quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Obras em marcha!?

Obra a obra num cemitério!
Será que foi aqui que deram início à demolição do denominado “corredor da morte”, no Bairro do Condado, Zona J de Chelas?
Obra a obra num cemitério!
Não está mal pensado… como a mão-de-obra está pela hora da morte (esta foi má…) pode ser que os “locatários”, por obra e graça do divino Espírito Santo, não se importem de fazer uma obra de misericórdia e metam mãos à obra…

Não deixem que isto se torne numa obra de Santa Engrácia! Vá lá… toca a fazer uma obra de referência! É que de boas intenções o inferno está cheio!
Vão pintar os jazigos? Isso é que vai ser um bico-de-obra… Eu aconselharia um vermelho “vivo” ou um azul “celeste”…

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Caixinha de surpresas

Quando julgo que o meu pai está completamente alheado e indiferente a tudo, apanha-me desprevenida e zás… ataca de surpresa!
Quando julgo que o meu pai já não me pode surpreender, apanha-me desprevenida e zás... surpreende-me!
Consegue surpreender-me… com 96 anos e doente! E consegue fazê-lo com alguma classe…
Ainda no hospital, pediu ao meu irmão para lhe levar um jornal. Quando lhe perguntei se o tinha lido, disse-me que tinha feito uma leitura à vol d’oiseau
Perante o meu ar ignorante, explicou-me que era uma expressão (idiomática) francesa que queria dizer “olhadela rápida”, “de relance”, “vista de olhos” (o mesmo que ler na diagonal).
Fiquei atarantada, a sério… Achei espantoso o facto de aquilo lhe ter saído sem qualquer esforço no meio do discurso, para além de continuar a contribuir para os meus conhecimentos.
Já em casa, depois de lhe ter dado uma explicação, sobre qualquer coisa que já nem recordo, perguntei-lhe se tinha percebido (deveria ter dito “ouvido”, porque ele é surdo). Respondeu-me, como se eu o estivesse a tomar por tonto: “Ouvi o que tu disseste e, como o ouvido médio está ligado ao cérebro, percebi muito bem…”
Fiquei perplexa!
Não que a dedução tenha algo de excepcional ou transcendente, mas porque foi feita com uma grande clareza de raciocínio…

Quarenta e cinco anos...

... de humor delicioso e mordaz

sábado, 26 de setembro de 2009

Message in a bottle (22)

Excertos de “Votar para ter o direito a refilar”
(por Isabel Stilwell)

Olho para os cartazes e já não suporto aquelas carinhas. Não é nada de pessoal contra ninguém, mas deixam-me a sensação de que há meses e meses e meses que estão ali a olhar para mim, com o seu melhor sorriso estampado no rosto e um slogan insuportavelmente previsível.

Perante asfixias democráticas e Watergates dos Pequeninos, vergasto-me por ter alimentado a ilusão de que os nossos políticos aprenderiam alguma coisa com o Esmiuçar os Sufrágios. E suspiro pelo facto de o verdadeiro humor, com a inteligência e o bom senso que lhe é subjacente, não ter concorrido às eleições, porque garanto-vos que era ele que levava o meu voto.

Reconheço que as pessoas estão mobilizadas e gosto disso. As audiências dos debates institucionais provaram que estão interessadas em conhecer as ideias dos diferentes partidos, que procuram perceber quem “está mais perto de si” e será mais capaz de o servir (porque a política é um serviço ao eleitor, e não o contrário, embora se alguns dos candidatos tivessem consciência disso, demitiam-se já).

Quando não votamos entregamos a outros o nosso direito a escolher, e depois, e esta é a parte que mais toca, perdemos o direito a refilar. E esse é, decididamente, um direito de que nenhum bom português está disposto a abdicar.

