segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Elogio da Ternura

No passado dia 9 a minha mãe recebeu um telefonema de um senhor que pediu para falar com o meu pai. Mesmo não sendo a primeira vez que isso acontece, a minha mãe, compreensivelmente, ficou perturbada. Contou ao senhor que o meu pai tinha falecido no Natal de 2009. Foi a vez do senhor ficar impressionado, pedir desculpa, e explicar que tinha sido colega e subordinado do meu pai na companhia de seguros onde ambos trabalharam vários anos. Todos os anos, sem excepção, telefonava a dar os parabéns ao meu pai porque tinha sido o chefe mais humano que, ao longo dos anos, tinha tido. Segundo as suas palavras, “era uma pessoa fora de série, respeitado por todos os que privavam diariamente com ele”.
Embora nunca tenha tido dúvidas sobre o carácter do meu pai, sinto-me feliz por constatar que ainda hoje é lembrado pelo comportamento íntegro com que conduziu a sua (e a nossa) vida. Quase todos os miúdos têm um herói. O meu sempre foi o meu pai…

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