O acontecimento caricato que hoje aqui coloco é contado via e-mail e passou-se há uns meses.
O marido de uma colega minha escreveu-lhe textualmente o que se segue:
Pois é…
Hoje de manhã, vendo o saco com a roupa do H. e os chinelos da minha mãe, para trocar, agarrei nele e saí.
Estava eu a beber café com o meu colega e a dizer-lhe que tinha que ir ao Carrefour, à hora do almoço, trocar umas coisas, quando me veio à cabeça uma constatação sombria: onde tinha eu metido o saco? Não me lembrava nada de o ter posto no carro…
Qual filme de David Lynch vi-me a mim próprio a meter o saco da roupa e dos chinelos, no contentor do lixo em frente ao nosso prédio!
Larguei o meu colega e apressei-me para Carnaxide. No caminho, a mesma imagem assolava-me repetidamente: o velhote que costuma andar ao lixo, a passear amanhã na nossa rua, com as calças do H. e os chinelos da minha mãe… The Horror!
Chegado à nossa rua, largo o carro e dirijo-me para os contentores…Qual? Depois de passar por alguns segundos de intensa vergonha, encontro no fundo de um deles um saco com umas etiquetas a espreitar…Encontrei!
O mais difícil foi tirar o saco do fundo do contentor. Não é manobra fácil. Agora compreendo as razões que levam os velhotes que andam ao lixo a terem sempre um pauzinho do tipo de apanhar caracóis…
Fiquei com uma mistura de cheiros a casca de banana, bacalhau e leite azedo!
Não podia voltar ao emprego assim. Tive que ir tomar banho.
Será que andar a remexer no lixo é uma falta justificada?
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