ID-39250: enviado por Atik
O segundo postal de 5 dígitos veio de Jacarta, na Indonésia! Lucky me…
Jacarta é a capital e a maior cidade da Indonésia. Situa-se na ilha de Java e conta com cerca de 10 milhões de habitantes.
O Dragão-de-Komodo é uma espécie de lagarto que vive nas ilhas de Komodo, Rinca, Gili Motang e Flores e é a maior espécie de lagarto conhecida.
O Parque Nacional de Komodo, em Tenggara, na Indonésia, foi estabelecido pelo governo da Indonésia em 1980, com o objectivo de proteger o habitat do dragão-de-komodo, assim como para preservar as florestas e os recifes de coral. Foi declarado Património Mundial da Unesco em 1991.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
Postcrossing (15)
domingo, 30 de dezembro de 2012
Postcrossing (14)
US-1934906: enviado por Olga e Pavel
Pois é verdade, estes dois russos vivem nos Estados Unidos e enviaram-me este postal de Chicago, a cidade mais populosa do estado de Illinois.
sábado, 29 de dezembro de 2012
Postcrossing (13)
LT-249555: enviado por Virginija
O terceiro postal da Lituânia, “Meow and Love”, fez-me sorrir. A Virginija vive em Klaipeda e diz-me, de uma forma singela que me encantou, que gosta muito de pescar e apanhar cogumelos…
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
Resposta da Majora…
… ao meu email. Recebi esta mensagem do Departamento Criativo. Fiquei sem palavras, mas super FELIZ! Primeiro, porque estão a conceder-me um privilégio que eu pretendo desfrutar assim que possa, segundo, a reedição de jogos é um sonho que aguarda melhores dias para se concretizar!
Obrigada à Majora!
Agradecemos o email que teve a amabilidade de nos enviar, é sempre bom perceber que fazemos parte das boas recordações de tantas crianças e adultos.
Da mesma maneira que a senhora, também nós temos tentado recuperar vários jogos e brinquedos em feiras de rua e alfarrabistas tendo já conseguido reunir uma coleção considerável.
Temos todo o gosto que conheça este espólio, caso tenha oportunidade e uma vez que não está aberto ao público agradecemos que nos contacte com antecedência.
Quanto à reedição de alguns jogos é um projecto que temos em mente há já algum tempo mas como deverá compreender o custo dos mesmos, quer de produção, quer de venda, seria bastante elevado e dadas as circunstâncias económicas actuais achamos não ser momento adequado... esperemos que tudo mude brevemente e possamos concretizar o nosso antigo sonho...
terça-feira, 25 de dezembro de 2012
Cabaz de Natal
…O Popular alegra o lar e o Normal sensacional…
Nas minhas diligências pela Internet não consegui encontrar uma alusão ao anúncio televisivo que existia nos finais da década de 60 e início dos anos 70 sobre o Cabaz de Natal, mas recordo um pouco do pequeno trecho musical. Há por aí alguém que também se recorde?…
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
A Ceia do Natal
(texto retirado da Selecta de Língua e História Pátria, “Meu Portugal, Minha Terra”, o meu livro do 2º ano dos liceus).
Celebrava-se a ceia, o mais solene banquete da família minhota. Tinham vindo os filhos, as noras, os genros, os netos. Acrescentava-se a mesa. Punha-se a toalha grande, os talheres de cerimónia, os copos de pé, as velhas garrafas douradas. Acendiam-se mais luzes nos castiçais de prata. As criadas, de roupinhas novas, iam e vinham activamente com as rimas de pratos, contando os talheres, partindo o pão, colocando a fruta, desrolhando as garrafas.
Os que tinham chegado de longe nessa mesma noite davam abraços, recebiam beijos, pediam novidades, contavam histórias, acidentes da viagem: os caminhos estavam uns barrocais medonhos; e falavam da saraivada, da neve, do frio da noite, esfregando as mãos de satisfação por se acharem enxutos, agasalhados, confortados, quentes, na expectativa de uma boa ceia, sentados no velho canapé da família.
