Sei que os dias se atropelam e os meses voam. Sei que qualquer dia estamos, outra vez, no Natal e daí ao novo ano é um pulinho. Sei que o Carnaval passa a correr e vai ser Páscoa novamente. Sei que o último período escolar vai chegar depressa e não tarda as férias estarão à porta. Sei que o tempo é voraz, mas a minha filha R já começou a preocupar-se com os exames que hão-de vir e, pior que isso, com a escolha, prematura, de profissões que tenham saída no mercado de trabalho.
Tento desdramatizar a escolha, mas compreendo que não é fácil. Também no meu tempo de estudante (que saudades…) tive que optar entre Letras e Ciências e, actualmente, penso que fiz a escolha errada. Se me fosse dada, por magia e pozinhos de perlimpimpim, a oportunidade de recuar no tempo, seguramente não escolheria Ciências. Escolhi Ciências porque os meus colegas e amigos, da época, iam para essa área. As minhas melhores notas foram sempre na área de Letras, mas quis o destino que eu enveredasse por outro caminho e nesse erro de percurso perdeu-se, quiçá, uma literata, uma redactora, uma repórter, uma jornalista da rádio, uma publicitária… perdendo-se, também, uma pessoa feliz na sua vida profissional.
Para o ano, por esta altura do campeonato, já a R terá feito a sua opção. Tenho dificuldade em orientá-la nas suas escolhas. Com catorze anos é difícil fazermos escolhas que encaminharão a nossa vida. Julgo que os pais devem orientar e apoiar os filhos nesta importante etapa da sua vida escolar. Devem ajudá-los a escolher o seu rumo porque a maior parte dos adolescentes não consegue decidir com total segurança o caminho a seguir. Já passei por esta experiência com a minha filha A e penso que, apesar de ela ter nítidas tendências para Humanidades, a terei influenciado, mais tarde, a seguir publicidade, talvez porque sempre fui uma amante desta matéria e tenha recalcamentos de infância… (o J ficava siderado por eu saber todos os anúncios que passavam na televisão…). Até agora, parece-me que não tenho razões para me penalizar pela influência que poderei ter tido no seu percurso profissional.
Tenho, novamente, algum receio em aplicar o meu “tráfico de influências”… Claro que nem eu quero “comprar” a minha filha nem isso me dá qualquer vantagem pecuniária ou profissional, mas trata-se do futuro dela e como mãe só posso querer a sua felicidade. As indecisões dela deixam-me um pouco apreensiva quanto ao que devo ou não fazer. Ciências e Tecnologias ou Línguas e Humanidades? Gostaria que ela optasse pela segunda hipótese e, mais tarde, seguisse comunicação social e fotojornalismo, mas, mais uma vez, estaria a realizar os meus sonhos através das minhas filhas. Não é correcto, cada um tem que viver e realizar os seus próprios sonhos, não os sonhos dos progenitores. No entanto, mesmo afastando os meus sonhos e sem “puxar a brasa à minha sardinha”, o meu coração, a minha razão ou o meu sexto sentido dizem-me que ela seria bem sucedida nessa área. Para já, o mais importante é que não cometa o mesmo erro que eu cometi…
Tento desdramatizar a escolha, mas compreendo que não é fácil. Também no meu tempo de estudante (que saudades…) tive que optar entre Letras e Ciências e, actualmente, penso que fiz a escolha errada. Se me fosse dada, por magia e pozinhos de perlimpimpim, a oportunidade de recuar no tempo, seguramente não escolheria Ciências. Escolhi Ciências porque os meus colegas e amigos, da época, iam para essa área. As minhas melhores notas foram sempre na área de Letras, mas quis o destino que eu enveredasse por outro caminho e nesse erro de percurso perdeu-se, quiçá, uma literata, uma redactora, uma repórter, uma jornalista da rádio, uma publicitária… perdendo-se, também, uma pessoa feliz na sua vida profissional.
Para o ano, por esta altura do campeonato, já a R terá feito a sua opção. Tenho dificuldade em orientá-la nas suas escolhas. Com catorze anos é difícil fazermos escolhas que encaminharão a nossa vida. Julgo que os pais devem orientar e apoiar os filhos nesta importante etapa da sua vida escolar. Devem ajudá-los a escolher o seu rumo porque a maior parte dos adolescentes não consegue decidir com total segurança o caminho a seguir. Já passei por esta experiência com a minha filha A e penso que, apesar de ela ter nítidas tendências para Humanidades, a terei influenciado, mais tarde, a seguir publicidade, talvez porque sempre fui uma amante desta matéria e tenha recalcamentos de infância… (o J ficava siderado por eu saber todos os anúncios que passavam na televisão…). Até agora, parece-me que não tenho razões para me penalizar pela influência que poderei ter tido no seu percurso profissional.
Tenho, novamente, algum receio em aplicar o meu “tráfico de influências”… Claro que nem eu quero “comprar” a minha filha nem isso me dá qualquer vantagem pecuniária ou profissional, mas trata-se do futuro dela e como mãe só posso querer a sua felicidade. As indecisões dela deixam-me um pouco apreensiva quanto ao que devo ou não fazer. Ciências e Tecnologias ou Línguas e Humanidades? Gostaria que ela optasse pela segunda hipótese e, mais tarde, seguisse comunicação social e fotojornalismo, mas, mais uma vez, estaria a realizar os meus sonhos através das minhas filhas. Não é correcto, cada um tem que viver e realizar os seus próprios sonhos, não os sonhos dos progenitores. No entanto, mesmo afastando os meus sonhos e sem “puxar a brasa à minha sardinha”, o meu coração, a minha razão ou o meu sexto sentido dizem-me que ela seria bem sucedida nessa área. Para já, o mais importante é que não cometa o mesmo erro que eu cometi…
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