Em reflexão eleitoral


sábado, 19 de setembro de 2009

“Meu querido mês de Agosto”…(4) (uma das foleirices que há em mim)

Ainda durante o mês de Agosto fui até ao Baleal.
Tive a sensação que estava a chegar ao Baleal pela primeira vez, como se nunca lá tivesse estado...
Não ia lá há tantos anos que nem sei o que pode ter mudado durante, pelo menos, duas décadas, mas não tenho dúvidas que terá mudado, pois tudo muda na sua posição relativa… Decididamente está bem diferente daquilo que eu terei conhecido na minha infância, isto é, aqui há um par de anos atrás, isto é, talvez ontem ou no mês passado…

A “ilha” do Baleal está ligada ao “continente” por uma faixa de areia muito fina a que damos o nome de tômbolo (para que se saiba, Peniche também é um tômbolo). Esta língua de areia separa duas praias. A praia do lado norte que, por ter águas mais agitadas, me pareceu a eleita dos surfistas (bandeira vermelha) e a praia do lado sul, um extenso areal que se espraia até Peniche, com águas um pouco mais tranquilas (bandeira amarela).
Parece que há muitos anos, quem frequentava o Baleal tinha que esperar que a maré baixasse para poder atravessar a língua de areia porque na maré-cheia, as águas das duas praias juntavam-se e a travessia podia tornar-se perigosa. Hoje em dia, isso ainda pode acontecer periodicamente.

A temperatura da água surpreendeu-me… Pensei encontrar uma água de fazer doer os ossos mas, contrariamente ao esperado, estava razoavelmente fresca…
Imaginei que uns dias no Baleal seriam balsâmicos tanto para o corpo como para a alma…
Quando cheguei estava uma manhã mais ou menos ensolarada, o que é raro acontecer, mas a falta de Sol será sempre compensada com o agradável e forte cheiro a maresia.

A caminhada, despreocupada, que fizemos até à “ilha”, revigorou-me e inspirou-me…
Há um lado da “ilha”, com vista para as Berlengas, que encara o oceano majestoso e bravio. Apeteceu-me ficar ali a contemplar aquele mar, sem pressa, como se nada mais tivesse para fazer a não ser contemplá-lo em toda a sua indomesticável beleza…

Se eu habitasse esta “ilha”, era precisamente deste lado que eu gostaria de viver, com um olhar privilegiado para aquela linda vastidão de água azul… mas sentir-me-ia feliz numa daquelas casinhas com vista para o outro lado da “ilha”. Vi algumas com pequenas varandas viradas para o mar que eram perfeitas… Cheguei mesmo a imaginar-me sentada numa delas, a ler e a escrever. Não consigo deixar de sentir inveja dos proprietários destas casas à beira-mar e sobre o mar… queria adormecer embalada pelo canto poético das ondas e pela essência eterna da maresia…
Ficámos fascinados pelas portadas invulgares de umas janelas. Uma autêntica delícia, uma verdadeira preciosidade… Enquanto falávamos com a dona da casa, tirei uma fotografia para copiar a ideia para quando a minha fantasia, de ter uma casa virada para o mar, se tornar uma realidade… a vida dá tantas voltas, reserva-nos tantas surpresas…

Se à paisagem magnífica e singular, juntar o característico perfume marinho, mesmo nos dias de neblina, indubitavelmente que os dados estão lançados para que as ideias e pensamentos comecem a fluir…

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Este país não é para velhos

Ao contrário do que possa parecer, não vou escrever sobre o filme que conquistou o Óscar de melhor filme, em 2008.

