quinta-feira, 17 de março de 2011

Era uma vez na América (5)

(continuação)

O filme da cineasta independente americana Debra Granik, Despojos de Inverno, vencedor de vários prémios em festivais, é depressivo, duro e dramático. Não tão deprimente como “The Road”, de John Hillcoat (director australiano que desenvolveu vários trabalhos com Nick Cave*), mas com uma grande dose de miserabilismo. A história passa-se na América profunda, num meio rural, pobre e quase impenetrável. Ree (Jennifer Lawrence) é uma jovem de 17 anos que é alertada pelo xerife de que o seu pai, depois de ter sido preso por produzir ou “cozinhar” droga, desapareceu e desconhecem o seu paradeiro, com a agravante de ter dado a casa e os terrenos como caução. Confrontada com hipótese de vir a perder os bens da família e, consequentemente, serem despejados sem ter para onde ir, inicia uma série de diligências desesperadas para tentar encontrar o pai e levá-lo a tribunal. A jovem, de uma enorme tenacidade e coragem, mora com dois irmãos mais novos e com a mãe que, talvez consumida por drogas, vive num estado de apatia total e tão alheada da realidade que se encontra incapaz de ajudar a filha, pilar da família, nesta luta. Apesar de intimidada pela inquieta e indiferente drug-making community, que chega a usar de violência física, apesar de o seu tio (o nomeado John Hawkes) tardar em ajudá-la, Ree, com um auxílio imprevisível, acaba por encontrar…o corpo do pai, salvando, assim, a família da fatalidade iminente. Boas interpretações, uma história desesperada e penosa, mas com um happy end

* Até eu já faço referências ao tio Nick...

(Imagens cedidas gentilmente pela NET e roubadas gentilmente por mim...)

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