Lá ao fundo a saída espreitava-nos. Os ramos retorcidos das árvores de raízes largas enlaçavam-se por cima de nós severamente, lembrando uma prisão, uma vasta prisão com corredores sem fim que percorríamos há demasiado tempo… Morlog Gate erguia-se diante de nós; uma passagem arredondada, circundada por ramos entrelaçados uns nos outros em toda a sua grande extensão. Dizia-se que há muitos anos atrás, aquele fora um local bonito, um sítio de lagos e nenúfares, de belas árvores e sereias. Fora-se degradando de geração em geração até o belo se ter desvanecido e ter ficado a devastação e a memória de algo perdido no tempo. O silêncio agarrava-se ao nosso corpo, querendo puxar-nos para trás, para aquele mundo degradado que habitava, para o isolamento e a solidão. E aquela sensação estranha de desespero, de vazio, de clausura mental, de busca por companhia, levava-me a pensar em...
Assim começa o 21º capítulo de um dos livros (por publicar, claro está) da minha filha A.
Eu gosto... mas sou suspeita!...
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