sexta-feira, 28 de novembro de 2008

A minha onda (5)

"On the turning away" - IMORTAL!!!!

Gosto...e não se fala mais nisso! (4)


Linda!!!...........
Não trocava uma casinha destas por um apartamento num qualquer condomínio de luxo...
Para mim, as melhores coisas da vida não são as mais caras, são as mais simples...

Linda!!!...........

Livros e Mar: eis o meu elemento! (5)

Das profundezas do oceano Índico surge uma horrível praga para devastar a humanidade - uma doença desconhecida, imparável... e mortal. A bordo de um navio convertido em hospital improvisado, a Dr.ª Lisa Cummings e Monk Kokkalis, agentes da organização clandestina Força SIGMA, procuram respostas para a esta estranha calamidade quando, num golpe brutal e imprevisto, um grupo de terroristas assalta o navio, transformando uma nave de compaixão num laboratório flutuante de armas biológicas.

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Let's look at the trailer (5)

Envolvente, comovente, uma pérola e um tributo ao cinema...
Mais um filme que está no meu coração!

domingo, 23 de novembro de 2008

Parabéns ao meu afilhado M. (o melga...)

Aniversário... 18anos!

A partir deste dia começamos a viver uma nova etapa na nossa vida.

Aniversário é o Ano Novo particular de cada um...

É tempo de pensar em mudar, em melhorar no que for possível.

E também de ficar alegre por tudo o que se alcançou e superou!

Parabéns!!!

(da querida madrinha...)

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Reservado à Indignação (5)

Noventa e nove por cento da minha correspondência dizem respeito a extractos bancários, informações de débitos directos como a EDP e o SMAS e continhas para pagar. Faço sempre o mesmo comentário sarcástico: “tantos amigos…é pena que não seja para me darem qualquer coisa”…
Há dois dias, porém, as coisas mudaram…
Deparei-me com uma cartinha do “meu” banco e fiquei logo com a pulga atrás da orelha…visto que os extractos já tinham chegado e eles não têm por hábito escrever-me para saber como vai a minha saúde…
Hum…haxixe (acho isso) estranho!
De mau humor lá abri a carta e fiquei sem palavras… Sem palavras é uma forma de dizer porque, na verdade, disse um chorrilho de asneiras que não vou reproduzir aqui.
Então não é que o “meu” banco me estava a “oferecer”, de mão beijada, um cheque pré-aprovado de DEZOITO MIL EUROS!!!...
DEZOITO MIL EUROS!!!...
Ó meu Deus… Por que fizeste os bancos tão bonzinhos? Tanto não era preciso…
Tão queridos! No Natal quero ver se não me esqueço de levar ao balcão onde tenho conta, um bolinho rei e um envelopezito com 10€ para cada um… É uma boa gorja… mas eles merecem!...
No mesmo dia, à noite, o assunto foi falado num noticiário da SIC. Dizia o comentador que os bancos não estão a cometer nenhuma ilegalidade e que o envio destes cheques pré-aprovados é feito apenas para os clientes que não são de risco, ou seja, não têm incumprimentos.
É lá!... Grande elogio cá pró meu lado…
O comentador continuou dizendo que os cheques pré-aprovados são enviados a clientes que o banco sabe terem rendimentos para pagar o crédito pessoal.
Porreiro!... Eu tenho rendimentos comó caraças…
Acrescentou ainda que há uma tendência para os bancos cada vez emprestarem menos dinheiro e apenas aos que não precisam (?) e aos mais ricos (?) …
Foi neste dia, às 20h30 que passei a pertencer à classe alta…
E o que é que eu fiz ao cheque? Arquivei-o na vertical, convenientemente rasgado, claro!
Os bancários e os banqueiros lá terão os seus objectivos a cumprir até ao final do ano… Tentar vender mais um produto. O meu objectivo é não comprar nenhum…
Eu fico perplexa e atordoada! Há cada vez mais famílias a não conseguir pagar os créditos e os bancos aliciam-nos com cheques pré-aprovados…
Eu fico perplexa, atordoada e atónita! O crédito mal parado continua a subir e os bancos aliciam-nos com cheques pré-aprovados…
Eu fico perplexa, atordoada, atónita e siderada! O incumprimento nos créditos é constante e os bancos promovem o crédito pessoal enviando cheques pré-aprovados…
Eu fico perplexa, atordoada, atónita, siderada e indignada com estas ofertas… sejam elas em época natalícia ou não.
Nem eles são Deus nem eu acredito na Terra Prometida!...
Nem eles são a estrela que me guia nem eu sou um camelo!...
Nem eles são a manjedoura nem eu sou o burro!...
Nem eles são os Reis Magos nem eu sou o menino Jesus!...
Além disso, desde os sete anos que não acredito no Pai Natal…

