quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Reservado à Indignação (24)

Dramático! Foi esta a palavra que me ocorreu quando constatei que a Livraria 107, um dos Ex-Líbris das Caldas da Rainha, fecharia para sempre a sua porta, que esteve, durante anos, primorosamente aberta à cultura…

(imagem roubada ao amigo Z.V. do blog Águas Mornas)

Foi com tristeza que, quase há dois meses, tive noção das dificuldades da livreira Isabel Castanheira em manter a Livraria 107, mas para falar com franqueza e na minha ingenuidade, nunca me passou pela cabeça que os caldenses deixassem morrer o mais emblemático dos estabelecimentos da cidade. É aflitivo pensar que a terra que viu nascer a minha mãe e outros elementos da família, a cidade onde brinquei na minha infância, a cidade à qual me ligam laços de ternura, não tenha amor aos livros, não se deixe encantar por eles, não queira alargar os horizontes, enfim, não queira voar nas asas da imaginação e do saber.
O fecho de uma livraria suscita-me sentimentos antagónicos, indignação e mágoa.
Todos sabemos que a concorrência, grandes superfícies e vendas pela Internet, é violenta e, infelizmente, predomina a lei do mais forte. No entanto, para mim, não há maior prazer do que entrar numa autêntica livraria e, abraçada pelas estantes, deixar-me inebriar pelas palavras… e se todas tivessem gatos, seriam um paraíso de afectos...
As pessoas não compram livros. Queixam-se de que são caros. É verdade, não são baratos, mas as pessoas não compram livros, acima de tudo, porque não lêem… As pessoas não compram livros. Entrem numa loja de roupa e depois numa livraria e descubram as diferenças. As pessoas não compram livros. Queixam-se de que são caros, mas não deixam de comprar mais uma peça de roupa (muitas vezes sem precisarem…). Eu, sou mais como a Beatriz Costa. Dizia ela: Nasci nua, ando vestida, que mais posso querer…
Sei que Caldas não é a Cidade Luz, mas a Livraria 107 era o brilho das Caldas. Sei que Caldas não é a Cidade Eterna, mas a Livraria 107 será eternamente lembrada...
A cidade ficará, sem dúvida, mais pobre. Dramático e angustiante!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Lei n.º 3.270

A Lei n.º 3.270, também conhecida como Lei dos Sexagenários, foi promulgada a 28 de Setembro de 1885, no Brasil, e determinou que todos os escravos com mais de 60 anos deveriam ser alforriados porque um escravo com essa idade não rendia o que seu senhor desejava, tornando-se, assim, um "prejuízo" para o seu dono. Já tinha existido uma proposta em 1884, mas tanto o Congresso como os senhores dos escravos ofereceram grande resistência e a Lei só foi aprovada um ano depois, após aumentar a idade do escravo de sessenta para sessenta e cinco…
A Lei n.º 3.270 assemelha-se a qualquer coisa, faz-me lembrar uma realidade desagradável, um futuro espinhoso, talvez outros “bijagós”…
Considerando que nunca gostei de ser um fardo, quando chegar à idade de ser alforriada, nem mais um minuto para o “dono”, sim, porque aquela máxima quem me comeu a carne que me roa os ossos não tem a minha aprovação… Com tanta coisa boa para fazer, era só o que mais faltava!...

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Hilariante...

... e sarcástico! Certamente falso, mas não deixa de ter graça...


Aeróbica “localizada”

