quinta-feira, 16 de junho de 2011

Pequenas coisas...

… que me fazem feliz e ajudam a dar sentido à vida. Já não é a primeira vez, e desejo com intenso entusiasmo que não seja a última, que este blogue, na etiqueta “Memórias e Afectos" me presenteia com diversas emoções e sentimentos. Efectivamente, quando menos espero sou mimoseada com um comentário a um “post” mais antigo e que já esqueci há muito. Foi, a título de exemplo, através da blogosfera que reencontrei uma colega da instrução primária que vive no Canadá e o Senhor Faria, saudoso e afável farmacêutico dos meus tempos de menina nas Caldas da Rainha. O último comentário desta natureza, dos que me tonificam a alma, fez-me recuar no tempo, a um tempo que não é meu, a um tempo que não me pertence, mas que reclamo como minha herança e riqueza. Foi feito a um texto que escrevinhei sobre a minha ida a Alvorninha e a visita superficial, mas sofrida, à Quinta do Mateus (Matheus na grafia antiga). Casa de memórias e afectos, de paredes que murmuram contos do antigamente, testemunha de existências passadas, espectadora silenciosa de dramas, romances, comédias e fantasias, presa às “personagens” e aos seus conflitos sentimentais, casa que viu nascer os meus tios maternos…
Mas…a Quinta do Mateus foi palco de outros acontecimentos, de outras histórias, de outros ensejos, de outras paixões, revoltas, raivas, de outros risos, perdas e emoções, e lar de outra família, a família do senhor L.S.P. que me contactou através do blogue. Respondi-lhe com algumas informações sobre a minha família e com a convicção de que a família dele teria lá vivido anteriormente. Fiquei sem palavras quando, ao receber resposta mais detalhada sobre os seus familiares, me enviou uma cópia de uma escritura de arrendamento, datada de 1904, onde consta o nome do meu bisavô materno, J.M.R., como senhorio da Quinta do Mateus… Esta amabilidade não tem preço! Agradeço publicamente ao senhor L.S.P., não só a sua gentileza, que lançou luz em pormenores menos claros, mas também por me ter dado uma satisfação do tamanho do mundo.
A vida é feita destas pequenas coisas. São essas pequenas coisas que me fazem feliz. Nestes momentos de felicidade recordo-me sempre daquela canção imortalizada no filme "Música no Coração".

When the dog bites, when the bee stings
When I'm feeling sad, I simply remember
my favourite things and then I don't feel so bad!

2 comentários:

Paula disse...

e essa menina colega de Externato sou a euzinha :)))) obrigada pelas tuas palavras ! bjinho gde esde terras de Corte Real

Pezinhos na Areia disse...

para a felicidade ser completa só nos falta, como diz Gilberto Gil, "aquele abraço..."

Bjs grandes