sexta-feira, 1 de outubro de 2010

A minha gata “loura”

A minha gata faz hoje 3 anos. Signo Balança. Não me parece que seja uma gata equilibrada ou melhor dizendo contrabalançada, mentalmente falando, visto que tem algumas particularidades que rasam a doidice e nos fazem rir… A A. é um diabrete em figura de gato. As suas travessuras tornam-se hilariantes e deliciosas.
É um regalo olhá-la. Na aparência é toda feminina, mas desiludam-se… não passa de uma “Maria rapaz”, com um feitiozinho lixado. Adora importunar o gato, o senhor T., que nem sempre tem paciência para aturar a “miúda”, saltando-lhe para cima, sempre que o encontra “posto em sossego, naquele engano da alma ledo e cego…”
Tenta com êxito chatear-me, afiando as unhas no cadeirão de verga ou no meu edredão, olhando-me com ar provocador. Quando a repreendo corre a esconder-se. Tem expressões muito engraçadas e quando falamos com ela olha-nos com um ar meio palerma, do tipo “estou nem aí”…

É uma estouvada, mas é uma tontinha muito amorosa. Claro que o senhor T. tem um lugar muito especial no meu coração. Basta ter sido o primeiro gato a entrar nesta casa para ser o principal dono dos meus sentimentos (e ele faz tudo por isso…). No entanto, a gatinha A., loura e burra (como costumamos dizer) também conseguiu cativar-me com as suas marradinhas meigas, e não há dinheiro que pague a felicidade por ela fazer parte desta família.
Enquanto escrevo estas linhas, o senhor T. faz-me companhia… Afastado das tropelias da dona A., dorme o seu soninho merecido. E ressona…

O gato é médium, bruxo, alquimista e parapsicólogo. É uma oportunidade de meditação permanente a nosso lado, a ensinar paciência, atenção, silêncio e mistério. O gato é um monge portátil à disposição de quem o saiba receber.

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