quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

O tempo, esse bandido clandestino…

Período sabático é um termo que aparece na Bíblia, no Alcorão e na Tora sempre com a conotação de tempo para reflectir ou tempo para viver. Começou a ser usado nas universidades americanas para justificar a ausência de professores para a conclusão de livros e pesquisas, ou seja, está ligado a projectos pessoais. Dizem que o período sabático costuma acontecer, por exemplo, antes de entrar na faculdade e após o fim de um casamento (ainda não gozei o meu…) porque são momentos que motivam a pausa.Todas estas pausas sabáticas ocorrem quando as pessoas precisam de tempo para fazer um balanço da sua vida, redefinir metas ou aperfeiçoar ideias.
Já o gap year, ano de paragem antes de entrar na universidade, é um conceito que ganhou força em Inglaterra e se foi propagando a outros países. Este tempo é vulgarmente dedicado a viagens para conhecer novas culturas, cursos especiais e voluntariado.
O “meu período sabático” não foi, lamentavelmente, dedicado a viagens ou à conclusão de um livro, não foi aproveitado em trabalhos voluntários ou cursos, nem tão-pouco a fazer uma avaliação da minha vida, uma autoanálise; não estive em recolhimento espiritual, em meditação num Retiro Zen Budista…
O “meu período sabático” foi empregado a tentar decifrar legislações e a pedir consultoria jurídica sobre um projecto que eu, a S.e a A. temos em mente, um empreendimento de execução relativamente fácil, mas ambíguo nas leis que regulam a matéria…Se este plano chegar a ver a luz do dia, farei aqui a indispensável publicidade. O restante tempo da minha pausa sabática foi completamente malbaratado a divagar e a dispersar-me, enfim, a ocupar-me com várias coisas simultaneamente dando atenção a tudo, mas na verdade, a nada…
O tempo que se esconde de emboscada
O tempo que te foge a sete pés
O tempo que no fim não vale nada…

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