E o nordeste assobiava pelas fisgas das janelas; ouvia-se ao longe bramir o mar ou zoar a carvalheira, enquanto da cozinha, onde ardia no lar a grande fogueira, chegava num respiro tépido o aroma do vinho quente fervido com mel, com passas de Alicante e com canela.
Finalmente o bacalhau guisado dava a última fervura, as frituras de abóbora-menina, as rabanadas, as orelhas-de-abade tinham saído da frigideira e acabavam de ser empilhadas em pirâmide nas travessas grandes. Uma voz dizia:
― Para a mesa! Para a mesa!
Havia o arrastar das cadeiras, o tinir dos copos e dos talheres, o desdobrar dos guardanapos, o fumegar da terrina. Tomava-se o caldo, bebia-se o primeiro copo de vinho, estava-se ombro com ombro, os pés dos de um lado tocavam nos pés dos que estavam defronte. Bom aconchego! Belo agasalho! As fisionomias tomavam uma expressão de contentamento, de plenitude. Que diabo! Exigir mais seria pedir muito. Tudo o que há de mais profundo no coração do homem, o Amor, a Religião, a Pátria, a Família, estava tudo aí reunido numa doce paz, não opulenta, mas risonhamente remediada e satisfeita. Não é tudo?
Ramalho Ortigão ― As Farpas, I
sábado, 22 de dezembro de 2012
Os diamantes…
… não são os melhores amigos das mulheres.
Nesta quadra, um pequeno tributo a todos os meus amigos. Sem prendas, sem laços, sem votos de Boas Festas.
Apenas para relembrar o quanto são importantes na minha vida…
Propondo e opinando…
Em primeiro lugar, peço desculpa por tomar o vosso tempo, mas não resisti a escrever-vos.
Nasci nos finais da década de 50 e o nome Majora sempre fez parte do meu vocabulário infantil e juvenil. Muitos dos meus “auxiliares de crescimento” (depois pago-te os direitos de autor, ok R?) tinham a marca Majora, desde os livros aos jogos, e garanto-lhes que me fizeram uma criança feliz, muito feliz mesmo. Creio que este sentimento terá sido partilhado por todas as crianças desde que a marca existe, mas, com a minha idade, claro que a maior “magia” da Majora aconteceu nos anos 60/70. Conservo até hoje alguns livros e jogos, mas, lamentavelmente, a grande maioria passou para outras crianças acabando por se perder no tempo…
Só anos mais tarde, com a nostalgia a germinar e apertar, tomei consciência de que tinha ficado sem os meus “preciosos pertences” e comecei a tentar comprar, em feiras e leilões da internet, e consoante as minhas disponibilidades financeiras, as “memórias” que perdi…
Devagarinho, que o momento é de crise, lá tenho arranjado uns livros e uns jogos. Alguns tornam-se inacessíveis pelos preços pedidos, outros não tenho tido sucesso. Cheguei a fazer diligências maquiavélicas para me apoderar de um jogo de cartas dos saudosos anos 60, do meu tempo de menina e moça, “As 7 Famílias”. E a satisfação e lembranças que me proporcionou assim que o tive nas mãos? Indescritível…
Agora, corro atrás de outro jogo de cartas, o famoso “Burro Preto”, visto que o “Gato Preto”, com umas imagens lindas e cores deslumbrantes, é ainda mais complicado de conseguir. E o “Loto de Figuras”, “O Gato e os Ratos”, enfim, um sem número de jogos encantadores que fizeram as delícias da minha geração.