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Professores inesquecíveis

Actualmente, que o problema da avaliação dos professores está na ordem do dia, é altura de fazer um flashback e avaliar os professores que tive, tanto no tempo da “outra senhora” como no “desta senhora”…
Já fiz… o recuo no tempo…
Ao contrário deste PAPEC (Processo de Avaliação dos Professores em Curso), o meu processo é rápido.
Quantos professores nos marcam ao longo da vida? Poucos, muito poucos mesmo… e porquê? Porque são raros os grandes professores!...
No meu caso não houve nenhum…
Recordo-os apenas por terem sido meus professores. Nunca me senti “hipnotizada” nem entusiasmada numa aula.
Tenho pena de não ter tido a oportunidade, como a minha filha A., de travar conhecimento com um professor excepcional, que nunca esqueceremos e que nos deixa saudades…
Há pessoas que passam pela nossa vida sem deixar rasto.
Outras, por sua vez, marcam-nos com o seu exemplo.

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Gosto...e não se fala mais nisso! (3)




O Mickey que me perdoe mas nunca foi o meu herói das revistas aos quadradinhos.
Muito cumpridor da lei, demasiado certinho para o meu gosto…
O Donald, disparatado e mal-humorado, criava em mim um sentimento de pena, face ao seu primo Gastão, bafejado pela sorte. Com o Peninha, o repórter impagável do jornal “A Patada”, a minha relação era de profunda simpatia, pois as encrencas faziam parte do seu dia-a-dia. Gostava das invenções estapafúrdias do professor Pardal e torcia pelo Super Pateta, no seu vermelho pijama felpudo, com o chapeuzinho cheio de super-amendoins…
Tinha muita inveja da vovó Donalda por ter uma quinta e do Gansolino por viver no “dolce fare niente” e ter a sorte de provar os docinhos caseiros da vovó…
Mas…as minhas personagens preferidas sempre foram os vilões…
Nunca consegui arranjar uma justificação para isso, mas a verdade é que, ainda hoje, eu gosto deles…será porque, ao contrário de mim, desafiam a lei e são rebeldes? Será uma atracção pelo oposto? Talvez a psicanálise me desse uma explicação lógica para a coisa…mas também não fico sem dormir por causa disso.
Continuo a achar simplesmente deliciosa a dupla que tira proveito dos poderes mágicos, Maga Patalógica e Madame Min, a primeira constantemente a tentar roubar a moedinha n.º 1 do Tio Patinhas e a segunda com uma paixão não correspondida pelo Mancha Negra, o meu vilão preferido… (será por assaltar Bancos, um dos meus inimigos?).
Gosto muito da Maga Patalógica, da Madame Min e do Mancha Negra…
Gosto mesmo muito…e todos fazem parte das minhas memórias e afectos…

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Rato mais famoso da animação faz hoje 80 anos...

Inicialmente chamado Mortimer, Mickey foi imaginado por Walt Disney, mas quem lhe definiu os traços que são hoje reconhecíveis em todo o mundo foi o desenhador norte-americano Ub Iwerks.
Uma das particularidades dos primeiros filmes do rato mais famoso do mundo é que a voz de Mickey é assegurada pelo próprio Disney, o que aconteceu até 1946.
Mickey é o anfitrião da Disneyland, desde a sua inauguração em 1955. Em 1978, na celebração dos seus 50 anos, tornou-se a primeira personagem de animação a ter uma estrela no Passeio da Fama de Hollywood.

Message in a bottle (7)

Foi você que pediu bom senso?
(por João Ferreira)

Céptico por natureza e por dever de ofício, quis ver com os meus olhos a “ficha de objectivos” da avaliação dos professores. Fiquei estarrecido com a imensidão da coisa, sufocado por uma avalanche de papéis e sites, entre declarações de intenções – quantificadas! – sobre factos que nem sequer dependem deles, como a taxa de sucesso ou a prevenção do abandono. Conheci uma professora de educação visual que está a ser avaliada por um de ginástica, apontaram-me mestres avaliados por licenciados e há escolas em que o avaliador e avaliado disputam a única nota de excelente disponível na quota.
Como pagador de impostos, quero que os professores das minhas filhas sejam avaliados com rigor. Mas dizer que não há alternativa a este modelo de avaliação é tão demagógico que põe a ministra ao nível do chefe do sindicato…

domingo, 16 de novembro de 2008

Coisas do arco-da-velha... (2)

Ó R., como é o dia do teu aniversário também tinha que postar esta...