Li por aí que uma descoberta dentro da Neurociência revelou que o cérebro mantém a capacidade extraordinária de crescer e mudar o padrão das suas conexões.
Assim, a Neuróbica, a aeróbica dos neurónios, é uma forma de exercício cerebral projectada para manter o cérebro ágil e saudável, criando novos e diferentes padrões de actividades dos neurónios do seu cérebro.
Cerca de 80% no nosso dia-a-dia é ocupado por rotinas que, apesar de terem vantagem de reduzir o esforço intelectual, escondem um efeito perverso: limitam o cérebro.
Para contrariar essa tendência, é necessário praticar exercícios cerebrais que fazem as pessoas pensarem somente no que estão a fazer, concentrando-se na tarefa e contrariando as rotinas.
Tentem, façam alguma coisa diferente e estimulem o vosso cérebro!
Mantenham-se interessados no mundo e nas pessoas (coscuvilhice não conta…).
Inventem novas receitas, estimulem o paladar, comam coisas diferentes (implementado em minha casa).
Usem o relógio de pulso no braço direito (se o vosso habitual é o esquerdo).
Escovem os dentes com a mão esquerda (se forem destros).
Vistam-se de olhos fechados (faço-o todos os dias, totalmente embriagada de sono).
Façam um novo caminho para ir para o trabalho (não é fácil, mas possível…).
Lutem por uma causa, por um ideal, pela felicidade (o que está em causa é a luta, o ideal é vencê-la…).
A proposta é mudar o comportamento rotineiro!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Memórias e Afectos (87)

Desenhos animados que "animaram" a minha infância. Cresci a ouvir dobragens brasileiras em todos os desenhos animados. Ainda hoje, e sem querer emitir opinião sobre o Acordo Ortográfico, gosto de os relembrar assim...


Manda-Chuva, Batatinha, Bacana, Espeto, Génio e Chu-Chu
faziam a vida negra ao guarda Belo.

domingo, 25 de setembro de 2011

Águas-furtadas da memória…

Quem pensa que a comida só faz matar a fome está redondamente enganado. Comer é muito perigoso. Porque quem cozinha é parente próximo das bruxas e dos magos. Cozinhar é feitiçaria, alquimia. E comer é ser enfeitiçado. Sabia disso Babette, artista que conhecia os segredos de produzir alegria pela comida. Ela sabia que, depois de comer, as pessoas não permanecem as mesmas. Coisas mágicas acontecem.

Os meus familiares, amigos e quem por aqui passa com alguma regularidade sabem que não tenho gosto pela arte de cozinhar. Não gosto de culinária, mas gosto de quem gosta, e gosto ainda mais de me sentar à mesa e apreciar as suas iguarias. Admito, sem pudor e descaradamente, que não sou uma mestre cozinheira, mas sou uma gastrónoma e um bom garfo…
Nem sempre foi assim. Tempos houve em que eu gostava de cozinhar e de dar mostras das minhas habilidades gastronómicas. No início dos anos 20 (dos meus, claro…) até ao final da década de 30 (a minha, claro…) eu causava alguma sensação com os meus cozinhados e as minhas doçarias. A época natalícia e as festas de aniversário eram propícias às exibições dos meus dotes culinários.
O amor é incondicional e o ódio também. Diz-se que entre os dois há uma linha muito ténue. Embora isso seja discutível, terá sido essa ténue linha a culpada pela minha mudança e, num estalar de dedos, cozinhar tornou-se uma tarefa penosa, um verdadeiro frete.
Instigada pela minha filha A., julgo que claramente saturada da trivialidade da minha comida, comecei, contrariada, a ver o programa 30 Minutes Meals (Jamie Oliver) que está actualmente a ser transmitido na SIC Mulher.
Não sei se foram as refeições rápidas, saudáveis e de aspecto delicioso, se foi o ar descontraído e espirituoso de Jamie Oliver (a antítese dos deuses da culinária nacional, como Maria de Lourdes Modesto, Chefe Silva ou Filipa Vacondeus), mas o certo é que em algum lugarzinho escondido da minha memória, em algum sítio privado e há muito abandonado, despertou a vontade, neste caso o apetite, para voltar a exaltar as minhas qualidades na cozinha.

