conta dos suspeitos do costume…
A partir de agora, é necessário que o agregado familiar reúna um conjunto de condições para poder ter acesso às Prestações Familiares, Subsídio Social de Desemprego, Rendimento Social de Inserção e Subsídios Sociais de Parentalidade, bem como de outros subsídios e apoios do Estado. A este conjunto de condições chamam Condição de Recursos e define o limite máximo de rendimentos até ao qual as pessoas têm direito a estas prestações sociais. Parece-vos bem? Até aqui, a mim também, embora nada me garanta que vão conseguir combater as fraudes na atribuição destas prestações.
Destas prestações sociais, tenho a felicidade (?) de ser apenas beneficiária de uma: o abono de família das minhas filhas. Para continuar a recebê-lo, a Segurança Social solicita-me, através da Segurança Social Directa, disponível on-line, que actualize o meu agregado familiar e disponibilize os meus rendimentos e património…Trocado por miúdos, à luz das novas regras, além dos salários, passam a ser contabilizados outros rendimentos, tais como os rendimentos de capitais e prediais, as pensões (incluindo as pensões de alimentos), etc., etc.
Para demonstrar o património, tenho duas alternativas: ou autorizo os serviços a consultar a informação junto das respectivas instituições financeiras ou entrego cópias dos extractos à data da prestação das provas. Os juros das contas bancárias, em que sejamos titulares ou co-titulares, poderão ser confirmados, posteriormente, através do cruzamento de informação com o Ministério das Finanças. Até as contas que os filhos têm no Banco são contabilizadas. Não é possível! Pensei eu. Mas era! Fiquei embasbacada… Deviam ter vergonha. Pedir tantos comprovativos para pagarem uma miséria que não chega nem para comprar um livro escolar…
Isto vai ser um maná… A malta que tem dinheiro está a marimbar-se para o abono de família e outros haverá que vão preferir ficar sem o abono a deixar que lhes vasculhem a vida…
Depois de ler o Guia Prático das Condições de Recurso fiquei atónita! Reza assim: Se os elementos do agregado familiar forem proprietários de imóveis, considera-se como rendimentos prediais. Habitação permanente (apenas se o valor patrimonial da habitação permanente for superior a 600 vezes o Indexante de Apoios Sociais, ou seja, 251.532€). Se o valor global do património mobiliário (depósitos bancários, acções, certificados de aforro ou outros activos financeiros) dos elementos do agregado familiar for superior a € 100.612,80 (240 vezes o valor do Indexante de Apoios Sociais), não podem ser concedidos prestações sociais.
Fiquei esclarecida e muito mais descansada. Afinal posso ter uma habitação permanente de luxo e um património mobiliário de 100 mil euros, ou seja, para cima de 300 mil euros, que ainda tenho direito ao abonozito…
Tudo isto num mês em que, para além da prestação paga ao Banco (do meu imóvel…), paguei mais de duzentos euros de IMI e mais de cinquenta euros da famosa Taxa de Conservação de Esgotos. Sim, porque eu pago a tempo e horas!
Tudo isto num mês em que também paguei mais de duzentos euros em livros escolares e quase quatrocentos euros de propinas e seguro escolar para a faculdade no ensino público… num país em que se fala tanto da paixão pela educação.
E estou cheia de sorte! Estamos no Ano Europeu do Combate à Pobreza…
Mais uma vez um cheirinho a estado social de direito para “inglês ver”…

Festa da Catalunha

Hoje celebra-se o Dia da Catalunha.
Precisamente há um ano eu estava em Barcelona...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Miau Olhado!...


É melhor fazer figas!...

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Ad aeternum

Hoje, a minha mãe faz 90 anos. Hoje, o meu pai faria 97 anos. Faziam anos no mesmo dia.
Ter pais que fazem anos no mesmo dia é pouco comum e torna-se engraçado enquanto os dois são vivos… Depois da perda de um deles, o dia de aniversário do cônjuge passa a ser doloroso. O dia de hoje é penoso para todos nós, embora a minha mãe seja a mais atingida, emocionalmente falando, pois falta-lhe o companheiro de uma vida…
Hoje, o meu pai faria 97 anos. Hoje, a ausência física vai ser difícil. A ausência, a saudade e a perda daqueles momentos felizes em família…
Contudo, vou tentar que este dia não seja de mágoa nem solidão para a minha mãe.
Sabendo que nada é para sempre, resta-me pensar que a morte foi uma nova etapa na “vida” do meu pai e uma nova etapa para nós.
Curiosamente, a minha sobrinha R sonhou, há dias, com o avô (depois de ter lido o meu post "Espero por ti"….). Curiosamente, estava tranquilo e a sorrir…
Hoje, ele vai gostar de nos ver todos juntos. E, como já vem sendo hábito, um copo a mais na mesa…

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Publicidade...

... de alto nível!!! Espreitem esta pérola publicitária. Nota 20!

Memórias e Afectos (64)

O arranque do próximo ano lectivo começará para a semana (bhlec…). Com as aulas quase a começarem, lembrei-me dos meus livros e cadernos da instrução primária...

As patranhas que nos impingiam...

e a lavagem ao cérebro...
- Quando fores grande hás-de ser boa dona de casa.


Desta vez, as imagens são minhas... excepto a última que foi "gamada" gentilmente na NET (ah, mas a montagem é da minha autoria...).

O que (agora) me satisfazia completamente…(12)

Pollicipes pollicipes
com sabor a maresia... percebem?

