terça-feira, 30 de março de 2010

Livros e Mar: eis o meu elemento! (23)

Gostei mais de A Sombra do Vento. O enredo sombrio de O Jogo do Anjo, a partir de determinada altura, começa a ficar muito confuso e, quando o mistério aumenta, há pontas soltas que, a meu ver, ficam por explicar. Ou talvez fiquem ao critério de cada leitor…
No entanto, o estilo de escrita é irrepreensível e a narrativa é prodigiosa.
Será sempre um enorme prazer ler este escritor catalão.

Me encantan los libros de Carlos Ruiz Zafón, que me han hecho enamorarme aún más de Barcelona.
Zafón, espero poder verte por Lisboa alguna vez, ¿quizá en la feria del libro...?

Na Barcelona turbulenta dos anos 20, um jovem escritor obcecado com um amor impossível recebe de um misterioso editor a proposta para escrever um livro como nunca existiu a troco de uma fortuna e, talvez, muito mais. Com um estilo fascinante e impecável precisão narrativa, o autor de A Sombra do Vento transporta-nos de novo para a Barcelona do Cemitério dos Livros Esquecidos, para nos oferecer uma aventura de intriga, romance e tragédia, através de um labirinto de segredos onde o fascínio pelos livros, a paixão e a amizade se conjugam num relato magistral.
Um escritor nunca esquece a primeira vez em que aceita umas moedas ou um elogio a troco de uma história. Nunca esquece a primeira vez em que sente no sangue o doce veneno da vaidade e acredita que, se conseguir que ninguém descubra a sua falta de talento, o sonho da literatura será capaz de lhe dar um tecto, um prato de comida quente ao fim do dia e aquilo por que mais anseia: ver o seu nome impresso num miserável pedaço de papel que certamente lhe sobreviverá. Um escritor está condenado a recordar esse momento pois nessa altura já está perdido e a sua alma tem preço.

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