Neste meu esforço, descobri muitas outras pessoas que, tal como eu, procuram “memórias perdidas”. Apercebi-me até onde algumas estão dispostas a ir para recuperarem um objecto que as fez felizes e foi essa constatação que me fez escrever-vos. Sei que o que vou sugerir decerto não será viável, mas, em nome da criança que fui, não quero deixar de o fazer. Porque não reproduzir livros e jogos antigos? Talvez com edições limitadas, talvez a loja “A Vida Portuguesa” esteja interessada no negócio…
Para mim, a Majora não é uma marca, é A MARCA! Obrigada Majora!
Postcrossing (12)
RU-1300949: enviado pela Alexandra
Veio da Rússia, um país que associei sempre a invernos muito rigorosos, a temperaturas negativas e a um povo pouco caloroso e pouco sorridente. Este meu clichê caiu por terra…
Foi o primeiro postal que me conseguiu transmitir o que eu julgo ser a verdadeira essência do Postcrossing. A Alexandra vive em Khabarovsh junto ao rio Amur, perto da fronteira com a China. Khabarovsh é a segunda maior cidade do extremo-oriente russo, após Vladivostok. A Sasha (diminutivo de Alexandra) frequenta o 2º ano e está a aprender inglês. A avó registou-a no Postcrossing e ajuda-a a escrever os postais. O interesse e a ternura que a avó da Alexandra revelou em cada uma das palavras deste postal são notáveis.
Felizmente a Internet é um poderoso meio de comunicação e mudou drasticamente a forma como comunicamos e vemos a sociedade, além de aproximar as pessoas de uma forma que era impossível imaginar há alguns anos atrás. Sem ela, nunca teria tido a satisfação de trocar correspondência com pessoas encantadoras, como esta avó e a neta.
sexta-feira, 21 de dezembro de 2012
Message in a bottle (74)
Tentações (por Pedro Marques Lopes na Life)
Mateus 4:1, 3-4 «Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo… Chegando, então, o tentador disse-lhe: “Se tu és Filho de Deus manda que estas pedras se tornem em pães.”»
E por aqui se prova que Lúcifer além de velho é burro. Como é evidente, Jesus deve ter encolhido os ombros e suspirado: «Grande asno, ainda se fosse transformar estes calhaus em três raparigas de amplos seios, longas pernas e 19 protuberantes primaveras, umas garrafas de Dom Perignon, uma perdiz de escabeche, três embalagens de Viagra, um concerto dos Smiths e dois cafés mais um Balvenie vá que não vá. Agora pão? Por amor do Paizinho… milagres, sim senhor, estou disponível, mas tem de ser uma coisa como deve ser.»
É por estas e por outras que Jesus construiu uma Igreja como deve ser, com sucursais espalhadas pelo mundo todo, palácios em tudo o que é sítio, um património que não caberia em mil museus, e o bronco do mafarrico ficou a ver navios com uns totós que acendem velas em bermas de estradas e degolam galinhas pretas.
Era perguntar a um cidadão: «Olha, filho, queres ser líder da Igreja, viver numa barraca num bairro de lata em Roma, comeres sopa e pão preto todo o santo dia, andar com uma túnica, sandálias, meias esburacadas e coisa e tal nadinha?»
Agora se lhe disserem: «Pronto, sexo está fora de questão, mas tens um palácio para o dia-a-dia de esverdear de inveja Bill Gates, um carro com o teu nome, o mundo inteiro a querer dar-te beijos no anel (pois, no anel é o que se pode arranjar), um lugar no camarote presidencial em todos os estádios de futebol do mundo e um hole in one de vez em quando (esta parte é só para candidatos a papa de especial bom gosto)?»
É por estas e por outras que nunca percebi porque diabo se associa a tentação a coisas más. Um tipo pode ficar gordo por comer demasiados hambúrgueres ou feijoadas à transmontana, ficar com o fígado debilitado por beber anis ou Barca Velha, perder a cabeça por um camafeu ou pela Soraia Chaves.