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Message in a bottle (34)

Parece-me que a guerra contra as modelos anoréxicas está a ganhar terreno. Esta é mais uma forma de combater essa desordem alimentar. Ainda bem que assim é. Afinal de contas, nem oito nem oitenta, a virtude está no meio...

Texto do blog A Vida de Saltos Altos (Ana Real, Jornal Expresso).

Se ainda acredita que ser magra é sinónimo de beleza, desengane-se. Já não são só os (muitos) homens a gostar de gordinhas, agora, até agências de modelos as procuram. Porquê? Porque são as mais sexys.

É um facto: Há mulheres gordinhas muito atraentes. Mais atraentes até do que muitas outras elegantes ou com as famosas medidas perfeitas do 86-60-86.
Se você não partilha desta opinião e acha que ninguém olha para uma mulher gorda, por ser menos vistosa, está completamente enganado.
Se for gira e sexy, toda a gente olha. Até eu!
Há mulheres com banhinhas que são muito sensuais. São altamente femininas, vestem taillers sexys que fazem notar as suas formas avantajadas. Usam e abusam dos saltos altos. Maquilham-se bem e têm o cabelo sempre muito bem cuidado.
Não se importam com as dietas. Importam-se, isso sim, com uma aparência cuidada. Isto porque não perderam a sua auto-estima só por serem gordas. Sentem-se bem consigo mesmas. Estão felizes na sua pele e acham-se sexys e sedutoras. E são mesmo muito sexys.
Não são só a maioria dos homens que apreciam mulheres roliças, até o mundo da moda está a mudar. As modelos plus size, gordinhas, ganham cada vez mais terreno. Não é que isto está a pegar mesmo a sério?!
Muitas agências já têm uma categoria de modelos plus size, ou modelos GG.
A revista Elle francesa, pela primeira vez na sua história, publicou na capa da edição de Abril, uma modelo plus size lindíssima. Chama-se Tara Lynn e foi primeira página da famosa revista feminina.

Claro que o assunto causou polémica, até porque as francesas são magras e são consideradas as mulheres mais elegantes de todas.
No fundo, a revista Elle apenas quis provar como uma mulher com medidas normais, ou mais avantajadas, pode ser igualmente bela. E conseguiu. Tara Lynn, gordinha, é realmente sexy e muito vistosa.
Para terem uma ideia do avanço da tendência desta nova onda, os modelos GG também já têm as suas top models mais badaladas. Por exemplo, Fluvia Lacerda é considerada a top das tops no que respeita a modelos plus size.
Convido-vos a ver a inegável beleza feminina desta modelo gordinha que está a fazer sucesso no mundo inteiro e é simples constatar que a moda deixou de ser só para as magrinhas. Podemos ir até mais longe: A gordura reconquistou a formosura. Bye Bye magrinhas.

Pessoalmente, não tenho nenhum problema de massa corporal, o meu verdadeiro problema é a altura… Quando, em tempos, analisei o meu volume versus a minha altura, cheguei à conclusão que não sou gordinha, sou é baixa!... Eh, eh, eh

Gosto...e não se fala mais nisso! (19)

Nota: É com alguma tristeza que aceito o facto de nenhuma ser minha. Saqueadas na NET como já é costume...

domingo, 5 de setembro de 2010

Novo visual



O Balada do Mar Salgado tem um novo visual.
Agradeço à minha filha A. a pachorra que teve para aturar as minhas exigências e desejos.
No aperfeiçoamento do novo visual não fiz rigorosamente nada a não ser mandar bocas...
Aproveito para homenagear Corto Maltese e Hugo Pratt pois sem eles o blog não teria este nome...







P.S. - Tive ocasião de ver o “new look” no PC Desktop e para falar sinceramente fica muito aquém da reprodução nos portáteis… Será da versão XP por oposição às versões Vista e Windows 7? Ou do tamanho dos écrans...

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Ganda pedra!...

As férias acabaram! Isto não é fácil!...
Isto das férias acabarem não é mesmo nada fácil!...

As coisas tornam-se ainda mais difíceis quando penso que as férias escolares também estão a acabar (Bah! Bleargh!...).
Só de pensar que tenho que “arregaçar as mangas” e voltar à rotina turbulenta, fico com vontade de regressar aos ditosos anos da minha infância e da minha adolescência. Ainda tinha um mês de férias pela frente…

Moda Gourmet


quinta-feira, 2 de setembro de 2010

"O tempo da outra senhora"

(in Ciberdúvidas da Língua Portuguesa)

A expressão «o tempo da outra senhora» é hoje, realmente, muitas vezes utilizada quando nos referimos ao regime do Estado Novo em que havia censura e um regime de partido único. No entanto, a «outra senhora» não significa nem «censura» nem «ditadura», mas, sim, mesmo uma outra senhora.
Explicando, esta expressão é anterior ao 25 de Abril e tem origem nas relações domésticas. A Senhora era a dona da casa e aí punha e dispunha. Era ela que ditava as leis da organização da casa, a serem cumpridas pela criadagem. Quando a senhora da casa morria, havia uma nova senhora (a filha, a nora, a nova mulher do viúvo que entretanto casaria), a ditar a organização da casa, e essa organização sofria alguma alteração; a forma de gerir era, naturalmente, diferente. E surge então a expressão «o tempo da outra senhora», distinto do actual.
Quando muda o regime político, mudam as leis, muda a forma de organização do país e, por analogia, começa, então, a falar-se do tempo da «outra senhora» quando se pretende referir situações relativas a essa época anterior, situações essas que agora não existem ou foram alteradas.

Cautela e caldos de galinha...

no "tempo da outra senhora"...

quarta-feira, 1 de setembro de 2010