segunda-feira, 7 de agosto de 2017
sábado, 31 de agosto de 2013
Compromissos de Férias
O título deste post dá a ideia de que me obriguei a fazer determinadas tarefas durante as férias, mas não é disso que se trata, principalmente porque as palavras férias e tarefas são, a meu ver, antagónicas. Estas duas palavras juntas não jogam, e eu não consigo associá-las sem ter um ataque de brotoeja…
Na verdade, os compromissos a que me refiro são agradáveis e relaxantes actividades que me dão um enorme prazer.
Já é do conhecimento de todos os que me visitam com alguma regularidade que sou membro do Postcrossing e existem duas razões óbvias e de peso que me levaram a fazer parte dessa comunidade, receber e enviar postais. É claro como água, embora o Postcrossing, ao contrário da água, nada tenha de incolor e insípido.
O conteúdo da minha caixa do correio, sensaborão e previsível, passou a ser uma caixinha de surpresas coloridas. É evidente que as contas para pagar, os extractos bancários e a publicidade não desapareceram, mas a verdade é que os postais vieram dar vida a uma caixa do correio agonizante e tristonha.
Recordo, com saudade, a satisfação que dantes sentia ao receber postais ilustrados no meu aniversário, na época natalícia e nas férias. Era uma sensação única… Passei a receber SMS e emails, mas essas mensagens não têm o fascínio de uma missiva manuscrita. Por cá, com a agitação que nos consome no dia-a-dia e a rendição sem luta às novas tecnologias da comunicação, fomos perdendo o hábito de enviar postais. Dado que julgo isto lamentável, e me agrada muito esta salutar correspondência, porque não recuperar a tradição e o tempo perdido?
Pois foi assim que, nestas férias, retomei o delicioso ritual e os postais ilustrados voltaram à vida, renascendo das cinzas qual fénix. Sem necessidade de eloquência, sem preocupações com a caligrafia, somente pelo prazer de escrever, mesmo que sejam apenas banalidades próprias das férias ou notícias meteorológicas e sazonais, troquei postais com família e amigos. E vocês, dependentes do rato e do teclado, há quanto tempo não escrevem um postal?
Infelizmente, não tenho fotografia dos postais que enviei, mas aqui fica uma dos postais que recebi. Magníficos…
O outro compromisso a que me dediquei deleitosamente foi à leitura e, nestas férias, regressei aos livros juvenis da minha adolescência, mais precisamente a livros de Enid Blyton. Reli e, apesar de os ver com outros olhos, de já não sentir o entusiasmo e a emoção de tempos idos, não me desiludiram. Por muito que o mundo gire e o tempo passe, Enid Blyton fará sempre parte de uma parte da minha vida, particularmente das minhas saudosas férias grandes.
Logo, pareceu-me apropriado relê-la no meu maior período de descanso. Sem sair da espreguiçadeira ou da toalha de praia, mesmo já não sendo criança, parti à aventura na ilha, partilhei o mistério de Rockingdown, viajei até à montanha secreta, passei momentos mágicos na casa da árvore oca, desembarquei na ilha Kirrin e convivi diariamente com a família da casa da esquina… Valeu a pena…
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
domingo, 19 de agosto de 2012
Rumo ao Sul… (2)
Ao contrário do primeiro período de férias, este foi mais buliçoso, contribuindo para tal o facto de estar acompanhada por amigos, o que não se verificou em Julho, e à migração efémera de privilegiados, onde me incluo, para as praias algarvias. Sinto-me, indiscutivelmente, uma bafejada pela sorte porque tenho amigos com casa no Algarve, logo, não pago um tostão pela estadia.
