sexta-feira, 4 de setembro de 2009

“Meu querido mês de Agosto”…(3) (uma das foleirices que há em mim)

Há pontos que visitamos impreterivelmente nas férias de Verão, como, por exemplo, a feira do artesanato (ou atrasanato…) da Manta Rota, expoente máximo dos tesourinhos deprimentes ou a bela da barraca do cigano, onde compramos calções de praia…
No entanto, existem dois sítios que são assim como uma espécie de ritual, direi mesmo que são locais de culto…
O que encontro mais semelhante, a esta nossa romaria anual, é a peregrinação realizada à cidade santa de Meca, obrigatória pelo menos uma vez na vida dos muçulmanos…
Não falha, todos os anos vamos a Ayamonte e sempre com a mesma finalidade, ir ao “Abreu”… uma loja de produtos de higiene pessoal, entre outras coisas mais ou menos dentro do mesmo género. É deprimente? É, mas eu gosto!...

No “Abreu”, compramos, essencialmente, gel de banho… ao preço da chuva! Grandes frascos de gel que em Portugal não conseguiríamos comprar por menos de 4 euros, compram-se por 1,80 euros…e a relação preço, qualidade, não poderia ser melhor! Além disso, tem uma enorme diversidade de marcas. Habitualmente, trago meia dúzia, mais coisa menos coisa, mas houve um ano que trouxe, nada mais, nada menos que… 15 embalagens de gel! Um exagero… Parecia candonga mas era mesmo para uso próprio e não imaginam a quantidade de portugueses que lá vão, comprar o mesmo que eu…
Isto dava para um estudo de mercado (se calhar, negro…).
Outro dos lugares, alvo da nossa peregrinação anual, é a “Casa Joaquín”, em Pozo del Camino (a caminho da Isla Cristina).

O que nos leva a este restaurante, tão escondido que é difícil, para quem não conhece, dar com ele? A comida celestial, sendo a que me gusta más, papas arrugadas com mojo picon… (batatas cozidas com pele e molho picante). A mí me gusta, a mí me encanta… y por supuesto quiero siempre muchas… E depois temos também el queso manchego, el jámon… Qué tal? Vale! Vale!

Disse que é bastante difícil dar com a “Casa Joaquín”. Felizmente, é verdade! E é bom que assim continue, pois já existem portugueses que cheguem para encher o restaurante, durante todo o Verão… e as salas são grandes!
Se eu podia viver o “meu querido mês de Agosto” sem “Abreu” e sem “Joaquín”?
Poder, podia, mas não era a mesma coisa…

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