Estava curiosa para ver o filme “As Serviçais”. A expectativa era grande. A minha apreciação seria muito positiva e diria que o filme era magnífico e irrepreensível, caso não tivesse lido a obra, mas como li, o meu julgamento não é tão favorável.
Sei que é candidato aos Óscares na categoria de Melhor Filme e sei que Octavia Spencer (que desempenha o papel de Minny Jackson) ganhou o prémio de Melhor Actriz Secundária nos BAFTA 2012. Sei que arrisco um linchamento, mas, pedindo desculpa aos entendidos e a todos aqueles que consideram o filme excelente, começo por dizer que lhe falta intensidade dramática, falta-lhe a atmosfera inquietante, o ambiente tenso, a intimidação, a ansiedade, a apreensão do perigo no ar que se respira. Depois temos a duração do filme. Parece-me que 146 minutos de filme são exagerados tendo em conta que o tratamento das questões raciais e morais é abordado de uma forma um pouco leve.
Não querendo pôr em causa as extraordinárias interpretações, em particular a de Octavia Spencer, o “meu prémio BAFTA”, a “minha estatueta”, iria para Bryce Dallas Howard (“A Vila”, de 2004, e, mais recentemente, “50/50”, de 2011, onde contracena com o encantador Joseph Gordon-Levitt) que dá vida à intransigente e racista Hilly Holbrook, a expressiva líder das mulheres mesquinhas e fúteis…
O filme é, sem dúvida, muito bom, mas há uma intensidade e uma riqueza de detalhes que só é possível vivenciar e apreciar através da leitura da obra.
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Let's look at the trailer (23)
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