Desta vez, a calma deu lugar à agitação, aos almoços tardios, aos jantares noutro fuso horário, aos dias sem horas, à barracada, ao “casino” montado no exterior da casa, onde jogávamos pela noite dentro sem que a ASAE nos autuasse pela falta do pano verde na mesa de jogo, às conversas disparatadas, à cavaqueira sobre memórias que nunca vamos perder (meninos, espero não ser atacada pelo “alemão”!), aos episódios cómicos/burlescos… Mesmo com a minha falta de aptidão para o desenho, é fácil imaginar o que aconteceu ao ver esta pequenina sequência de quadrinhos… (tendo em atenção que no banco corrido e estreito estavam sentadas quatro pessoas, três gorduchos, dois deles nas pontas…e começaram a levantar-se!) Hilariante!...
Com o Passinhos de férias na Manta Rota, a GNR montou um perímetro de segurança (como dizia o L.) junto à casa onde estava alojado, embora a rua nunca tenha sido cortada ao trânsito. Dias/noites houve em que os guardas se faziam acompanhar de pastores alemães (imposição da Merkel? ih ih ih...) e também isso serviu de mote para mais uma barrigada de riso. Mesmo em frente à casa do Passinhos encontrámos um cão rafeiro pela trela, e o Z.C., que, além de falar alto, não consegue ser discreto, comentou que o cão era um pastor grego que ladrava “não pago”, “não pago”… Claro que isto contado não tem tanta graça, da mesma forma que há piadas inerentes a um grupo de pessoas e que não funcionam fora desse círculo. Private jokes! No entanto, estou francamente segura quando afirmo que ninguém consegue ficar alheio às chalaças do “nosso guru”…
Passear de descapotável, à noite, ao som de música mirandesa, enquanto mexemos o tronco, abanamos a carola e rimos até às lágrimas, é pouco ortodoxo, foleiro e impróprio da nossa idade? Talvez seja, mas não ofendemos ninguém, e o tempo em que nos sentíamos obrigados a um comportamento “politicamente correcto” já lá vai…
Quando às 9.30h começavam a aparecer os primeiros “zombies” para o pequeno-almoço, já o L., cheio de energia, estava disposto a marchar para a praia, depois de ter pedalado pela serra até S. Brás de Alportel… Nunca teve seguidores, vá-se lá saber porquê…
As minhas devotas orações à Nossa Senhora dos Prazeres e à Nossa Senhora do Ó (…que pena não haver bolas-de-berlim com creme) foram ouvidas e consegui deliciar-me com a bela da bolinha ilícita (é verdade JMC… e não foi preciso deslocar-me a S. Pedro de Moel) que o vendedor apregoava versejando: “Olha as bolas-de-berlim, as bolinhas naturais, vendem-se mais as de creme, porque são as ilegais…” E foi assim, entre o riso franco e o tempo sem horas, que retemperei a força anímica na companhia de amigos que comigo vivem memórias de outros tempos. Só me faltou pedir uma “Marina”…
P.S. A peregrinação anual a Pozo del Camino, onde nos deliciámos com as papas arrugadas e boi, e a Ayamonte, para a candonga lícita de gel de banho, foi, mais uma vez, um êxito!
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Rumo ao Sul
Rumei ao sul no dia 7 de Julho. Neste primeiro período de férias, como já é hábito, arrumei as imbambas e rumei ao sul, tendo como destino a Manta Rota. Rumei ao sul, mas, certamente, viraram o país ao contrário, só encontro essa explicação… No meu primeiro dia de praia a desconfiança foi a palavra de ordem. Assim que avistei o mar, de um azul breu, desconfiei. Aquela cor só tem um significado, azul intenso é igual a frio…A segunda leitura que fiz, foi verificar o número de pessoas que se encontravam no areal versus a quantidade de pessoal que estava dentro de água. Ao olhar o areal cheio de povo e meia dúzia de gatos-pingados na água, desconfiei, sobretudo porque eles tinham apenas água pela cintura e os bracitos no ar como se estivessem a ser vítimas de assaltos com armas de fogo. Enquanto me engordurava com o protector solar, sondei os que se encontravam à beira-mar. Tanto os “criminosos” que apanhavam conquilhas de pequeníssimas dimensões e contaminadas com toxinas, como os que, de mãos atrás das costas, olhavam o mar como se fossem banheiros responsáveis pelos banhistas, passando pelos que, como terapia, davam uma banhoca de água salgada às varizes, eram em número considerável, indício que fez aumentar a minha suspeita.