A questão é e será sempre a mesma, estamos sempre a sacrificar qualquer coisa. As tentações não passam de opções. Estamos sempre a fazê-las: levantamo-nos ou não da cama, comemos ovos ou muesli, damos um beijo ou um pontapé no chefe, matamos o tédio ou o fígado, fazemos o que gostamos ou queremos um Clio dos novos. Fará o estimado leitor o favor de acrescentar uns volumes com outras escolhas.
Vivemos de tentação em tentação, o desafio é escolher a tentação certa.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
Orgulho sem preconceitos…
Depois de me oferecer um livro, recebi este email da S, minha amiga por escolha, minha colega por acaso. Pena que continuemos a tratar-nos por você…mas o que realmente importa é esta mensagem de amizade genuína que me deixou muito orgulhosa e sem palavras…
Esta altura do ano é profundamente triste para si, eu sei... Não faço alusão ao momento porque a dor da perda e a saudade são sentimentos que são tão íntimos que devem ser respeitados como tal. Espero que, no entanto, o meu silêncio seja sempre para si um “estou aqui, sempre que de mim precisar”. A escolha do livro não foi isenta de intenções. Gosto de pessoas como a Helena Sacadura Cabral, íntegra, forte, inteligente, leoa para com os filhos, sensível e destemida no seu tempo. Perdeu um filho e ergueu-se pelo outro filho que tem, pelos netos e por ela. É duro... Muitas das qualidades que vejo nesta senhora vejo-as também em si. E escusa de dizer “Que disparate!”... Porque devemos dizer sempre aos amigos o quanto gostamos deles, fica aqui o meu “Gosto muito de si e agradeço-lhe do fundo do coração a amizade e paciência com que me ouve e ajuda”.
Se há coisa que o emprego me trouxe de bom, foi a sua Amizade!
Antes do fim…
Há três anos era domingo. Um dia frio, muito frio, tanto frio…
Um dia frio e inconciliavelmente chuvoso.
As palavras, guardadas nos confins da minha tristeza, corriam-me no sangue e propagavam-se a todo o meu ser sem que eu conseguisse proferi-las. Talvez porque o sofrimento e a culpa se enredaram na garganta embargando-me a palavra…
Um domingo frio, muito frio. Foi neste dia que o meu pai, um velhinho fraco e amedrontado, entrou no lar. Porquê naquele dia? Porquê tão perto do Natal? Porque tivemos que fazer escolhas? Porque tivemos que decidir em tão pouco tempo? Porque condescendi? Porquê nas vésperas de Natal? Porquê naquele dia? As respostas a estas questões são seguras e inalteráveis, mas nunca me consolam.
Deixei-o já deitado no quarto, felizmente aquecido. Prometi voltar brevemente. Tentei capacitar-me de que tínhamos tomado a decisão correcta. Até hoje não estou certa disso… Foi a última vez que o vi com vida. Um dia frio, muito frio, um frio que me aprisionou a esse domingo e à promessa que não cheguei a cumprir. Há três anos…
Saímos do lar num profundo silêncio, destroçada por deixá-lo com desconhecidos. O frio abraçou-me e as lágrimas confundiram-se com a chuva…
quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Postcrossing (11)
DE-1657262: enviado pela Di
O postal, apesar de ter sido enviado da Alemanha, não é do território alemão. Afsluitdijk é um dique gigante que liga a Holanda do Norte, uma província dos Países Baixos, com a província da Frísia, também uma província ao norte dos Países Baixos, fechando o Lago Issel e separando-o do Mar Frísio.
Tem um comprimento de 32 km, uma largura de 90 m, e uma altura original de 7,25 m sobre o nível do mar. Embora inicialmente estivesse previsto que por cima passaria uma linha ferroviária e uma estrada, o espaço da primeira foi aproveitado para o alargamento da segunda, que atualmente é uma autoestrada de duas faixas por sentido. Uma faixa para bicicletas corre paralela à autoestrada.
