sábado, 20 de dezembro de 2008

Há pessoas assim...em vias de extinção!...

Podia ser minha filha, pois tem menos dezoito anos que eu.
Tenho o privilégio de ser não só colega mas também amiga da engenheira S. e gozo do privilégio da sua amizade.
Talvez nunca tenha manifestado o meu sincero apreço por ela, tanto profissional como pessoal, mas não é defeito, é feitio, sou reservada por natureza e tenho dificuldade em demonstrar os meus sentimentos.
Já tive ocasião de dizer que os amigos são a família que nós escolhemos e eu, neste campo, tenho sido bafejada pela sorte.
Há colegas de quem sou apenas isso, colega. Há outros colegas por quem sinto muita estima. Há colegas, bem poucos, de quem sou amiga antes de ser colega.
No entanto, a S. é a única amiga colega com quem eu sou e seria sempre capaz de falar como se falasse comigo mesma e conseguir falar com alguém como se comigo própria falasse não é fácil e não está ao alcance de qualquer um.
A S. tem sido o superior hierárquico com quem mais gostei e gosto de trabalhar.
É fácil encontrar um superior hierárquico com boas capacidades de trabalho.
É difícil encontrar um superior hierárquico com belíssimas capacidades de trabalho, excelente nas relações humanas e com os valores morais que eu tanto prezo e que vão sendo cada vez mais raros…
É pena que os chefes não pensem nos subordinados como pessoas, é pena que não saibam fazer um elogio na hora certa, é pena que os chefes não sigam o exemplo da S. porque só iriam beneficiar com isso. Se ontem fiz um forcinha para acabar um trabalho, não foi pelo chefe que o fiz, foi pela S. Pela S. eu faço um esforço, pela S. eu sou capaz de dar o meu melhor. Porque compensa…
Os amigos não partilham apenas ideias, histórias do dia-a-dia, vivências, conhecimentos, fofocas. Os amigos partilham, sobretudo, alegrias, tristezas, reveses da vida, altos e baixos, enfim, partilham sentimentos…
Sei que, mais cedo ou mais tarde, a S. vai ler este post. Por essa razão quero dizer-lhe que isto é um elogio, não da loucura, mas à pessoa extraordinária que tive o prazer de conhecer há quase nove anos…
Sempre fui um pouco avessa à festa da passagem de ano, sempre me incomodou festejar a entrada num novo ano sem saber o que este me reserva.
Apesar disso, saber que a S. estará no departamento no próximo ano faz-me sentir feliz…
Este texto é assim como uma prenda de Natal, sem laço mas com uma etiqueta:
Para a S. com votos de um santo Natal…

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