Com a pulga (do mar) atrás da orelha aproximei-me destemidamente hesitante da água. Os meus pezinhos transmitiram prontamente uma mensagem ao cérebro, mas este já estava paralisado. Em vez de encontrar as águas tépidas típicas do sul, encontrei uma água muito fria. Deus me livre! Nem com receita médica…Tinham mesmo virado o país ao contrário e eu só podia encontrar-me em Moledo…O “Ti Júlio”, o melhor vendedor da Praia da Lota, lá nos foi aquecendo a alma com umas bolinhas de berlim sem creme. Infelizmente, a ASAE proibiu, há algum tempo, a venda das bolinhas com creme, nas praias, e a bela da bolinha, que só me sabe bem na praia, é para ser comida com aquele creme amarelo e guloso. E os pastéis de nata que eu comia na Foz do Arelho? Ai, esta minha mania de voltar ao passado… E as batatas fritas gordurosas e suadinhas depois de algumas horas ao sol e ao calor? Do melhor!
Estou totalmente de acordo com Vasco Pulido Valente quando, depois da interdição, escreveu: “Não sei como a minha geração, que viveu em permanente perigo de morte, conseguiu chegar à idade adulta. […] Quando, em 1940 ou 50, comecei a ir à praia, comia bolas-de-berlim com a criminosa colaboração da minha família. Aparecia a D. Aida com a sua lata e, em dez minutos, lá iam duas bolas a escorrer de creme, sem qualquer investigação ou autorização do Estado. O Estado, nessa altura, não se interessava pela minha saúde”.
Resta-me acrescentar que a saúde deveria ser uma das bandeiras de qualquer Estado que se proclama como social, mas, como, lamentavelmente, a nossa saúde continua a não interessar ao Estado, vou continuar a comer bolas-de-berlim com creme e a ficar badocha, neste país virado ao contrário…
segunda-feira, 23 de julho de 2012
Alguém deu pela minha falta?
Sempre que chego ao Algarve fico assim… a preguiça ataca, apodera-se de mim, e tudo o que faço é contrariada e com um grande esforço.
Como eu compreendo os algarvios pelo seu comportamento ocioso e despreocupado…
É o clima temperado, o Verão longo, a areia quente, o vento levante proveniente do deserto do Sara que gera uma ondulação deliciosa e tépida, as praias a perder de vista, o horizonte azul, as dunas douradas, o Barrocal seco, a ria que sensatamente é chamada de formosa…
Como eu compreendo os algarvios pelo seu comportamento ocioso e despreocupado… Diz o meu amigo Z.C. que são influências mouriscas, mais de cinco séculos sob o domínio árabe…
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
sábado, 27 de agosto de 2011
Férias 2011
Este ano estive de férias com o Primeiro-ministro. Há uns anos que o Passinhos faz férias na Manta Rota, mas só agora passou a ser notícia. Tal como ele, frequento o mercado e o supermercado, mas segundo consta, o talho do B., fornecedor oficial do PM, não é grande espingarda. Em todo o caso, os churrascos do Passinhos foram super badalados e parece que ele tem jeito para a coisa. Ó senhor Primeiro-ministro, prometo que se fizer um comentário a este “post” fica desde já convidado a acender o carvão e a levá-lo às brasas na churrasqueira da vivenda onde passo férias na Quinta do Mar (temos lá umas anchovas escaladas que são uma especialidade!). A minha amiga T., proprietária da casa, percebe a teoria, ou seja, temos o calor vezes o combustível vezes o oxigénio, mas depois torna-se complicado pô-la em prática. Será do abanico? Ela até é um bocadinho espalha-brasas, mas a coisa demora mais do que seria previsto... Como o PM está sobre brasas, terá, certamente, uma técnica mais apurada para chegar a brasa à sua sardinha. Por mim, prefiro sempre passar pelas brasas, mas o convite fica feito e para o ano (se o senhor me deixar, claro!) encontramo-nos por lá para umas churrascadas…
