Nunca tinha lido Eduardo Mendoza. Ao ler a sinopse do seu último livro “Rixa de Gatos”, uma história cuja acção decorre nos dias que antecederam a Guerra Civil Espanhola, senti enorme vontade de ler o romance, sobretudo porque o tema abordado na narrativa me desperta interesse e também porque tenho conhecimentos pouco profundos sobre este período turbulento em 1936.
O inglês Anthony Whitelands, especialista em pintura do Século de Ouro Espanhol, preferencialmente por Velázquez, chega a Madrid para certificar a autoria de um quadro escondido nas caves de um simpatizante falangista e acaba por se ver envolvido em intrigas, conspirações e espionagem. Com a guerra iminente, entre aristocratas, republicanos, falangistas e saudosistas da ditadura de Primo de Rivera, espiões e generais, Whitelands, completamente perdido, vive uma semana conturbada.
“Rixa de Gatos” é um título vulgar e paradoxalmente peculiar porque não se trata de uma rixa de gatos no verdadeiro sentido, mas de acontecimentos que antecederam um conflito que teve sequelas terríveis e “gatos” porque outrora os madrilenos eram assim alcunhados…
No próximo dia 23 de fevereiro, regressa às livrarias “A Cidade dos Prodígios”, o romance que, publicado pela primeira vez em Portugal no fim dos anos 1980, tornou famoso o escritor catalão Eduardo Mendoza. Um excelente móbil para ir à Bertrand…
Um perito de arte inglês, Anthony Whitelands, chega de comboio à Madrid fervilhante de 1936. A sua tarefa é autenticar um quadro desconhecido, que pertence a um amigo de José Antonio Primo de Rivera, fundador da Falange, quadro cujo valor pode ser fundamental para apoiar uma mudança política em Espanha. Turbulentos amores, retratos fiéis dos meios sociais da época e a atmosfera tensa de aventura e de conspiração que antecede a guerra civil que se aproxima marcam este notável novo romance de Eduardo Mendoza, onde o humor e a ironia se cruzam com a gravidade da tragédia.
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