Ben-GoossensOnly Opens, When Open For Fantasy. © Ben Goossens

Assim, aquela linha muito ténue, responsável pelo meu ódio à culinária, foi, desta vez, a causa da minha recente metamorfose, da minha nova faceta de cozinheira prendada.
Estes lugares recônditos da nossa memória pregam-nos cada partida…

sábado, 24 de setembro de 2011

Ponto Negro

(Autor desconhecido)

Certo dia, um professor entrou na sala de aula e disse aos alunos para se prepararem para uma prova relâmpago. Todos se sentiram assustados com o teste que viria.
O professor entregou, então, a folha com a prova virada para baixo, como era costume...
Quando puderam ver, para surpresa de todos, não havia uma só pergunta ou texto, apenas um ponto negro no meio da folha.
O professor, analisando a expressão surpresa de todos, disse:
- Agora vocês vão escrever um texto sobre o que estão a ver.
Todos os alunos, confusos, começaram a difícil tarefa. Terminado o tempo, o professor recolheu as folhas, colocou-se na frente da turma e começou a ler as redacções em voz alta. Todas, sem excepção, definiram o ponto negro tentando dar explicações pela sua presença no centro da folha. Após ler todas, a sala em silêncio, ele disse:
- Esse teste não será para nota, apenas serve de aprendizagem para todos nós. Ninguém falou sobre a folha em branco. Todos focaram as suas atenções no ponto negro. Assim acontece nas nossas vidas. Temos uma folha em branco inteira para observar e aproveitar, mas sempre nos centralizamos nos pontos negros. Temos motivos para comemorar sempre a natureza que se renova, os amigos que se fazem, o emprego que nos permite o sustento, os milagres que diariamente presenciamos. No entanto, insistimos em olhar apenas para o ponto negro. O problema de saúde que nos preocupa, a falta de dinheiro, o relacionamento difícil com um familiar, a decepção com um amigo. Os pontos negros são mínimos em comparação com tudo aquilo que temos diariamente, mas são eles que povoam a nossa mente.
Pensem nisso. Tirem os olhos dos pontos negros das vossas vidas e aproveitem cada bênção, cada momento. Um choro pode durar até ao anoitecer, mas a alegria logo virá ao amanhecer. Tranquilizem-se e sejam felizes…

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Palhaçada tem hora!

Palhaçada tem hora, mas esta palhaçada já dura há uns anos... Mais um dia, como tantos outros, com um nome pomposo, que não tem qualquer utilidade. Aliás, já ninguém lhe passa cartão...
Este cartaz é o cúmulo do ridículo. Como se alguém me desse lugar no comboio se eu estivesse com um livro na mão. Como já tive ocasião de salientar, num dos meus primeiros textos, deveria existir uma placa nos transportes públicos, devidamente identificada, reservando alguns assentos a leitores compulsivos...

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Pergunto eu... (2)

... que não percebo nada disto...

Como é que a Madeira conseguiu esconder buracos que têm mais Km2 do que a ilha? Como é que a Madeira, com um buraco de tal envergadura, ainda não foi ao fundo?Porque é que ninguém resolve o problema? Porque é que ninguém actua na remoção do "carunchoso" que é um pesadelo para o país? O carunchoso é intocável? O bicho da madeira é ingovernável?

Deixaram o xilófago (leia-se Presidente do Governo Regional) criar galerias e fazer perfurações substanciais durante mais de trinta anos até os buracos terem dimensões descomunais. Deixaram aquele insectozinho irritante instalar-se, esburacar, libertar serradura e tornar-se um flagelo. Todos nós sabemos que o caruncho é um inimigo da madeira e sempre ouvi dizer que ao primeiro sinal de infestação se deve actuar rapidamente para que o bicho da madeira não nos danifique a casa…O que é que foi feito? Removeram o caruncho? Protegeram a madeira? Deram-lhe o tratamento adequado? Não… mas como o produto de tratamento para o caruncho só não penetra em superfícies polidas, e de bem-educado o bicho não tem nada, julgo que um tratamento que expulsasse o carunchoso seria benéfico para a madeira e para o país…
Estando a robustez da madeira já comprometida, e tendo em conta a infestação em grande escala, isto só lá vai contratando um profissional para lidar com a praga.
A única solução seria afundar a madeira e afogar o bicho…mas como a trampa flutua, obviamente que não ia resultar… A ameaça vai continuar a esburacar a madeira. O regabofe do bicho vai continuar porque não há nenhum cubano do continente que acabe de vez com ele.
Não podemos vender aquilo aos chineses? Fazíamos um negócio da China! Saldávamos a dívida. Os chineses comiam o bicho da madeira (eles não comem tudo o que rasteja e tenha vida?) que se calava de uma vez por todas, e nos “bulacos” aproveitavam para abrir lojas (abrem lojas em qualquer buraquinho…).
Não há quem tenha governo nisto?
Pergunto eu... que não percebo nada disto!...

