sexta-feira, 7 de junho de 2013

Livros e Mar: eis o meu elemento! (74)

Cinquenta mulheres foram enviadas para França como agentes secretas pelo Executivo de Operações Especiais durante a 2ª Guerra Mundial.
Trinta e seis sobreviveram à guerra.
As outras catorze deram as suas vidas.
Este livro é dedicado a todas, verdadeiras heroínas da SOE (The Special Operation Executive)

Ken Follett, o meu autor de eleição, mais uma vez a afirmar-se como mestre da ficção e do suspense. “Nome de código Leoparda” é mais um livro de Follett, baseado em factos reais, passado em plena 2ª Guerra Mundial. Desta vez, porém, não se centra apenas na espionagem, mas num tema pouco explorado ou aprofundado, as mulheres que o Executivo de Operações Especiais enviou para a França ocupada.
A acção desenrola-se no fim de Maio de 1944, duas semanas antes dos desembarques dos aliados na Normandia a 6 de Junho, conhecido por Dia D. Depois da Resistência Francesa falhar a destruição de uma central telefónica alemã instalada num castelo, a perigosa missão é entregue a um grupo de mulheres dos serviços britânicos. Adicionando a estes ingredientes, já por si explosivos, o facto de a equipa ser liderada por uma mulher, ou seja, exclusivamente feminina, é fácil imaginar que o enredo é surpreendente… “Leoparda” é o nome de código de Flick Clairet, a agente britânica que vai liderar cinco mulheres, o grupo “Gralhas” (Jackdaws, título original do livro), que, apesar de pouco homogéneo e do pouco tempo de preparação, terá um papel capital para o sucesso da operação, que vai contar, como seria de esperar, com um grão de areia na engrenagem, o coronel alemão Dieter Franck…
A par do suspense crescente e de tirar o fôlego, vamos conhecendo melhor as personagens, as suas paixões, os medos, inseguranças, coragem, crueldade, enfim, uma riqueza de sentimentos que nos acompanha até à última página.

leoparda
O Dia D aproxima-se. Os serviços britânicos têm de destruir o sistema de comunicações em St. Cecile para os nazis não terem tempo de reagir. Impõem-se medidas drásticas e Flick Clairet, uma jovem agente britânica, surge com um plano ousado: lançar-se de pára-quedas, em França, acompanhada por uma equipa exclusivamente feminina (Jackdaws) com o objectivo de se disfarçarem de empregadas de limpeza francesas e entrarem no castelo…
Delirante ou não, o plano parece ser a única alternativa. O certo é que Rommel nomeou o implacável coronel Dieter Franck para esmagar a resistência francesa. E ele já tem o seu primeiro alvo: Flick Clairet…

O filme francês de 2008, “Les Femmes de l'ombre”, embora não seja uma adaptação deste romance de ken Follett, retrata as heroínas da Special Operation Executive.

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