quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Livros e Mar: eis o meu elemento! (65)

“Deste lado da Luz” foi o primeiro livro que li de Colum McCann e, apesar de ter apenas 256 páginas, não achei de fácil leitura. Talvez por ser demasiado duro e sombrio, talvez por não estar predisposta a ler uma narrativa tão amarga sobre a condição humana sem um acontecimento que desse alento ao meu desalento. Deveria ter guardado esta leitura para uma ocasião mais propícia, mas a teimosia imperou e segui em frente. Errado! Vou remetê-lo para uma segunda leitura mais reflectida porque Nathan Walker e Treefrog merecem que eu veja luz onde só vi escuridão…

imageLUZ

Na viragem do século XX, Nathan Walker muda-se para a cidade de Nova Iorque para executar o trabalho mais perigoso do país: escavar o túnel sob o rio Hudson que servirá o metro entre Brooklyn e Manhattan. Nas entranhas do leito do rio, os trabalhadores - negros, brancos, irlandeses e italianos - escavam em conjunto, com a escuridão a ocultar as diferenças. Mas, à superfície, os homens mantêm a distância até um acidente dramático num dia de Inverno forjar um laço entre Walker e os seus colegas que irá abençoar e ao mesmo tempo amaldiçoar três gerações.
Quase noventa anos depois, Treefrog encontra os mesmos túneis e cria um lar no meio de drogados, alcoólicos, prostitutas e criminosos que constituem a comunidade esquecida dos sem-abrigo.
Deste Lado da Luz entrelaça factos históricos com ficção, criando uma história notável de morte, racismo, vida nas ruas… e amor - que abrange quatro gerações.

Sem comentários: