O meu “avôzinho” (faz parte do meu desatino ortográfico…) R. ainda foi discípulo de Rafael Bordalo Pinheiro, conforme referi no “post” Memórias e Afectos (23).
Além de ceramista, capacidade que, a meu ver, não foi totalmente explorada, o meu avô R. empregava a técnica do trencadís, técnica muito usada por Antoni Gaudí, um dos meus arquitectos de eleição. Enquanto Gaudí utilizava peças rejeitadas pela fábrica Pujol i Bausis, o meu avô R. utilizava fragmentos de peças rejeitadas pela fábrica da Secla em Caldas da Rainha, onde residia. Os vasos de barro eram cobertos com argamassa e os pedaços de loiça eram aí fixados formando um mosaico. Da mistura dos diversos fragmentos resultava um gracioso efeito visual. Recordo-me que existiam, na casa da Rua Fonte do Pinheiro, vários vasos “vestidos” com muita imaginação e cores alegres. Se fosse hoje, diria que os vasos “vestiam” na Desigual…
Tanto a minha mãe como os meus tios foram presenteados com estes vasos coloridos. Ao longo dos anos, os mais bonitos foram-se partindo e presentemente só existe um. Não é dos mais bem “vestidos” (talvez o designer não estivesse muito inspirado…), mas, mesmo fora de moda, mesmo sem o encanto dos outros, afeiçoei-me a ele e gosto de o olhar. Ele compensa-me o afecto, enxergando para além de mim e aquecendo-me o coração…
Além de ceramista, capacidade que, a meu ver, não foi totalmente explorada, o meu avô R. empregava a técnica do trencadís, técnica muito usada por Antoni Gaudí, um dos meus arquitectos de eleição. Enquanto Gaudí utilizava peças rejeitadas pela fábrica Pujol i Bausis, o meu avô R. utilizava fragmentos de peças rejeitadas pela fábrica da Secla em Caldas da Rainha, onde residia. Os vasos de barro eram cobertos com argamassa e os pedaços de loiça eram aí fixados formando um mosaico. Da mistura dos diversos fragmentos resultava um gracioso efeito visual. Recordo-me que existiam, na casa da Rua Fonte do Pinheiro, vários vasos “vestidos” com muita imaginação e cores alegres. Se fosse hoje, diria que os vasos “vestiam” na Desigual…
Tanto a minha mãe como os meus tios foram presenteados com estes vasos coloridos. Ao longo dos anos, os mais bonitos foram-se partindo e presentemente só existe um. Não é dos mais bem “vestidos” (talvez o designer não estivesse muito inspirado…), mas, mesmo fora de moda, mesmo sem o encanto dos outros, afeiçoei-me a ele e gosto de o olhar. Ele compensa-me o afecto, enxergando para além de mim e aquecendo-me o coração…
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