O J. chegou a casa tarde e a R. já estava deitadinha...
Apercebeu-se que o J. se sentou na sala, acabando por adormecer aí.
Levantar-se para o chamar? Completamente fora de questão!
Estava-se tão bem na caminha...
Pegou no telemóvel...e ligou-lhe!...

Message in a bottle (6)

Mais um excerto de um livro de Gonçalo Cadilhe.

...está preocupado com a ideia de eu me meter num autocarro da Greyhound, três noites e quatro dias para chegar de Nova Iorque a Los Angeles. "Olha, vais apanhar a escumalha toda dos States. Tem cuidado."
É pena mas é verdade.
A lógica implacável do transporte de longa distância na América é uma das muitas formas de segregação subliminar da sociedade. As grandes viagens fazem-se de avião, as pequenas em carro próprio. O bus fica fora deste esquema, existe só para os que não têm dinheiro para a passagem aérea e que não têm carro. São a underclass, os excluídos, os "subsidiados" pelo Welfare State, pela segurança social. A escumalha. E, no entanto, a minha viagem de 5000 quilómetros de uma costa à outra terá o calor humano que nenhuma troca de olhares em Manhattan me soube dar.

Raios e Coriscos

Era um programa de 1993, apresentado por Manuela Moura Guedes, Miguel Esteves Cardoso e Catarina Portas e veio revolucionar a televisão portuguesa. O programa passava na RTP 1 e o prato forte era a polémica, por isso mesmo os apresentadores foram escolhidos a dedo...e bem escolhidos.

Parabéns à minha sobrinha R.

Uma pequena (grande) lembrança pelo teu aniversário.
Sabendo que gostaste de "conhecer"o MEC, deixo aqui algumas passagens, que falam de felicidade, retiradas de um dos livros dele...

Feliz é uma coisa que se é ou não é. Não se pode "estar" feliz. Pode-se estar bem disposto, pode estar-se alegre, pode estar-se satisfeito, mas feliz é a coisa que simplesmente não faz sentido estar. Ou se é ou não se é.

...Feliz é também uma coisa que ninguém se torna, que ninguém fica e que ninguém compra. Ou se é ou não se é. É como ser louro (apesar de eu achar que ser feliz é mais parecido com ser moreno).
As pessoas felizes são aquelas que têm vergonha de falar nisso. Em Portugal, dizer "eu sou feliz" é como dizer "eu sou rico". É escandaloso.

...Para se ser feliz é preciso ser um bocado parvo.

...As pessoas felizes só pensam nos outros. É como se não existissem. É por isso que conseguem ser felizes. É uma ilusão de óptica muito bem feita. Ninguém é mais feliz que o homem invisível.

...Para se ser feliz é preciso ser-se um pouco cegueta. Entre as coisas que as pessoas miseráveis, normais, estão sempre a chamar às pessoas felizes, há: ingénua, lírica, naïf, boazinha. Aquela de que gosto mais é "Vives noutro mundo!". Haverá coisa melhor que viver noutro mundo, para quem conheça minimamente este?

...Em Portugal, a felicidade é reprimida. A felicidade, em Portugal, é considerada uma espécie de loucura. Porquê? Porque os portugueses, quando vêem uma pessoa feliz, julgam que ela está a gozar com eles.

...Ninguém tem pena das pessoas felizes. Os portugueses adoram ter angústias, inseguranças, dúvidas existenciais, porque é isso que funciona na nossa sociedade. As pessoas com problemas são mais interessantes. Nós , os tontos, não temos interesse nenhum porque somos felizes.

...E, no entanto, as pessoas felizes também sofrem muito. Sofrem, sobretudo, de culpa.

...As pessoas felizes precisam de se afirmar, de deixar de fingir que também estão permanentemente na fossa. Devia haver emblemas grandes a dizer "EU SOU FELIZ E ESTOU-ME NAS TINTAS" ou "EU SOU FELIZ E NÃO TENHO CULPA".

