segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Wilhelm Gustloff

A KDF (Kraft Durch Freude) foi uma organização fundada pela Alemanha Nazi que providenciava atividades culturais, recreativas e de lazer à população alemã. O maior ramo de negócio foi a organização de excursões e viagens com destinos nacionais e internacionais através de cruzeiros. Tornou-se nos anos 30 a maior agência de viagens do mundo e em meados da década encomenda dois grandes paquetes. Em Março de 1938 é entregue o Wilhelm Gustloff à KDF. A finalidade era proporcionar a alemães e austríacos (a Áustria já fora anexada pela Alemanha) deliciosos cruzeiros a preços acessíveis. A Ilha da Madeira foi o primeiro destino. Portugal era o único país europeu que permitia o desembarque de passageiros e os viajantes do Norte da Europa adoravam o clima das ilhas lusas. Espanha, Itália e Noruega eram outros destinos, assim como o Mar Báltico, particularmente a costa alemã e a costa dinamarquesa.

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Wilhem Gustloff (18)
Quando deflagra a Segunda Guerra Mundial, as paradisíacas viagens terminam e o Wilhelm Gustloff passa a ter outras funções, entre elas, a de navio hospital, colaborando na evacuação de feridos da Polónia e mais tarde, após a invasão da Dinamarca e Noruega pelas tropas alemãs, de Oslo.
Em Janeiro de 1945, nos dias da brutal investida do exército vermelho, e com a guerra perdida para a Alemanha, Adolf Hitler e Karl Dönitz reconhecendo a situação militar insustentável na Prússia Oriental, elaboraram um plano de evacuação das tropas por mar sob o código Operação Hannibal. Esta evacuação foi crescendo acabando por abranger também os civis que imploravam o embarque para a Alemanha. A 30 de Janeiro, o Wilhelm Gustloff zarpou de Gotenhafen (actual Gdynia, na Polónia) com cerca de 10.000 refugiados, na maioria mulheres e crianças. O barco é seguido pelo submarino soviético S13 e a 12 milhas marítimas da costa da Pomerânia, os russos abrem fogo. Três torpedos atingem o Gustloff. São 21h15 do dia 30 de Janeiro de 1945. Uma hora depois é engolido, arrastando mais de 9.000 almas para a morte.

Wilhem Gustloff (17)

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