Acham os turcos subdesenvolvidos?…
Turquia tem "postos" para alimentar animais de rua (lido no Boas Notícias)
Em Istambul, uma das principais cidades da Turquia, há, como em muitas outras cidades, um número elevado de cães e gatos abandonados. Agora, porém, graças à iniciativa do município de Sisli, os animais de rua passaram a ter direito a estações de alimentação que lhes fornecem água e comida para melhorar, nem que seja minimamente, a sua qualidade de vida.
A iniciativa resulta de uma parceria entre a autarquia e várias associações turcas de proteção dos animais.
De acordo com a Agência de Notícias de Direitos Animais (ANDA), as novas instalações podem ser encontradas em diferentes pontos de Sisli e foram projetadas especificamente para permitir que os cães e gatos que deambulam pelas ruas possam viver sem passar fome ou sede.
Estas estações de alimentação são supervisionadas, para garantir a manutenção das condições de saneamento, e estão disponíveis durante 24 horas por dia.
A medida vem juntar-se a outras leis no sentido de proteger os animais abandonados, como a que, desde 2004, obriga o município a responsabilizar-se pela vacinação dos mesmos contra a raiva e a esterilizá-los.
Em muitos casos, adianta a ANDA, os próprios moradores ajudam a cuidar destes animais e são organizadas campanhas frequentes de adoção. De salientar que, por serem castrados e, consequentemente, já não poderem reproduzir-se, o números de cães e gatos em situação de abandono em Istambul tem vindo a diminuir.
Subdesenvolvidos e bárbaros somos nós!…
Livros e Mar: eis o meu elemento! (66)
Victoria Hislop, autora do bestseller “A Ilha” e de “O Regresso” está de volta com “A Arca”. Os livros de Hislop têm sempre uma componente histórica que me agrada bastante. Uma parte da acção de “A Ilha” passa-se na Segunda Guerra Mundial, com várias operações das tropas alemãs contra Creta. “O Regresso” tem como cenário a Guerra Civil Espanhola.
“A Arca” é um romance que nos dá a conhecer uma parte importante do passado histórico recente da Grécia, particularmente da cidade de Tessalónica e de todas as fatalidades e catástrofes que a devastaram. O grande incêndio em 1917, em que a maior parte da cidade foi destruída; o acolhimento aos gregos exilados de Esmirna em troca dos turcos que viviam em Tessalónica, depois da Guerra Greco-Turca 1919-1922; a ocupação alemã em Abril de 1941; as terríveis dificuldades da população civil; a deportação dos judeus para campos de concentração e de trabalho; o extermínio de mais de 90% da população judaica até 1944, ano em que os alemães deixaram a Grécia; a economia do país em ruínas; o sismo em 1978. Tudo isto é narrado de uma forma eloquente ao longo de 400 páginas.
A narrativa começa em 2007 com Dimitri e Katerina, os protagonistas, a contarem ao neto a sua história e as razões que os levam a querer ficar na cidade até à morte, depois de ele os tentar persuadir a ir viver com o filho em Londres. A autora transporta-nos, então, até ao ano de 1917 em Tessalónica…
Com a mestria a que já nos habituou, Victoria Hislop conta-nos como Dimitri e Katerina se conheceram, cresceram juntos e a sua história de amor atribulada, tendo como pano de fundo uma cidade atingida por sucessivas devastações e transformações, onde muçulmanos, judeus e cristãos vivem lado a lado numa perfeita harmonia, criando laços de amizade e interdependência, esquecendo as suas diferenças. E é em nome dessa amizade que são convictos e fiéis depositários de tesouros judeus assegurando que, paralelamente à destruição de vidas, os alemães não destruam ou se apoderem de uma parte da história judaica.
Depois de terem passado por todas as desgraças que assolaram o país e a cidade, depois de sobreviverem às suas próprias adversidades, não há nada que convença Dimitri e Katerina a abandonar a sua terra…
“Há mais uma coisa, para além das memórias, que guardamos para os nossos amigos. Eles também deixaram tesouros para trás. Ao canto da sala, coberta com um pano branco...estava uma arca de madeira...Esta é outra razão para termos ficado...estas coisas não nos pertencem...nós fomos meramente os guardiães.”