...As pessoas felizes também choram, também sofrem, também se angustiam.
Só que menos. Aliás, muito menos... (ih, ih, ih).

sábado, 15 de novembro de 2008

Nem bom soldado, nem bom cavalo…

"Não são as pequenas coisas que me fazem desanimar, é a pedrinha que trago no sapato"

Quando há quase trinta anos entrei para a instituição onde continuo a trabalhar, fui alertada por um colega, já quase na idade da reforma e comunista dos quatro costados, para o facto de que “o trabalho não era para se fazer, era para se ir fazendo”… senão corria o risco de me sobrecarregar de trabalho enquanto outros colegas iam fazendo “render o peixe”…
“O risco nunca foi a minha profissão”, aliás, eu sou pouco dada a riscos (a não ser em reuniões de Departamento, em que eu me entretenho a rabiscar no A4, que imprimo sempre, da Ordem de Trabalhos…) mas, nessa ocasião, talvez por ser nova e ainda ter “sangue na guelra”, pensei, para com os meus botões, que o velhote estava a exagerar e pus as minhas dúvidas que o que ele me dizia pudesse ser verdade…
Ao fim de algum tempo já punha em dúvida as minhas dúvidas…
O Sr. N., assim se chamava o meu colega, voltou a elucidar-me, dessa vez com outra frase, que não mais esqueci, “aqui é como na tropa, se é um bom soldado é para todo o serviço, se é um bom cavalo todos o querem montar”…
Ao fim de alguns anos, as minhas dúvidas desvaneceram-se…
O problema, há uns anos atrás, residia não só no facto de eu ser nova e inexperiente, mas também no facto de eu ser completamente naive (ou naïf?)
Actualmente, que a idade da inocência já lá vai, recordo muitas vezes aquelas palavras, direi mais, aqueles ensinamentos, e dou por mim a transmiti-los aos mais novos…
Um chefe não faz, faz com que se faça e sabe em quem pode confiar. Sabe que se o trabalho for entregue a um “bom soldado”, o resultado final será positivo. Acontece que os “bons soldados” podem, rapidamente, passar a “maus soldados”, principalmente quando começam a reparar que estes últimos nem sempre são penalizados e muitas das vezes auferem o mesmo vencimento, em alguns casos até maior …
Mas hoje estou satisfeita. Particularmente satisfeita…
Um trabalho de equipa, mais ou menos complexo e algo moroso, foi alvo de louvores, via e-mail, por parte de outra equipa, de outro Departamento, com quem nos sintonizámos para o fazer. As palavras exactas foram: Excelente trabalho!
Gostei! Gostei mesmo muito!
Esse e-mail foi enviado com conhecimento ao meu chefe e à minha directora de Departamento.
Claro que eu não me fiz rogada e tratei logo de agradecer, fazendo um “Replay to all”… (ih, ih, ih) para que todos soubessem que um elogio de vez em quando não custa nada a quem o faz, mas faz bem à alma de quem o recebe…
Sabermos que têm apreço pelo nosso trabalho dá-nos motivação, estímulo e faz renascer a vontade de trabalhar e o brio profissional. Além disso faz bem ao ego!
O meu pai, agora com 95 anos, que nunca foi materialista, actualmente perguntar-me-ia se os elogios eram sinónimo de aumento salarial ou de um prémio monetário. Ao dizer-lhe que não, ele iria responder com espontaneidade:
― Não dá dinheiro? Então não interessa nada…
Será que, no futuro, ainda lhe vou dar razão?...

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Memórias e Afectos (6)

Liceu de Macau

Olha Rita, sei que gostas que eu escreva estas coisas e como diria o meu “avôzinho” R., “isso é o bastante para eu gostar também”…

O meu avô paterno, J.J., nascido no longínquo século XIX, foi, no início do século XX, um aventureiro, um homem avançado para a época, um esclarecido, em suma, um visionário (não fosse ele aquariano…).
Estudou em Braga e em Roma, formando-se em teologia e filosofia.
Foi como jornalista que embarcou para o sudeste asiático, voltando ao Oriente como professor das disciplinas de filosofia e português no Liceu de Macau, leccionando ao lado de Camilo Pessanha, e também na escola Pedro Nolasco, na mesma cidade. Fez e publicou uma Gramática, assim como as Lições Práticas de Português, que tiveram o seu período áureo, mas isso foi em tempos que já lá vão…
É com alguma mágoa que o escrevo e digo mas a verdade é que nunca senti, pelo meu avô paterno, o carinho, a ternura, o sentimento de posse e a proximidade, como sentia pelo meu avô materno R.
São poucas as lembranças que tenho do meu avô J.J….
Julgo que era um homem determinado, muito racional e pouco dado a demonstrações de afectividade.
Nunca me contou uma história e não tenho ideia de alguma vez termos andado de mãos dadas…
Acho que as nossas vidas, a dele e a minha, nunca encontraram um ponto de intersecção, talvez por a diferença de idades ser abismal e não existirem interesses em comum.
A lembrança mais viva que tenho dele e que continuarei a recordar com um sorriso, está ligada à minha vida académica. Sempre que terminava um período lectivo, o meu avô, sentado no seu cadeirão, perguntava:
— Que nota tiveste a português?
Como sempre fui uma aluna razoável nessa disciplina, as notas eram também bastante razoáveis e quando lhe respondia, sabia, de antemão, que o ia fazer feliz… Sabia também que atrás disso vinha uma notinha parar à minha mão, como prémio pelos bons serviços prestados à língua pátria...
Depois deste ritual, aconselhava-me sempre a não “cansar” a cabeça a estudar (é verdade!...), conselho esse desvalorizado imediatamente pela minha mãe que achava desnecessário “ensinar o Pai-Nosso ao vigário”…
No entanto, com muita pena da minha mãe, sempre segui o conselho do meu avô J.J…. e julgo que ele, esteja lá onde estiver, está a sorrir neste momento…
Nunca foi, de facto, um avô muito afectuoso, mas foi um avô brilhante, do qual tenho o maior dos orgulhos e que me legou um gene que me faz sentir feliz, o amor à escrita...
Obrigada pelo privilégio de ser tua neta!...

Post Scriptum
Sabes uma coisa avô? Nunca cansei a cabeça com os estudos mas ironicamente continuo a estudar…

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Interesting Art

Art contest at the Hirshhorn Modern Art Gallery in Washington DC.
The rule was that the artist could use one sheet of paper.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Estreia



Nomeada por dois anos consecutivos para os prémios Emmy, esta noite, quando forem 21h30m, a série dramática House estará de regresso ao canal Fox.

domingo, 9 de novembro de 2008

Memórias e Afectos (5)


No tempo em que dar os parabéns
ainda era feito através dos correios...
Este postal, aparentemente desinteressante,
foi-me enviado pela minha prima F.
no dia do meu 8º aniversário.

É um dos exemplares
que guardo com carinho...

Bora lá... sonhar! (1)

A zona das mil ilhas fica entre os EUA e o Canadá, na zona dos lagos St Lawrence, Ontario e Erie e do rio Niagara.

Insólito

O actor Johnny Depp entregou-se de corpo e alma ao papel de chapeleiro maluco que interpreta na adaptação de "Alice no País das Maravilhas" para o cinema.
Segundo Tim Burton, Depp interiorizou de tal forma a personagem que chegou inclusivamente a comer o próprio chapéu.
Ninguém interpreta personagens excêntricas melhor que Johnny...

sábado, 8 de novembro de 2008

América, onde tudo é possível...

Ainda não me manifestei sobre a vitória de Obama.
Tudo o que havia a dizer já foi dito...
Obama prometeu uma grande mudança para a América e para o mundo.
A América já mudou...
Um país que até ao século XX ainda recusava reconhecer direitos aos africanos, elegeu agora um afro-americano para presidente...
O presidente está eleito!
Obama e o mundo têm fé na mudança!
O mundo está de olhos postos na América... e a esperança no "sonho americano"...
Eu estou com o mundo...
"I have a dream"...

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Let's look at the trailer (4)

In the Name of the Father.
Mais um dos filmes da minha vida...

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Ter um animal...




Ter um animal não significa ser uma boa pessoa, mas ser boa pessoa significa não abandonar esse animal!...

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Livros e Mar: eis o meu elemento! (4)


Uma semana de calor escaldante no fim de Agosto: os cidadãos mais ricos do Império Romano descontraem-se nas suas villas luxuosas, enquanto a maior armada do mundo está pacificamente ancorada em Misenum. Só um homem está preocupado. O engenheiro Marcus Attilius acaba de ocupar o cargo de chefia do Aqua Augusta, o enorme aqueduto que transporta água para milhões de pessoas das nove cidades ao redor da baía. As nascentes estão a falhar pela primeira vez há muitas gerações. O seu predecessor no cargo desapareceu e há uma crise na conduta principal do aqueduto. Attilius – um homem respeitável, prático, incorruptível – promete a Plínio, o famoso intelectual que comanda a armada, que conseguirá reparar o aqueduto antes do reservatório de água secar. Consegui-lo-á?

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Viver não é obrigatório...