Mais buracos do que um queijo suíço...


segunda-feira, 19 de setembro de 2011

domingo, 18 de setembro de 2011

Memórias e Afectos (86)

Filmes (que passavam aos domingos à tarde na RTP) e canções da minha infância... Quem não se lembra da Marisol e do Joselito na década de 60?...

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Home Made

Cassoulet de salsichas de ervas

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Sem aniversariante…

…o dia perde o significado. Num dia de aniversário pode faltar o bolo. Num dia de aniversário podem faltar as velas. Num dia de aniversário podem faltar as comemorações. Num dia de aniversário pode perfeitamente faltar a canção tradicional “parabéns a você”. Num dia de aniversário podem faltar os presentes. Num dia de aniversário pode faltar tudo menos o aniversariante…
Sem aniversariante o dia perde todo o significado…
A minha mãe faz anos hoje, mas o dia de aniversário do meu pai era no mesmo dia e ele já não se encontra entre nós. Não é humanamente possível suportar uma celebração quando um dos aniversariantes não está presente, quando sentimos a falta, quando sentimos uma mágoa, quando a imagem do meu pai faz apenas parte da minha memória.
À minha mãe tentámos minimizar a tristeza. Fico satisfeita por isso e grata a quem ajudou a propiciar um dia menos sofrido, mas sem um aniversariante o dia perdeu o significado…

Escrever para ser feliz!!!…

O passado é passado e o futuro está por escrever (Fernando Pessoa)

Diziam ontem, numa estação de rádio, que quem escreve um bocadinho todos os dias é mais feliz. Não faço a mais pálida ideia se existe algum fundamento nesta afirmação, mas gostei de ouvir porque vem ao encontro da minha crença que me diz que ao escrever estou a contribuir para o meu bem-estar… Adquirimos o hábito de utilizar a expressão “e o que é que isso contribui para a minha felicidade?” quando somos confrontados com acontecimentos ou temas que não nos trazem qualquer vantagem, não achamos úteis ou não damos importância. Neste caso concreto, nunca poderia colocar a mim própria esta questão porque escrever um bocadinho quase todos os dias me faz mesmo mais feliz…
Sempre experimentei um certo entusiasmo pela escrita e esse interesse manifesta-se pela minha dedicação a este blogue (pejado de erros porque continuo a escrever sem acordo ortográfico…).

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Livros e Mar: eis o meu elemento! (47)

Depois de ter lido “Pompeii”, de Robert Harris, comprei num alfarrabista mais três livros deste autor britânico, “Pátria” (Fatherland), “Enigma” e “Archangel”, que têm ficado em segunda fila numa das estantes cá de casa.
“Pátria”, publicado em 1992 (os anos que eu perdi…), baseia-se na suposição de que Hitler tinha ganho a 2ª Guerra Mundial e, partindo desse pressuposto, estaria vivo no dia em que completava 75 anos. A narrativa passa-se entre os dias 14 e 20 de Abril de 1964. O Reich prepara as comemorações do aniversário de Hitler e é anunciada a visita oficial do presidente dos EUA, Joseph P. Kennedy (que na realidade nunca chegou à presidência, pai de John F, Kennedy). O enredo tem um excelente fio condutor e o autor, além de relatar acontecimentos verídicos e descrever uma sociedade que poderia de facto existir, utiliza personagens reais. Um romance notável.


