quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Parábola da multiplicação dos "Paes" Natais...

Estou com uma dúvida e não consigo concentrar-me, aliás, quase não durmo…
Como não deixo de pensar no assunto e a dúvida me assola, não consigo trabalhar…
A minha mente fica totalmente obcecada com a dúvida e as possíveis respostas que a possam desfazer.
Só consigo ter paz depois de encontrar uma resposta à dúvida que me atormenta…
A moda das bandeirinhas à janela, lançada, julgo eu, por Marcelo Rebelo de Sousa e não por Scolari, pegou. Pegou e sempre que se avizinha um Euro ou um Mundial de Futebol elas voltam qual exterminador implacável – I’ll be back… e nestas ocasiões o país transforma-se num enorme “pagode”…
A minha dúvida reside numa outra moda, também ela foleira, pirosa e saloia, que é a dos milhares de pais natais insufláveis que invadem o nosso país, na época natalícia.
Quem terá sido o autor desta (triste) ideia? Quem poderá ter sido o “pai” ou a “mãe” desta onda insuflável?
Nunca ouvi dizer que o Pai Natal subia e entrava pelas janelas, varandas ou marquises…
Só podem ter sido os meus pais e restante família que me impingiram a ideia, errada por sinal, que o Pai Natal descia pela chaminé…
Outra ideia errada que a família me transmitiu foi a de que o Pai Natal era grande e gordo… e agora descobri que o Pai Natal é anão!...e flácido…
Os meus pais vão ter que me explicar isto direitinho, ai vão, vão…
Afinal de contas mentiram-me e agora sofri uma desilusão!...
Estou a imaginar o Pai Natal alpinista a parar o trenó em 2ª fila e ao estilo do Homem Aranha, começar a escalada…
Bom, mas de quem terá sido a ideia? Quem apelou aos portugueses para “espetarem” com aquele Pai Natal pimba nas janelas?
Terá sido o Quim Barreiros?... Não me parece!...
Creio que terá sido o Stanley Ho…
Claro! Agora tudo faz sentido. Só podia ter sido ele!
Assim como as lojas dos chineses proliferam pelo país, também o Pai Natal bimbo e foleiro se multiplicou pelas fachadas dos prédios e quase que aposto que são todos Made in China ou Made in Taiwan…
Ah, mas verdadeiramente lindo é quando o Pai Natal, flácido e anão, coabita com uma bandeirinha desmaiada e uma mangueira de luzes natalícias…
Isso é a combinação perfeita e ninguém pode negar que é uma casa portuguesa com certeza, é com certeza uma casa portuguesa…

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