Hoje não estou nos meus dias...bons!
Há gente que não deixa que os meus dias sejam sempre bons...
Vivem para chatear,para irritar,para serem inconvenientes...
Pessoas com ideias "mongas" que se acham o máximo e ainda por cima temos que lhes agradecer...
A essas pessoas só me apetece dizer: viver não é obrigatório, digam sim ao suicídio...
Não me chateiem!

domingo, 2 de novembro de 2008

A minha onda (4)

Dance me to the end of love de Leonard Cohen

Gosto...e não se fala mais nisso! (2)


Gosto muito de Glicínias... No início da primavera "vestem-se" de lindos cachos de flores e o aroma é delicioso...
São três as espécies disponíveis: Wisteria sinensis, Wisteria floribunda ou multijuga e Wisteria macrostachya.
Gosto muito de Glicínias... Na casa onde nasci e cresci até aos 6 anos havia uma trepadeira destas no portão.
Gosto muito de Glicínias... Gosto mesmo muito...

sábado, 1 de novembro de 2008

Message in a bottle (5)

Criancinhas

A criancinha quer Playstation. A gente dá.
A criancinha quer estrangular o gato. A gente deixa.
A criancinha berra porque não quer comer a sopa. A gente elimina-a da ementa e acaba tudo em festim de chocolate.
A criancinha quer bife e batatas fritas. Hambúrgueres muitos. Pizzas, umas tantas. Coca-Colas, às litradas. A gente olha para o lado e ela incha.
A criancinha quer camisola adidas e ténis nike. A gente dá porque a criancinha tem tanto direito como os colegas da escola e é perigoso ser diferente.
A criancinha quer ficar a ver televisão até tarde. A gente senta-a ao nosso lado no sofá e passa-lhe o comando.
A criancinha desata num berreiro no restaurante. A gente faz de conta e o berreiro continua.

Entretanto, a criancinha cresce. Faz-se projecto de homem ou mulher.
Desperta.
É então que a criancinha, já mais crescida, começa a pedir mesada, semanada, diária. E gasta metade do orçamento familiar em saídas, roupa da moda, jantares e bares.
A criancinha já estuda. Às vezes passa de ano, outras nem por isso. Mas não se pode pressioná-la porque ela já tem uma vida stressante, de convívio em convívio e de noitada em noitada.
A criancinha cresce a ver Morangos com Açúcar, cheia de pinta e tal, e torna-se mais exigente com os papás. Agora, já não lhe basta que eles estejam por perto. Convém que se comecem a chegar à frente na mota, no popó e numas férias à maneira.
A criancinha, entregue aos seus desejos e sem referências, inicia o processo de independência meramente informal. A rebeldia é de trazer por casa. Responde torto aos papás, põe a avó em sentido, suja e não lava, come e não limpa, desarruma e não arruma, as tarefas domésticas são «uma seca».
Um dia, na escola, o professor dá-lhe um berro, tenta em cinco minutos pôr nos eixos a criancinha que os papás abandonaram à sua sorte, mimo e umbiguismo.

A criancinha, já crescidinha, fica traumatizada. Sente-se vítima de violência verbal e etc e tal.
Em casa, faz queixinhas, lamenta-se, chora. Os papás, arrepiados com a violência sobre as criancinhas de que a televisão fala e na dúvida entre a conta de um eventual psiquiatra e o derreter do ordenado em folias de hipermercado, correm para a escola e espetam duas bofetadas bem dadas no professor«que não tem nada que se armar em paizinho, pois quem sabe do meu filho sou eu».
A criancinha cresce. Cresce e cresce.

Aos 30 anos, ainda será criancinha, continuará a viver na casa dos papás, a levar a gorda fatia do salário deles. Provavelmente, não terá um emprego. «Mas ao menos não anda para aí a fazer porcarias».
Não é este um fiel retrato da realidade dos bairros sociais, das escolas em zonas problemáticas, das famílias no fio da navalha? Pois não, bem sei. Estou apenas a antecipar-me. Um dia destes, vão ser os paizinhos a ir parar ao hospital com um pontapé e um murro das criancinhas no olho esquerdo.

E então teremos muitos congressos e debates para nos entretermos.


Miguel Carvalho (Visão)

1 de Novembro de 1755

Esquerda: o panfleto da sinagoga portuguesa e espanhola de Hamburgo anunciando um dia de jejum e oração em memória as vítimas do terramoto de Lisboa.
Direita: xilogravura checa sobre o terramoto de Lisboa datada de finais de 1755.