sábado, 26 de maio de 2012

Livros e Mar: eis o meu elemento! (60)

Interrompi a leitura de “O Museu da Inocência” para ler um livro, comprado nos leilões da Internet, muito divulgado na altura da 1ª edição em Outubro de 2010.
Suspendi a leitura de uma “inocência” pura e eloquente para um “mergulho de apneia” em “O Fim da Inocência”, livro que relata a história verdadeira e impressionante vivida por um grupo de amigos dos 12 aos 18 anos. Festas loucas, orgias, conversas em chats com desconhecidos, páginas do Facebook para marcação de sexo, visionamento de pornografia em casa de amigos, drogas, álcool e sexo, muito sexo… De cortar a respiração!
A jovem que contou a sua história a Francisco Salgueiro é uma adolescente da classe média alta, estudante num dos melhores colégios privados. Tem hoje 19 ou 20 anos e vive no Brasil, onde tenta construir uma vida nova. Faço votos para que seja bem-sucedida.
“O Fim da Inocência”, segundo o autor, espelha a vida dos novos adolescentes portugueses. Não estou de acordo. Não podemos generalizar. Poderei ser ingénua, mas, embora saiba que há jovens que têm comportamentos de risco, considero que o que é relatado não é representativo da geração da protagonista e dos amigos. No entanto, como mãe, e sabendo que o relato é verídico, perturbou-me, e fez-me meditar na enorme diferença que existe entre liberdade e libertinagem…
Um livro forte, chocante, brutal, libertino e obsceno. Se aconselho a leitura? Hesito entre o sim e o não…


inocencia

Aos olhos do mundo, Inês é a menina perfeita. Frequenta um dos melhores colégios nos arredores de Lisboa e relaciona-se com filhos de embaixadores e presidentes de grandes empresas. Por detrás das aparências, a realidade é outra, e bem distinta. Inês e os seus amigos são consumidores regulares de drogas, participam em arriscados jogos sexuais e utilizam desregradamente a Internet, transformando as suas vidas numa espiral marcada pelo descontrolo físico e emocional.
Francisco Salgueiro dá voz à história real e chocante de uma adolescente portuguesa, contada na primeira pessoa. Um aviso para os pais estarem mais atentos ao que se passa nas suas casas.
Uma confissão que não vai deixar ninguém indiferente. Terá coragem de ler?

4 comentários:

Vespinha disse...

Parece assustador...

Pezinhos na Areia disse...

Sem dúvida que é assustador e mais assustador quando pensamos que conseguem fazer tudo isto sem que os pais se apercebam, há um desconhecimento total da vida dos filhos...

Vespinha disse...

Se calhar muita gente prefere não pensar muito no assunto, porque se não pensar e não souber é como se estivesse tudo bem. É mais fácil viver assim.

Até que um dia os problemas veem ao de cima e depois é tão mais difícil resolvê-los...

Pezinhos na Areia disse...

Exactamente!...Esconder a cabeça na areia à espera que os problemas se resolvam por si...