sábado, 25 de julho de 2009

Os Suspeitos do Costume

Como já vem sendo praxe, teve lugar, no dia 19 de Julho, mais uma celebração dos 50 anos…
Devagarinho, pé ante pé, todos lá chegam! Faz lembrar uma escada rolante no sentido ascendente, entra-se com 49 e quando saímos lá em cima, zás… já estamos com 50 anos!
E é vê-los a caírem que nem tordos…

O almoço surpresa teve como finalidade comemorar a entrada do nosso amigo Z.C. na meia-idade. Convém não confundir com Idade Média porque não é exactamente a mesma coisa, embora na Meia-Idade surja, tal como na época medieval, uma intensa religiosidade…
Tantos cabelos brancos!? Ó meu Deus!... Mais dioptrias? Valha-me Deus!! Os seios descaídos!! Minha Nossa Senhora!... As peles flácidas!! Ó meu Deus!...

No almoço surpresa, juntou-se, mais uma vez, a Confraria do Bacalhau e do Baco com os bacanos do costume…
Por ocasião destes acontecimentos, em circunstâncias normais, é hábito e natural que assim seja, que o aniversariante seja o último a chegar. Pois… é normal que assim seja quando lidamos com pessoas ordinárias (deve ler-se normais…) mas como alguns são extraordinários (gaba-te cesto…) chegaram depois…
Estou entre os 11 extraordinários (ou 11 indomáveis patifes…) que chegaram atrasados e por esse facto nem tive possibilidade de apreciar a reacção do nosso amigo Z.C., ainda que não tenha sido por mea culpa.

Já postei, no dia 19 de Julho, uma pequena homenagem a este amigo tão especial. Julgo que nesse tributo, em poucas palavras, lhe manifestei a minha consideração e amizade.
Conheço-o há mais de trinta anos e afianço que, com o passar do tempo, o Z.C. tem vindo a refinar o seu temperamento. A par da sua nobreza de carácter, brinda-nos com o seu humor refinado que, por vezes, está perto da genialidade. Seria, sem dúvida, uma mais-valia nas Produções Fictícias… (eu já lá trabalho! Isto é uma chalaça, eheheh).
Escrevi, há meses, num dos “post” que os homens são como o vinho, a idade azeda os maus e apura os bons. Tomando como verdadeiro este ditado, então o nosso amigo Z.C. resulta de uma colheita excelente, um autêntico VQPRD, Reserva de 1959!...


Nestes eventos há sempre reportagens fotográficas mas nunca recebo nenhuma foto. Estou em crer que a malta leva as máquinas só para os outros verem... suspeito mesmo que os que têm câmaras digitais nem levam a bateria carregada ou pilhas. Quanto aos das máquinas com grandes teleobjectivas, estou convencida que nem rolo elas têm e eles enrolam o pessoal fingindo que tiram fotografias e que são muito entendidos na matéria...
Enfim, são desconfianças…e até prova em contrário vou continuar a pensar que levam as máquinas só para impressionar, para armar ao pingarelho…
Quem quiser que enfie a carapuça! Os que tiverem um pingo de vergonha mandem-me as fotos deste e dos outros eventos, ok?
Ah, e para a próxima, não se incomodem a levar máquinas, eu já vi que têm…
É evidente que os meus relatos não podem ser brilhantes, visto que faltam sempre as fotografias e assim torna-se difícil ter uma perspectiva global dos acontecimentos.

Quando o Z.C., no seu pequeno discurso, agradeceu a comparência de todos, era óbvio que estava comovido, julgo que isso não passou despercebido a ninguém, mas não consigo expressar por palavras o que uma fotografia, tirada no momento certo, seria capaz de exprimir, ou seja, a foto seria, seguramente, um belo testemunho dos sentimentos que o Z.C. estaria a sentir naquele preciso instante…

Para finalizar, não posso deixar de fazer um comentário em relação ao factor surpresa do almoço…
Todos nós sabemos que o nosso amigo é muito sabido, finório, manhoso, matreiro, esperto, enfim, muitíssimo astuto! Até arriscaria a chamar-lhe, sem ofensa, “Raposa do Deserto”, pelo domínio da táctica de apanhar os outros em falso.
Assim sendo, só posso chegar a duas conclusões. Ou ele está a perder qualidades ou é um poeta, porque, como dizia Fernando Pessoa, o poeta é um fingidor


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