(como sempre, imagem roubada “gentilmente” na NET)
quinta-feira, 31 de março de 2011
O "discurso" do Rei
Eu, abaixo assinado...
Desde a formação da nacionalidade até à actualidade (agora, não passa de um sítio manhoso e mal frequentado), Portugal tem vivido na precariedade. Ainda na 1ª dinastia, o país sofreu os efeitos da crise do século XIV, com recessão económica e conflitos sociais. Nesse período, houve um elevado número de vítimas devido às epidemias; hoje em dia, continua a existir um elevado número de vítimas de outro flagelo, a classe política e os sucessivos desgovernos pós 25 de Abril… No século XVI, o vasto Império Colonial Português viveu um período de grandes dificuldades, ou seja, mais carência. Já no reinado de D. João V, a economia portuguesa dependeu do ouro e dos produtos coloniais do Brasil, mas isso não estimulou a economia portuguesa porque o país, passando a viver do ouro brasileiro, deixou de produzir. Os últimos anos do reinado deste monarca foram…de crise! Depois lá veio o Marquês de Pombal com um PEC da época para ultrapassar a crise que afectava Portugal. Também as Invasões Francesas provocaram uma grave crise económica no nosso país e, claro, descontentamento popular. Da queda da monarquia à ditadura militar, passando pela 1ª República, a sociedade portuguesa, já com estaleca nestas coisas, atravessou, novamente, dificuldades económicas, descontentamento social e revoltas populares. Nesta altura registou-se um grave problema de défice financeiro e o Estado recorria a empréstimos cada vez mais difíceis de pagar, pois os juros iam-se acumulando... Os governos sucediam-se uns aos outros e o défice não cessava de aumentar. Então, apareceu Salazar e com outro PEC lá resolveu o problema financeiro… Daí para cá, isto aqui… é uma cambada de gatunos, uma cambada de ladrões e uma cambada de chupistas!
Pezinhos na Areia
quarta-feira, 30 de março de 2011
Message in a bottle (45)
História de Portugal para cada político (por Isabel Stilwell)
Há momentos em que o mundo parece especialmente virado do avesso, mas se puxarmos um bocadinho pela memória, e se mergulharmos umas horas num livro de História, percebemos que é desesperante como os erros se repetem vez e vez sem conta. Como é que é possível que a humanidade, ao longo dos séculos, e apesar de todas as mudanças exteriores, continue tão igual a si mesma, para o bem e para o mal.
Portugal não foge à regra. Basta ler as cartas dos diplomatas estrangeiros em Lisboa, escritas em 1640, nas guerras liberais, nos últimos anos da Monarquia ou na I República, para os ouvir descrever o país da exacta mesma maneira: um país falido, com dívidas até ao pescoço, em que os políticos se digladiam e insultam como se o problema fosse onde gastar o dinheiro e não onde encontrar o dinheiro para gastar, aos de dentro e aos de fora.
Dos relatos dos embaixadores de França, Espanha e Inglaterra percebe-se o mesmo desespero, qualquer coisa como ‘mas como é possível não perceberem que assim não vão a lado nenhum?’
Os discursos dos dirigentes políticos são também iguaizinhos, sempre num tom muito ofendido, com muitos insultos e insinuações de corrupção e nepotismo, e um desprezo total pelos credores. E o mais estranho é que, invariavelmente, acabam a pedir (fingindo que se limitam a aceitar, contrariados) a ajuda internacional, seja em espécie (apoio militar), seja em diplomacia (acordos e pactos), seja em dinheiro (de preferência um ‘subsídio’, sem juros).
Como esta repetição só se pode dever à ignorância, proponho que se distribua uma História de Portugal a cada deputado e governante. Talvez se envergonhassem quando fazem aqueles discursos de virgens ofendidas e quem sabe se até não ‘tiravam’ umas ideias...
Message in a bottle (44)
O coitadinho (por José Luís Seixas)
O “coitadinho” qualifica a pessoa que vive numa situação de sofrimento e impele a uma atitude de comiseração. A vítima de um infortúnio é sempre um “coitadinho” que merece apoio, ternura e compreensão. O diminutivo faz revelar essa necessidade de protecção que lhe atribuímos. O “coitado” traduz distância e indiferença; o “coitadinho”, ao invés, proximidade e atenção. Aos verdadeiros “coitadinhos” acrescem os falsos. E nada de mais perigoso existe do que os “disfarçados de coitadinhos” (diferente dos pobres “coitadinhos disfarçados”). Entram em nossa casa, clamam por uma côdea de pão e roubam-nos a carteira. José Sócrates cultiva a imagem do “coitadinho”. Portugal não o compreende; a Oposição persegue-o; o PR ostraciza-o. A ele, patriota e sacrificado, com o corpo em chagas de tanto pelejar pela Pátria ingrata. É certo que a execução orçamental de 2010 foi um desastre, descobertos que foram os buracos, os ludíbrios e os truques de contabilidade. É certo que o que disse sobre os sacrifícios dos PEC anteriores contraria a justificação do novo PEC. É certo que negociou com a União Europeia e com o Banco Central Europeu à socapa, escondido do Governo a que preside e dos órgãos de soberania de que depende. É certo que tudo isto não passa de um embuste por ele construído. Porque Sócrates sabe ser “coitadinho”. É, aliás, um artista sublime na arte de fazer de “coitadinho”. Atrevo-me até a dizer que se trata do maior e melhor “coitadinho” que esta República produziu.
terça-feira, 29 de março de 2011
À avó que nunca conheci...
domingo, 27 de março de 2011
Pensamento
Os caminhos estão todos em mim. Qualquer distância, direcção ou fim pertence-me, sou eu.
(Fernando Pessoa)
sexta-feira, 25 de março de 2011
quinta-feira, 24 de março de 2011
O Império contra-ataca
Sem os míticos Darth Vader, Luke Skywalker, Princesa Leia, Han Solo, Yoda ou R2-D2, o Império contra-atacou e eu, ao lado da Aliança Rebelde, aceitei a ameaça imperial, batendo-me, mais uma vez, com um divinal bife da vazia e um não menos divinal molho…
Neste jantar de aniversário da minha filha R. fomos servidos pelo lendário C-3PO. Verdade! O senhor era um verdadeiro andróide, autónomo e, certamente, pré-programado em relações públicas e protocolo. A imagem que transmitiu foi de um atento e diligente funcionário do Café Império. Espero que o “Imperador” tenha em conta esta dedicação ao “exército imperial” e lhe ofereça sociedade naquele império galáctico, onde o bife é a estrela principal...