É a lei natural da vida, os pais “partirem” antes dos filhos.
É a lei da vida, é natural que assim seja, mas pai é pai e a dor, ao perdê-lo, é inimaginável…
Entrei o ano muito mais “pobre”…
Quero, e tento, agarrar-me à ideia de que existe vida para além da morte, mas uma coisa é o que me dita o coração e outra, muito diferente, é o que me diz a razão.
Consolo-me com recordações… Uma delas foi lembrada pelo meu primo ZZ, ainda na noite de 24 de Dezembro, e que nos fez sorrir a todos.
Dizia ele que o tio Fernando foi a única pessoa que o levou à pastelaria “As Velhas”, nas Caldas da Rainha, e, sabendo como ele era guloso, lhe disse para comer todos os bolos que quisesse… O ZZ não se fez rogado e começou a “enfardar” bolos. Ao fim do décimo terceiro, sim, 13º bolo, um pastel de nata ainda morninho, começou com cólicas e, recorda ele, lá foi muito aflito com medo de não chegar a tempo a casa…
Este pequeno episódio foi recordado pelo meu primo porque o meu pai sempre gostou muito dos sobrinhos e eles sabem disso. Gostava tanto dos sobrinhos que, já bastante doente e na fase final da sua vida, continuava a perguntar por eles e pelas respectivas famílias. Sei, também, que os meus primos sempre tiveram um carinho especial pelo tio Fernando.
Consolo-me com recordações…com recordações felizes e menos felizes, boas e menos boas, ternas e menos ternas, às quais me prendo, no meio da minha mágoa.
Recordar é viver, o resto é silêncio…
É a lei da vida, é natural que assim seja, mas pai é pai e a dor, ao perdê-lo, é inimaginável…
Entrei o ano muito mais “pobre”…
Quero, e tento, agarrar-me à ideia de que existe vida para além da morte, mas uma coisa é o que me dita o coração e outra, muito diferente, é o que me diz a razão.
Consolo-me com recordações… Uma delas foi lembrada pelo meu primo ZZ, ainda na noite de 24 de Dezembro, e que nos fez sorrir a todos.
Dizia ele que o tio Fernando foi a única pessoa que o levou à pastelaria “As Velhas”, nas Caldas da Rainha, e, sabendo como ele era guloso, lhe disse para comer todos os bolos que quisesse… O ZZ não se fez rogado e começou a “enfardar” bolos. Ao fim do décimo terceiro, sim, 13º bolo, um pastel de nata ainda morninho, começou com cólicas e, recorda ele, lá foi muito aflito com medo de não chegar a tempo a casa…
Este pequeno episódio foi recordado pelo meu primo porque o meu pai sempre gostou muito dos sobrinhos e eles sabem disso. Gostava tanto dos sobrinhos que, já bastante doente e na fase final da sua vida, continuava a perguntar por eles e pelas respectivas famílias. Sei, também, que os meus primos sempre tiveram um carinho especial pelo tio Fernando.
Consolo-me com recordações…com recordações felizes e menos felizes, boas e menos boas, ternas e menos ternas, às quais me prendo, no meio da minha mágoa.
Recordar é viver, o resto é silêncio…
2 comentários:
A dor da perda vai serenar com o tempo, mas, diz quem já passou por ela, que fica sempre presente, como um aperto no peito sempre que a saudade bate cá dentro...Bjs Sofia
Tem razão, a dor vai aliviando e são palavras bonitas, como as suas, que me vão dando coragem...
Obrigada pela amizade que é feita de pequenas acções como, por exemplo, fazer um comentário...
Um abraço doce
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