Cheguei da viagem a Barcelona no domingo à noite e soube que o meu pai tinha dado entrada na urgência hospitalar, nessa tarde.
Ontem, fomos para o hospital às 10h:30m, hora que tinham apontado, ao meu irmão, como a melhor para tomar conhecimento da avaliação clínica do doente. Fomos informados de que o meu pai tinha feito novos exames às 9h:30m e que teríamos que esperar até às 11h:30m…
Lamentavelmente, o meu pai saiu da urgência, para internamento no SO, às 18 horas e não houve um único profissional de saúde que nos tenha esclarecido, nem o motivo concreto de tamanha demora, nem do quadro clínico do meu pai…
Foram sete horas e trinta minutos no hospital, foram sete horas e trinta minutos de ansiedade, não, de completa angústia.
Chorei quando o vi. Com soro e algaliado. Um velhinho tão velhinho, tão fragilizado, tão vulnerável, tão carente…
Na urgência, as macas, quase todas com velhinhos, ocupavam cantos, recantos e corredores.
O meu pai, o mais velhinho de todos os velhinhos, aguardou numa maca desconfortável.
O meu pai, o mais velhinho de todos os velhinhos, estava desidratado, tinha sede, a boca sempre seca. Por sorte eu estava lá… Para um idoso é uma sorte ter alguém, sempre por perto, que o acompanhe naquele “depósito” de velhos…
Julgo que se a morte chegar devagarinho, poderá levar um daqueles velhinhos e ninguém dará por isso… e o meu pai, o mais velhinho de todos os velhinhos, lúcido e preocupado por estar a dar trabalho e a incomodar… Chorei ao vê-lo na mais profunda decadência física…
No SO, o cenário não é melhor. As macas continuam a ocupar cantos, recantos e corredores.
Na verdade, o nosso sistema de saúde não dá resposta nem aos doentes nem às famílias dos doentes e a classe médica não ajuda a melhorar a situação. A grande maioria da classe médica é antipática, arrogante, insensível, totalmente desprovida de solidariedade e de uma falta de ética profissional que até dá raiva.
Curiosamente, o segurança tentou animar-me numa das minhas crises de choro…
Curiosamente, os veterinários dos meus gatos são afectuosos e encantadores. Comparar um médico veterinário com um médico é o mesmo que comparar a Bela com o Monstro! Sei que há bons e maus profissionais mas, o que leva alguém a escolher um curso de medicina, por sinal bem complexo, se não for amor pela vida, pela humanidade? Não quero perder tempo a meditar sobre isso...
Hoje, só foi possível ver o meu pai às 19h:15m… Foi transferido do SO para a enfermaria. Felizmente eu estava lá para o acompanhar. Continuamos sem ter informações consistentes sobre o seu estado de saúde. É inadmissível! Eu até podia fazer uma “peixeirada” mas, penso que só iria piorar as coisas.
De que nos serve a esperança média de vida aumentar se não temos qualidade de vida na velhice?
Decididamente, este país não é para velhos…

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

09-09-09…

…é para muitos, especialmente para os chineses, o dia mais esperado do ano. Os chineses associam o número 9 a sorte e sucesso, pelo que esperam que este raro momento do calendário marque a diferença no rumo das suas vidas.
O número 9 (gau), está associado a longa duração
Sei que são chinesices mas, a avaliar pelos meus pais, tenho que me render às evidências e dar-lhes alguma razão…
O meu pai nasceu a nove do mês nove, assim como a minha mãe, e fazem hoje, respectivamente, 96 e 89 anos…lúcidos!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Inimigos Públicos 2

O segundo filme apresenta muitas diferenças em relação ao filme anterior...
Previsivelmente, não será um êxito de bilheteira!

Haverá por aí algum candidato a Melvin Purvis?...

Dou óptimas referências!

Experiência não me falta, nem formação académica…
Professora Doutora (por extenso).

O meu Curriculum Vitae e prática vão fazer toda a diferença.
Ponham-me à prova!

Gosto...e não se fala mais nisso! (13)

Magnólias


Dia Mundial da Literacia...