Tessalonica, 1917. No dia em que Dimitri Komninos nasce, um incêndio devastador varre a próspera cidade grega, onde cristãos, judeus e muçulmanos vivem lado a lado. Cinco anos mais tarde, a casa de Katerina Sarafoglou na Ásia Menor é destruída pelo exército turco. No meio do caos, Katerina perde a mãe e embarca para um destino desconhecido na Grécia. Não tarda muito para que a sua vida se entrelace com a de Dimitri e com a história da própria cidade, enquanto guerras, medos e perseguições começam a dividir o seu povo. Tessalonica, 2007. Um jovem anglo-grego ouve a história de vida dos seus avós e, pela primeira vez, apercebe-se de que tem uma decisão a tomar. Durante muitas décadas, os seus avós foram os guardiões das memórias e dos tesouros das pessoas que foram forçadas a abandonar a cidade. Será que está na altura de ele assumir esse papel e fazer daquela cidade a sua casa?
terça-feira, 18 de dezembro de 2012
Há coisas que me surpreendem sempre...
… a inteligência dos animais e a bestialidade dos humanos.
Felizmente ainda há muita gente boa e solidária para com os animais. Sparky, o cão que foi acorrentado e arrastado por um carro na cidade de Vila Real, tem uma casa nova. A enfermeira que o salvou e acompanhou enquanto corria risco de vida é a nova dona.
Há pessoas que merecem o melhor que a vida tem para oferecer…um bem-haja a todos os voluntários que, mesmo em situações adversas, não viram as costas aos animais e continuam a fazer o possível e o impossível para lhes dar uma vida mais digna…
E, como todos sabemos, estes anos são duros para os animais, a crise tem servido de desculpa para colocar muitos na rua…
segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
Postcrossing (10)
HR-37500: enviado pelo Bera
Um postal de 5 dígitos! Quanto menos dígitos tiverem, mais difíceis são de receber, presumivelmente porque a comunidade de postcrossers desse país é menor. Teria preferido um postal com a antiga fortaleza da cidade onde vive o Bera, Slavonski Brod, na fronteira com a Bósnia e Herzegovina…
Postcrossing (9)
NL-1509062: enviado por Domi
Uma velha Water Tower em Schiedam, um município que faz parte da área metropolitana de Roterdão. A cidade é conhecida pelos seus canais no centro histórico e pelos moinhos de vento mais altos do mundo.
sábado, 15 de dezembro de 2012
Não resisto…
Viagens sem passaporte…
O Postcrossing é brilhante, mas não é perfeito. Embora o meu registo só tenha três meses, lamentavelmente já deu para perceber que há pessoas que agem interesseiramente, não pretendem agradar, pretendem apenas tirar proveito dos outros.
Tenho um stock considerável de postais de várias qualidades, desde o postalito grátis, passando por colecções (casas de Lisboa, oceanário, etc.), postais de 0.25€, 0.35€, 0.45€, 0.50€ e quatro ou cindo de 0.75€ (grandes e lindos, comprados pela minha filha A.). Como aprendemos com os erros e sempre ouvi dizer “para grandes males, grandes remédios”, presentemente, quando envio um postal, vou investigar os postais já enviados pela pessoa que aleatoriamente me saiu na rifa…Se os postais enviados demonstrarem que a pessoa tem alguma consideração pelos outros membros da comunidade, então, será, filantropicamente (caiu em desuso…), merecedora de um postal bonito. Se, pelo contrário, os postais evidenciarem que a pessoa se marimba positivamente para outros, então, leva um postalito grátis dos mais ranhosos… É evidente que terei que levar em conta as preferências dos postcrossers para quem enviaram os postais porque há gostos para tudo, acreditem…
Fui “obrigada” a retirar um parágrafo ao meu perfil e a acrescentar outro dizendo que gosto de postais com conteúdo, gosto de ler o que escrevem propositadamente para mim, e pedir que não escrevam apenas “Hope you like this postcard” ou “Happy Postcrossing!”
