sexta-feira, 18 de março de 2011

Message in a bottle (43)

Amanhã é Dia do Pai e de Lua Cheia (por Isabel Stilwell)

Amanhã é o dia em que a lua cheia vai ser a maior dos últimos 18 anos. Não é propriamente a lua que muda de tamanho, mas a coincidência de ser cheia no dia em que está mais próxima da Terra, ou seja, a 356 mil quilómetros, para variar dos habituais 360 mil quilómetros. O que transforma tudo, de facto, é a quantidade de luz que vai reflectir e a posição do observador.
Amanhã é Dia do Pai. A par da enorme lua cheia. Se calhar não é coincidência, porque os pais são como a lua, planetas sólidos que podem fazer, simultâneamente, o papel de estrelas e iluminar o nosso caminho quando o sol já se foi embora. É claro que vai haver quem diga, como as crianças ansiosas por dividir o mundo em preto e branco, que a lua é feminina e os homens são masculinos, como se fôssemos limitados naquilo que somos e podemos ser para os outros, por uma questão de género. Ou quem argumente que o pai e a lua não jogam, porque a lua representa desde tempos longos a Virgem Maria, já que se limita a espelhar a luz de Deus, esse sim, presumivelmente homem. E, finalmente, vai aparecer quem alegue que sim, que o pai não é mais do que o reflexo da luz emitida pela mãe, e que o seu papel é secundário.
Mas o que vos digo eu é que amanhã é dia de lua cheia e amanhã é Dia do Pai. E que as coisas são o que queremos fazer delas. Se nós mães deixarmos que os nossos filhos sejam filhos do pai, se lhes permitirmos que vão juntos ver a bola de fogo que vai encher os céus e se os pais não inventarem mil desculpas para não comparecerem (sim, nem as nuvens, nem o frio são pretexto para faltar), e se tiverem a coragem de se assumirem como fonte de luz própria, então amanhã vai ser também o dia em que os pais vão estar mais perto dos filhos e os filhos mais perto dos pais.

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