…assinala-se hoje.
Cerca de 75 milhões de crianças em todo o mundo continuam sem acesso ao ensino.
Em Portugal, nove em cada cem portugueses continuam sem saber ler nem escrever.
Até custa admitir que, ainda hoje, um país da União Europeia tenha um milhão de analfabetos e ainda custa mais aceitar quando esse mesmo país é o nosso…

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Livros e Mar: eis o meu elemento! (16)

Comecei a lê-lo hoje, numa curta viagem de comboio, e acabei-o na minha hora de almoço.
Ao contrário do tamanho das letras, o livro não é grande, mas entusiasmou-me logo a partir do primeiro parágrafo.
Disse-me, quem leu, que era um livro intimista e é verdade. Deu-me a conhecer uma nova faceta do autor que, escrevendo na primeira pessoa, se revela emocional, afectivo, nostálgico e amargurado. Neste livro é perceptível a importância de uma pessoa, não quando estamos com ela, mas quando sentimos a sua falta…
Esta viagem sem regresso cativou-me pela forma admirável como está escrita e comoveu-me, não fosse eu uma eterna apaixonada e sonhadora…
Esta viagem sem regresso durou, sensivelmente, seis semanas, mas como dizia Fernando Pessoa, o valor das coisas não está no tempo que duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso, existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.


Há viagens sem regresso nem repetição. Éramos donos do que víamos: até onde o olhar alcançava, era tudo nosso. E tínhamos um deserto inteiro para olhar. Ali estavas tu, então, tão nova que parecias irreal, tão feliz que era quase impossível de imaginar. Ali estavas tu, exactamente como te tinha conhecido. E o que era extraordinário é que, olhando-te, dei-me conta de que não tinhas mudado nada, nestes vinte anos: como nunca mais te vi, ficaste assim para sempre, com aquela idade, com aquela felicidade, suspensa, eterna, desde o instante em que te apontei a minha Nikon e tu ficaste exposta, sem defesa, sem segredos, sem dissimulação alguma.

domingo, 6 de setembro de 2009

A minha onda (12)

Em contagem decrescente

dias para Barcelona!

Livros e Mar: eis o meu elemento! (15)

Um livro excelente, que desmistifica a Índia lírica que idealizamos. Deixo uma pergunta no ar: Como é que Aravind Adiga, de 35 anos, que viveu parte da sua vida na Austrália e nos Estados Unidos, consegue narrar, com tanto detalhe e intensidade, as desigualdades socioculturais da Índia? Não me canso de classificar este livro como excelente...

"O Tigre Branco" arrebatou por unanimidade o Man Prémio Booker Prize de 2008, um dos mais prestigiados galardões literários a nível mundial. Ainda antes da sua nomeação para o prémio, era já apontado como um dos melhores romances do ano e Aravind Adiga como uma grande revelação e um extraordinário romancista. Romance de estreia, entrou de imediato nas preferências dos críticos, que o classificaram como "uma estreia brilhante e extraordinária". O livro revela uma Índia ainda muito pouco explorada pela ficção, a Índia negra, violenta e exuberante das desigualdades socioculturais. Toda a obra é uma longa carta dirigida ao primeiro-ministro chinês, escrita ao longo de sete noites. O autor da carta apresenta-se como o tigre branco do título, e auto-denomina-se um "empreendedor social". Descrevendo a sua notável ascensão de pobre aldeão a empresário e empreendedor social, o autor da carta, Balram, acaba por fazer uma denúncia mordaz das injustiças e peculiaridades da sociedade indiana. Fica assim feito o retrato de uma sociedade brutal, impiedosa, em que as injustiças se perpetuam geração após geração, como uma ladainha que se entoa incessantemente ao ritmo de uma roda de orações. São muito poucos os animais que conseguem abrir um buraco na vedação e escapar ao destino do cárcere eterno. O Tigre Branco é um deles.


sábado, 5 de setembro de 2009

Memórias e Afectos (35)

Quando era menina, gostava muito de comprar estampas semelhantes a estas. Algumas eram mais caras porque tinham purpurina prateada... eram tão bonitas!
Colocava-as, cuidadosamente, dentro do livro de leitura. As minhas colegas também tinham as delas e depois fazíamos trocas, consoante o gosto pessoal de cada uma...

Algumas nunca chegavam a ser trocadas porque eram lindas e considerava-as preciosas...

