sábado, 9 de maio de 2009

Festa Brava

Assim até valia a pena ir a uma tourada!...
Assim sim, é Festa Brava…
A inauguração da temporada da Praça de Touros do Campo Pequeno, em Lisboa, foi marcada pela “alternativa” do Gavião, um touro de 576 quilos…
António Ribeiro Telles cravara o primeiro ferro da noite quando o touro o colheu, melhor, colheu o desgraçado do cavalo, levantou-o e este acabou por cair levando atrás o cavaleiro. Felizmente o cavalo, que não teve “alternativa” e estava ali por arrasto, saiu ileso.
Eu também só arrastada, empurrada e à força iria a uma Praça de Touros…
O Gavião, não satisfeito com a desforra, tentou a proeza de “voar” sobre a barreira e conseguiu fazê-lo à segunda tentativa, levando as bancadas ao rubro.
Ah…grande Gavião!
Este foi o momento alto da noite, com o touro a dar alguma dignidade à festa…
Que me desculpem os aficionados mas sinto sempre uma satisfaçãozinha (talvez seja do signo…) quando o touro vai à luta e se consegue vingar…
Os forcados são os únicos a merecer, da minha parte, alguma consideração, pois de mãos nuas encaram o “protagonista” da festa.
Por mais que me tentem impingir a ideia de que os touros bravos são criados apenas para as touradas, continuarei convicta de que as corridas de touros são “divertimentos” bárbaros, e na minha opinião firme penso que é uma forma ignóbil e vergonhosa de tratar um animal. Assim sendo, não consigo encontrar neste espectáculo qualquer tipo de beleza.
Pelos direitos dos animais, sempre!
Tivesse o Gavião menos cem quilitos e teria feito um “voo” picado sobre a Praça…

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