O livro baseia-se à volta da seguinte premissa: “E se Hitler tivesse ganho a Segunda Guerra Mundial?”. A história leva-nos ao ano de 1964, à véspera do 75º aniversário do Führer Adolf Hitler. O corpo de um homem idoso é encontrado num lago em Berlim e o detective (e personagem principal) Xavier March, que trabalha para a “Kripo” - Kriminalpolizei (Polícia de Investigação de Crimes), está encarregue do caso. Rapidamente descobre que se trata do corpo de Josef Bühler, um Nazi importante no partido, e está à beira de desvendar um escândalo político: Com a ajuda de uma jornalista americana do New York Times, Charlie Maguire, March descobre ao longo da sua investigação que várias pessoas de altos cargos, que estiveram presentes na Conferência de Wannsee em 1942 (entre eles Josef Bühler), foram assassinadas ou morreram em circunstâncias bizarras ao longo dos anos. March e Maguire descobrem também detalhes sobre o holocausto (que com a vitória alemã na Segunda Guerra Mundial oficialmente nunca existiu).

sábado, 3 de setembro de 2011

A cidade da Louça

Não deixem de ver aqui a belíssima homenagem a Rafael Bordalo Pinheiro e às Faianças das Caldas da Rainha...

Livros e Mar: eis o meu elemento! (46)

A Questão Finkler, magistralmente escrito por Howard Jacobson e vencedor do Man Booker Prize 2010, é de um humor sublime, que nos faz pensar e sorrir. A questão judaica vista e avaliada por Julian Treslove, que não sendo judeu gostaria de o ser e pelo olhar do seu amigo de longa data que é judeu, mas abomina os judeus. Assuntos importantes e questões pertinentes esmiuçados de uma forma divertida. Um romance que não nos dá tréguas, que não conseguimos parar de ler, brilhante.

finkler

Julian Treslove está em plena crise de identidade. Ele não tem uma opinião muito concreta sobre a circuncisão, o conflito entre Israel e a Palestina, ou os monumentos ao Holocausto - na verdade, sobre todo e qualquer aspeto da cultura judaica dos nossos dias. Mas o verdadeiro problema com a identidade de Julian é não ser judeu - não que esse pormenor o impeça de viver obcecado com o judaísmo.
No início do livro Julian, de 49 anos, acaba de sair de um jantar com o seu colega dos tempos de escola Sam Finkler e do antigo professor de ambos, Libor Sevcik. Sam e Libor, ambos judeus, perderam recentemente as suas esposas. O passado de Julian com as mulheres é um pouco diferente: nunca se casou e tem dois filhos adultos que sempre ignorou. No meio dos seus devaneios, enquanto regressa a casa, acaba por ser assaltado por uma mulher que, ao partir, lhe chama Judeu - ou pelo menos foi isso que lhe pareceu ouvir. A partir desse momento, o seu sentido de identidade começará a transformar-se radicalmente...

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A Presidenta é estudanta?

Chegou-me via e-mail. Desconheço a origem, mas que é uma bela lição de português lá isso é…

Existe a palavra PRESIDENTA?
Que tal colocarmos um "BASTA" no assunto?

No português existem os particípios activos como derivativos verbais. Por exemplo: o particípio activo do verbo atacar é atacante, de pedir é pedinte, o de cantar é cantante, o de existir é existente, o de mendigar é mendicante... Qual é o particípio activo do verbo ser? O particípio activo do verbo ser é ente. Aquele que é: o ente. Aquele que tem entidade.
Assim, quando queremos designar alguém com capacidade para exercer a ação que expressa um verbo, há que se adicionar à raiz verbal os sufixos ante, ente ou inte. Portanto, a pessoa que preside é PRESIDENTE, e não "presidenta", independentemente do sexo que tenha. Se diz capela ardente, e não capela "ardenta"; se diz estudante, e não "estudanta"; se diz adolescente, e não "adolescenta"; se diz paciente, e não "pacienta".
Um bom exemplo do erro grosseiro seria:
"A candidata a presidenta se comporta como uma adolescenta pouco pacienta que imagina ter virado eleganta para tentar ser nomeada representanta. Esperamos vê-la algum dia sorridenta numa capela ardenta, pois esta dirigenta política, dentre tantas outras suas atitudes barbarizentas, não tem o direito de violentar o pobre português, só para ficar contenta".

Por favor, pelo amor à língua portuguesa, repassem esta informação…