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

“Meu querido mês de Agosto”…(3) (uma das foleirices que há em mim)

Há pontos que visitamos impreterivelmente nas férias de Verão, como, por exemplo, a feira do artesanato (ou atrasanato…) da Manta Rota, expoente máximo dos tesourinhos deprimentes ou a bela da barraca do cigano, onde compramos calções de praia…
No entanto, existem dois sítios que são assim como uma espécie de ritual, direi mesmo que são locais de culto…
O que encontro mais semelhante, a esta nossa romaria anual, é a peregrinação realizada à cidade santa de Meca, obrigatória pelo menos uma vez na vida dos muçulmanos…
Não falha, todos os anos vamos a Ayamonte e sempre com a mesma finalidade, ir ao “Abreu”… uma loja de produtos de higiene pessoal, entre outras coisas mais ou menos dentro do mesmo género. É deprimente? É, mas eu gosto!...

No “Abreu”, compramos, essencialmente, gel de banho… ao preço da chuva! Grandes frascos de gel que em Portugal não conseguiríamos comprar por menos de 4 euros, compram-se por 1,80 euros…e a relação preço, qualidade, não poderia ser melhor! Além disso, tem uma enorme diversidade de marcas. Habitualmente, trago meia dúzia, mais coisa menos coisa, mas houve um ano que trouxe, nada mais, nada menos que… 15 embalagens de gel! Um exagero… Parecia candonga mas era mesmo para uso próprio e não imaginam a quantidade de portugueses que lá vão, comprar o mesmo que eu…
Isto dava para um estudo de mercado (se calhar, negro…).
Outro dos lugares, alvo da nossa peregrinação anual, é a “Casa Joaquín”, em Pozo del Camino (a caminho da Isla Cristina).

O que nos leva a este restaurante, tão escondido que é difícil, para quem não conhece, dar com ele? A comida celestial, sendo a que me gusta más, papas arrugadas com mojo picon… (batatas cozidas com pele e molho picante). A mí me gusta, a mí me encanta… y por supuesto quiero siempre muchas… E depois temos também el queso manchego, el jámon… Qué tal? Vale! Vale!

Disse que é bastante difícil dar com a “Casa Joaquín”. Felizmente, é verdade! E é bom que assim continue, pois já existem portugueses que cheguem para encher o restaurante, durante todo o Verão… e as salas são grandes!
Se eu podia viver o “meu querido mês de Agosto” sem “Abreu” e sem “Joaquín”?
Poder, podia, mas não era a mesma coisa…

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

“Meu querido mês de Agosto”…(2) (uma das foleirices que há em mim)

Não sei se a crise terá, mais uma vez, culpas no cartório, mas pareceu-me que havia menos índios na Manta Rota do que no ano passado. Talvez tenham, apenas, optado por outro destino de férias, como Espanha, Brasil, Cabo Verde, terra natal…
Se não tivesse oportunidade de ir para o Algarve sem pagar alojamento, julgo que levaria à letra a máxima do Vá de férias cá dentro e passava as férias em casa… Para dar mais veracidade à coisa, ou seja, para ter a sensação de estar mesmo de férias, bastavam umas pequenas alterações à rotina, sendo a rotatividade de quartos a primeira a implementar para nos dar a ilusão de acordarmos num novo quarto de hotel, todos os dias… Aqueles CD’s de música relaxante, do estilo ondas a espraiarem-se no areal, também seriam uma decisão inteligente se fossem acompanhados por banhos de imersão, em biquíni ou fato de banho…
Não vou alongar-me mais nestes desvarios mas que eu era capaz de continuar para aqui a delirar, lá isso era…
Pois as semaninhas passadas na Manta Rota foram do melhor. Bom tempo e uma água de fazer inveja ao Mediterrâneo, transcendendo-o mesmo, quase de certeza, no que diz respeito à ondulação… Sei que há muitos adeptos de mar flat mas, para mim, ondas e temperatura da água a 24 graus são condições sine qua non para uns banhos de praia perfeitos, não esquecendo a maré cheia que será a “cerejinha no topo do bolo”!
No ano passado, fomos passar o dia à Ilha da Culatra. Esse dia foi referido, num post, a
28 de Agosto de 2008.
Geograficamente a Culatra e o Farol (Farol de Santa Maria, o farol mais meridional de Portugal) formam uma única ilha mas as praias, propriamente ditas, distam entre si 15 minutos de barco…
Estivemos no Farol há dois anos e o dia revelou-se como o melhor dia de praia dessas férias. Na nossa opinião, estas ilhas, na Ria Formosa, eram um autêntico éden para quem gosta de passar um dia na praia. Eram…
Acontece que, o facto de terem sido citadas em algumas revistas, fez com que estes paraísos fossem tomados de assalto e as condições de veraneio não acompanharam este aumento súbito de maralha…

