Richard Zimler num registo diferente do habitual em “Ilha Teresa”. Embora continue a preferir os seus romances históricos, “Ilha Teresa” tem umas personagens tão reais, mostrando-nos a importância do papel dos pais na vida dos adolescentes, que eu nunca poderia ficar indiferente ao ler esta obra. Um óptimo relato, enternecedor e sarcástico, do mundo inconformado e, por vezes à beira do abismo, da adolescência.
A vida de Teresa, uma adolescente de 15 anos, muda radicalmente quando os pais deixam Lisboa para irem viver em Nova Iorque. Não estando preparada para a vida na América, com dificuldade para se exprimir em inglês, Teresa encontra refúgio no seu particular sentido de humor e no único amigo, Angel, um rapaz brasileiro de 16 anos, bonito e gay, que adora John Lennon e a sua música. Mas o mundo de Teresa desmorona-se completamente quando o pai morre e a deixa, a ela e ao irmão mais novo, com uma mãe negligente e consumista.
Os problemas de Teresa confluem para um clímax de desespero no dia 8 de Dezembro de 2009, aniversário da morte de John Lennon, quando ela e Angel fazem uma peregrinação ao Memorial Strawberry Fields Forever em Central Park. Aí, um terrível acontecimento que nunca poderia ter previsto devolve-a à vida e ao amor.
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