No entanto, apesar de algumas imperfeições, é um enorme prazer pertencer a esta comunidade porque nos faz explorar e aprender, querer saber mais e conhecer outras culturas, com a vantagem de o fazer sem precisar de passaporte, e em “low cost”…Viagens sem sair da minha terra…
É um intercâmbio muito enriquecedor e gratificante, sobretudo quando o carteiro me deixa na caixa do correio, após percorrer milhares de quilómetros, um postal cheio de palavras encantadoras que me fazem sentir feliz por pertencer ao Postcrossing…
Postcrossing (8)
UA-387764: enviado pela Ludmila
Da Ucrânia, mais propriamente de Kiev, chegou este postal. Um farol em Kiev? Não me parece… Julgo que o postal será de outra localidade, mas a Ludmila não faz referência a isso.
Tendo sobrevivido ao Império Mongol, à Segunda Guerra Mundial, a Chernobil e ao regime soviético, Kiev é a orgulhosa capital da Ucrânia. Repleta de teatros, museus, locais religiosos, prédios modernos e ruínas antigas, a cidade de Kiev é o centro da cultura ucraniana.
sexta-feira, 14 de dezembro de 2012
Postcrossing (7)
RU-1256187: enviado por Nikolay
Directamente da Sibéria, de Novosibirsk, a 3ª maior cidade da Rússia depois de Moscovo e São Petersburgo. Como era o Palácio da Cultura há 40 anos…
Postcrossing (6)
Postcrossing (5)
LT-245939: enviado pela Vilma
A Vilma quer ser fotógrafa profissional. Este “click” a preto e branco é da sua autoria.
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Postcrossing (4)
LT-244575: enviado por Leva
Kaunas é a segunda maior cidade da Lituânia. Situa-se na confluência dos dois maiores rios lituanos, o Nemunas e o Neris.
A Laisvės Alėja (em cima à esquerda) é uma avenida repleta de lojas, cafés e restaurantes e é a maior avenida fechada para pedestres na Europa. Além de ser muito central, faz a ligação entre a Cidade Velha e a parte nova de Kaunas. No extremo leste de Laisvės Alėja fica a Igreja de São Miguel Arcanjo, construída entre 1891 e 1895. Presentemente é uma igreja católica romana, mas quando Kaunas fazia parte do império russo era uma igreja ortodoxa.
A construção de Kaunas Town Hall (ao centro) começou em 1542. Fica no coração da Cidade Velha e é conhecida como o “cisne branco”. Presentemente é ali que se realizam cerimónias de casamento e vários eventos oficiais
Em cima, à direita, a Vilniaus Street com a Igreja de São Francisco Xavier, construída pelos jesuítas, ao fundo. A Igreja da Assunção da Virgem Maria (à direita, ao centro) é a igreja mais antiga de Kaunas e um exemplo da arquitectura gótica de tijolos, uma variedade da arquitectura gótica que floresceu no norte da Europa durante a Idade Média.
Em baixo, à esquerda, a renascentista Igreja da Trindade e o seminário, e ao centro, a Basílica dos Apóstolos S. Pedro e S. Paulo com elementos neogóticos, renascentistas e barrocos.A Casa Maironis (em baixo, à direita) é actualmente o Museu da Literatura lituana.
