quinta-feira, 31 de março de 2011

À espera do "FIM"?


(como sempre, imagem roubada “gentilmente” na NET)

O "discurso" do Rei

Diz-se que a História se repete. Nem sempre... Em 1892 o rei D. Carlos, o rei diplomata, o rei artista, doou 20% da sua dotação anual para ajudar o Estado e o País a sair da crise. Um grande exemplo para a nossa actual classe política (os "artistas" dos dias de hoje...).

Eu, abaixo assinado...

... subscrevo o editorial de Isabel Stilwell e, parafraseando os Dupondt, eu diria mesmo mais:

Desde a formação da nacionalidade até à actualidade (agora, não passa de um sítio manhoso e mal frequentado), Portugal tem vivido na precariedade. Ainda na 1ª dinastia, o país sofreu os efeitos da crise do século XIV, com recessão económica e conflitos sociais. Nesse período, houve um elevado número de vítimas devido às epidemias; hoje em dia, continua a existir um elevado número de vítimas de outro flagelo, a classe política e os sucessivos desgovernos pós 25 de Abril… No século XVI, o vasto Império Colonial Português viveu um período de grandes dificuldades, ou seja, mais carência. Já no reinado de D. João V, a economia portuguesa dependeu do ouro e dos produtos coloniais do Brasil, mas isso não estimulou a economia portuguesa porque o país, passando a viver do ouro brasileiro, deixou de produzir. Os últimos anos do reinado deste monarca foram…de crise! Depois lá veio o Marquês de Pombal com um PEC da época para ultrapassar a crise que afectava Portugal. Também as Invasões Francesas provocaram uma grave crise económica no nosso país e, claro, descontentamento popular. Da queda da monarquia à ditadura militar, passando pela 1ª República, a sociedade portuguesa, já com estaleca nestas coisas, atravessou, novamente, dificuldades económicas, descontentamento social e revoltas populares. Nesta altura registou-se um grave problema de défice financeiro e o Estado recorria a empréstimos cada vez mais difíceis de pagar, pois os juros iam-se acumulando... Os governos sucediam-se uns aos outros e o défice não cessava de aumentar. Então, apareceu Salazar e com outro PEC lá resolveu o problema financeiro… Daí para cá, isto aqui… é uma cambada de gatunos, uma cambada de ladrões e uma cambada de chupistas!

Pezinhos na Areia

quarta-feira, 30 de março de 2011

Message in a bottle (45)

História de Portugal para cada político (por Isabel Stilwell)

Há momentos em que o mundo parece especialmente virado do avesso, mas se puxarmos um bocadinho pela memória, e se mergulharmos umas horas num livro de História, percebemos que é desesperante como os erros se repetem vez e vez sem conta. Como é que é possível que a humanidade, ao longo dos séculos, e apesar de todas as mudanças exteriores, continue tão igual a si mesma, para o bem e para o mal.
Portugal não foge à regra. Basta ler as cartas dos diplomatas estrangeiros em Lisboa, escritas em 1640, nas guerras liberais, nos últimos anos da Monarquia ou na I República, para os ouvir descrever o país da exacta mesma maneira: um país falido, com dívidas até ao pescoço, em que os políticos se digladiam e insultam como se o problema fosse onde gastar o dinheiro e não onde encontrar o dinheiro para gastar, aos de dentro e aos de fora.
Dos relatos dos embaixadores de França, Espanha e Inglaterra percebe-se o mesmo desespero, qualquer coisa como ‘mas como é possível não perceberem que assim não vão a lado nenhum?’
Os discursos dos dirigentes políticos são também iguaizinhos, sempre num tom muito ofendido, com muitos insultos e insinuações de corrupção e nepotismo, e um desprezo total pelos credores. E o mais estranho é que, invariavelmente, acabam a pedir (fingindo que se limitam a aceitar, contrariados) a ajuda internacional, seja em espécie (apoio militar), seja em diplomacia (acordos e pactos), seja em dinheiro (de preferência um ‘subsídio’, sem juros).
Como esta repetição só se pode dever à ignorância, proponho que se distribua uma História de Portugal a cada deputado e governante. Talvez se envergonhassem quando fazem aqueles discursos de virgens ofendidas e quem sabe se até não ‘tiravam’ umas ideias...

Message in a bottle (44)

O coitadinho (por José Luís Seixas)

O “coitadinho” qualifica a pessoa que vive numa situação de sofrimento e impele a uma atitude de comiseração. A vítima de um infortúnio é sempre um “coitadinho” que merece apoio, ternura e compreensão. O diminutivo faz revelar essa necessidade de protecção que lhe atribuímos. O “coitado” traduz distância e indiferença; o “coitadinho”, ao invés, proximidade e atenção. Aos verdadeiros “coitadinhos” acrescem os falsos. E nada de mais perigoso existe do que os “disfarçados de coitadinhos” (diferente dos pobres “coitadinhos disfarçados”). Entram em nossa casa, clamam por uma côdea de pão e roubam-nos a carteira. José Sócrates cultiva a imagem do “coitadinho”. Portugal não o compreende; a Oposição persegue-o; o PR ostraciza-o. A ele, patriota e sacrificado, com o corpo em chagas de tanto pelejar pela Pátria ingrata. É certo que a execução orçamental de 2010 foi um desastre, descobertos que foram os buracos, os ludíbrios e os truques de contabilidade. É certo que o que disse sobre os sacrifícios dos PEC anteriores contraria a justificação do novo PEC. É certo que negociou com a União Europeia e com o Banco Central Europeu à socapa, escondido do Governo a que preside e dos órgãos de soberania de que depende. É certo que tudo isto não passa de um embuste por ele construído. Porque Sócrates sabe ser “coitadinho”. É, aliás, um artista sublime na arte de fazer de “coitadinho”. Atrevo-me até a dizer que se trata do maior e melhor “coitadinho” que esta República produziu.

terça-feira, 29 de março de 2011

À avó que nunca conheci...

... deixo aqui um tributo pelo dia do seu aniversário.

Um olhar que espalha serenidade, mas que me revela também um coração sofredor. Não tão bonita como a minha mãe, mas era linda, a avó que nunca conheci...

domingo, 27 de março de 2011

Pensamento

Os caminhos estão todos em mim. Qualquer distância, direcção ou fim pertence-me, sou eu.

(Fernando Pessoa)

sexta-feira, 25 de março de 2011

Diferençazinhas...


Passaram mais de trinta anos... Agora, façam contas!

quinta-feira, 24 de março de 2011

O Império contra-ataca

Sem os míticos Darth Vader, Luke Skywalker, Princesa Leia, Han Solo, Yoda ou R2-D2, o Império contra-atacou e eu, ao lado da Aliança Rebelde, aceitei a ameaça imperial, batendo-me, mais uma vez, com um divinal bife da vazia e um não menos divinal molho…
Neste jantar de aniversário da minha filha R. fomos servidos pelo lendário C-3PO. Verdade! O senhor era um verdadeiro andróide, autónomo e, certamente, pré-programado em relações públicas e protocolo. A imagem que transmitiu foi de um atento e diligente funcionário do Café Império. Espero que o “Imperador” tenha em conta esta dedicação ao “exército imperial” e lhe ofereça sociedade naquele império galáctico, onde o bife é a estrela principal...