“Os Descendentes” não é uma obra-prima, não é excelente, não é mau, vê-se uma vez e está visto. Um drama intimista, familiar, com George Clooney a interpretar o papel de um advogado e pai ausente, Matt King, que se confronta com o estado de coma da mulher, enquanto lida com situações difíceis ao tentar criar uma relação mais profunda com as filhas.
Nesta película discreta, realço a intensa e rebelde interpretação de Shailene Woodley, na personagem de Alexandra King, filha mais velha de Matt, que nos brinda com os melhores momentos do drama da família. Já Clooney tem apenas uma cena que merece o meu aplauso e me convence. Do meu ponto de vista, certamente distinto do dos brilhantes cinéfilos, Clonney é pouco versátil e muito superficial, não conseguindo transmitir as emoções que o papel exige. Considero que ele é competente no âmbito das comédias light e em papéis sedutores, mas não tem savoir-faire para o drama. Ainda não vi as interpretações dos outros nomeados ao Óscar de melhor actor, mas, definitivamente, não vejo razões para ele arrebatar o tão desejado prémio. Se fosse possível aconselhava-o a tirar partido do charme ficando-se pela publicidade da Nespresso… What else?
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