Livros e Mar: eis o meu elemento! (65)
“Deste lado da Luz” foi o primeiro livro que li de Colum McCann e, apesar de ter apenas 256 páginas, não achei de fácil leitura. Talvez por ser demasiado duro e sombrio, talvez por não estar predisposta a ler uma narrativa tão amarga sobre a condição humana sem um acontecimento que desse alento ao meu desalento. Deveria ter guardado esta leitura para uma ocasião mais propícia, mas a teimosia imperou e segui em frente. Errado! Vou remetê-lo para uma segunda leitura mais reflectida porque Nathan Walker e Treefrog merecem que eu veja luz onde só vi escuridão…
Na viragem do século XX, Nathan Walker muda-se para a cidade de Nova Iorque para executar o trabalho mais perigoso do país: escavar o túnel sob o rio Hudson que servirá o metro entre Brooklyn e Manhattan. Nas entranhas do leito do rio, os trabalhadores - negros, brancos, irlandeses e italianos - escavam em conjunto, com a escuridão a ocultar as diferenças. Mas, à superfície, os homens mantêm a distância até um acidente dramático num dia de Inverno forjar um laço entre Walker e os seus colegas que irá abençoar e ao mesmo tempo amaldiçoar três gerações.
Quase noventa anos depois, Treefrog encontra os mesmos túneis e cria um lar no meio de drogados, alcoólicos, prostitutas e criminosos que constituem a comunidade esquecida dos sem-abrigo.
Deste Lado da Luz entrelaça factos históricos com ficção, criando uma história notável de morte, racismo, vida nas ruas… e amor - que abrange quatro gerações.
O tempo, esse bandido clandestino…
Período sabático é um termo que aparece na Bíblia, no Alcorão e na Tora sempre com a conotação de tempo para reflectir ou tempo para viver. Começou a ser usado nas universidades americanas para justificar a ausência de professores para a conclusão de livros e pesquisas, ou seja, está ligado a projectos pessoais. Dizem que o período sabático costuma acontecer, por exemplo, antes de entrar na faculdade e após o fim de um casamento (ainda não gozei o meu…) porque são momentos que motivam a pausa.Todas estas pausas sabáticas ocorrem quando as pessoas precisam de tempo para fazer um balanço da sua vida, redefinir metas ou aperfeiçoar ideias.
Já o gap year, ano de paragem antes de entrar na universidade, é um conceito que ganhou força em Inglaterra e se foi propagando a outros países. Este tempo é vulgarmente dedicado a viagens para conhecer novas culturas, cursos especiais e voluntariado.
O “meu período sabático” não foi, lamentavelmente, dedicado a viagens ou à conclusão de um livro, não foi aproveitado em trabalhos voluntários ou cursos, nem tão-pouco a fazer uma avaliação da minha vida, uma autoanálise; não estive em recolhimento espiritual, em meditação num Retiro Zen Budista…
O “meu período sabático” foi empregado a tentar decifrar legislações e a pedir consultoria jurídica sobre um projecto que eu, a S.e a A. temos em mente, um empreendimento de execução relativamente fácil, mas ambíguo nas leis que regulam a matéria…Se este plano chegar a ver a luz do dia, farei aqui a indispensável publicidade. O restante tempo da minha pausa sabática foi completamente malbaratado a divagar e a dispersar-me, enfim, a ocupar-me com várias coisas simultaneamente dando atenção a tudo, mas na verdade, a nada…
O tempo que se esconde de emboscada
O tempo que te foge a sete pés
O tempo que no fim não vale nada…
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Réplica…
… ao comentário do meu querido amigo JMSC (ou jmsc durante a crise, certo?) no post “Encerrado” publicado precisamente há um mês.
Desculpa o meu silêncio e a minha "falta de chá" (só bebo bicas e depois dá nisto...), mas disperso-me com tantas coisas...
Voltarei em breve para "enorme" regozijo dos meus fiéis seguidores... pr'aí uns 455 e umas 7000 visitas diárias, à vontade, para mais e não para menos...
Lamentavelmente, sou obrigada a desmentir o que disse acima. Bah!…
Se tiver 5 seguidores e 70 visitas já me dou por satisfeita (balelas...mas enfim, ter 500 seguidores e 15000 visitas diárias não é para quem quer, é para eloquentes...).
Até breve e obrigada!