quinta-feira, 17 de maio de 2012

O inferno do meu descontentamento

Estou, qual Orlando, furiosa! Ocorrem-me, assim de repente, duas frases para qualificar o procedimento desigual, injusto, parcial, indefensável e imoral para com os empregados dentro de um mesmo organismo, seja privado, público, nacional ou multinacional. São elas: “ou há moralidade ou comem todos”, velha e sábia frase, e “todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais do que outros”, notável frase do romance metafórico “Animal Farm” (O Triunfo dos Porcos) do escritor inglês George Orwell.
Dentro de uma organização, os empregados, mesmo com trabalhos diferenciados, têm o mesmo compromisso para com a empresa e, como tal, deveriam ser tratados de igual forma. Lamentavelmente, isso nem sempre acontece, há quem tenha um estatuto diferente e, curiosamente, muitas vezes as chefias têm mais consideração pelos funcionários que fogem habilmente às responsabilidades e ao trabalho (quando digo “fogem” é no sentido literal da palavra…), ou seja, os gazeteiros!
Hoje, mais uma vez, senti-me alvo de tratamento injusto. O comportamento dos dirigentes e as suas acções, que valem mais do que as palavras, entristece-me e dá-me vontade de “meter a boca no trombone”. Será que não há por aí um curso do tipo “Como se tornar baldas e agradar ao seu chefe”? Conheço algumas pessoas que, com o seu espírito de dedicação à balda e um óptimo curriculum vitae, dariam excelentes formadoras…
A moral é filha da justiça e da consciência, é uma religião universal. Isto é tão evidente que me apetece terminar com uma frase à La Palisse (ou Palice): Todos os animais são iguais, salvo as diferenças que possam existir entre eles…

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