Culatra (continuem a andar, é sempre em frente...) e Farol

Este ano voltámos ao Farol e, com excepção do Z.C., achamos que já não compensa…
A praia do Farol tem 2 apoios de praia, ao contrário da Culatra que não tem nenhum. No entanto, nenhum desses apoios têm por perto uma casa de banho… Quem tiver cólicas, e isso aconteceu com um de nós, tem que se deslocar até ao restaurante que existe junto ao casario, na ilha…
Imaginem um parolo, sem chinelos, (também não lembra ao diabo, caraças…) a correr na areia escaldante até às passadeiras de cimento, igualmente escaldantes, para encontrar alívio intestinal… Uma imagem semelhante a um lagarto a correr, aos pulinhos, no deserto…
Sabíamos que os dois últimos barcos, de regresso a Olhão, eram às 18.30 e às 20.00 horas. Optámos pelo penúltimo e qual não foi o nosso espanto ao ver, chegando ao cais, uma fila enorme de pessoas. Percebemos, depois de alguma espera, que uma parte dessas pessoas não tinha conseguido ir no antepenúltimo barco…o que nos levou a pensar que não iríamos no barco das 18.30 que estava a chegar ao cais, naquele momento…
E pensámos bem, pois estas alminhas ficaram, como tantos outros, na fila de espera para o último barco.
Com o passar do tempo, começámos a abancar e a tirar, das mochilas e sacos, os restos do farnel que tínhamos levado para a praia…Nós e o resto do povinho, porque quando dá a fome a um português, dá logo a mais dois ou três.
Aproveitámos o imprevisto para conversar, rir, ler, jogar às cartas e até tirar umas fotografias, para mais tarde recordar esta peripécia. Afinal de contas, férias são férias, pressa e horários são palavras que não fazem parte do vocabulário estival e, por alguma razão se chama a esta estação do ano, a silly season
Conseguimos entrar no barco das 20.00 horas. Ainda ficou gente no cais!!...
O Sol, atento e tentando minorar aquele pequeno contratempo, desaparecia no horizonte, presenteando-nos com um espectáculo único na Ria Formosa…

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Neste dia

Há 70 anos, a Alemanha invadiu a Polónia, sem declaração de guerra, usando uma estratégia militar revolucionária. A manobra ficou conhecida por Blitzkrieg (Guerra Relâmpago). O grande trunfo da campanha militar alemã foi o blindado Pzkpfw ou Panzer, palavra alemã para "armadura".

Dois dias depois a Inglaterra e a França declararam guerra à Alemanha, fazendo eclodir a Segunda Guerra Mundial.
Esta guerra envolveu países de todos os continentes e transformou o mundo...


Em 1972, Bobby Fischer vence Boris Spassky no Campeonato Mundial de Xadrez.
Fischer, jogando com as brancas, era adepto da Abertura do Peão de Rei, a qual defendia com a seguinte citação Best by test.


Eu tinha 15 anos e vibrei com este campeonato. Segui-o diariamente...

A verdadeira mãe...

galinha...