Posto isto, aqui ficam duas fotos da Laurinha, do Passinhos e de moi-même, que saíram nas revistas cor-de-rosa, mostrando o esforço do casal para fazer férias junto ao povão e não numa estância balnear de luxo… Como podem verificar, eu fiz sempre de conta que não os conhecia porque com gente ligada à política pouca confiança ou nenhuma…
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Como vem sendo habitual, todos os anos dou um saltinho ao estrangeiro. O cruzeiro no Guadiana, a bordo do “Campinas”, foi, como é moda dizer-se agora, inolvidável… e os passageiros, de primeira classe, distintos e elegantes. Havaianas e calções para todos os gostos! A vida a bordo foi sensacional, tão espectacular que vou repetir para o ano (se o Passinhos me deixar, claro…). E quando atracámos no porto de Ayamonte? Fizemos uma excursão temática Body Gel pela “Abreu”. Cultura, meus amigos, muita cultura! É o que se pode chamar culturgel! Chiquíssimo...
Claro que também fui habitué nas noites do Manta Beach. Maya, a directora de Comunicação e Relações Públicas, minha grande amiga e ex-colega de liceu, fez questão de tirar uma fotografia comigo na noite Havana Club… digam lá se a minha camisa não mostra o meu bom gosto?...
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E assim se passaram as minhas férias 2011, entre churrascos, viagens e festas…
quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Férias queimadas
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Ganda pedra!...
Isto das férias acabarem não é mesmo nada fácil!...
As coisas tornam-se ainda mais difíceis quando penso que as férias escolares também estão a acabar (Bah! Bleargh!...).
Só de pensar que tenho que “arregaçar as mangas” e voltar à rotina turbulenta, fico com vontade de regressar aos ditosos anos da minha infância e da minha adolescência. Ainda tinha um mês de férias pela frente…
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
terça-feira, 24 de agosto de 2010
Concorrência
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Quando eu digo que, se, presentemente, já tivesse a tal concessão de praia (e isto é um “suponhamos”, como diriam o Zezé e o Toni) e que este Luís seria o meu rival inimigo e grande amigo, é uma afirmação que parece contraditória, mas na realidade expressa uma verdade possível…
Passo a explicar. Se ele tem um café (junto à praia) e eu tenho (é um “suponhamos”…) um bar na praia, é natural que haja uma disputa, pois ambos temos um serviço idêntico e queremos angariar o maior número de clientes possível. A isto chama-se concorrência e ele seria o meu rival inimigo. Estão a seguir-me? Mas, acontece que este algarvio Luís, que não é Vaz, até agradece que lá “nã vaz”...
Atão, tenham lá calma, qu'ê cá tenho muito qu’ fazer… se vierem por volta das 11 horas, há muito movimento para as bicas e nã posso fazer torradas… Uns querem a bica escaldada, outros querem abatanado, agora é a moda da bica com uma pedra de gelo… (Ó ZC, ri-te à vontade!)
Este senhor Luís, que não é Vaz, era autoridade da concorrência competente para mandar a malta lisboeta para o meu bar, comer as tostas e beber as “mines”… Nã vaz mais longe, fica logo aí…
Topam, agora, porque lhe chamo grande amigo?
Verdade seja dita que este senhor Luís é uma figura castiça, um autêntico símbolo da Praia da Lota, bastante cáustico e sempre pronto para espetar a sua farpa no presidente da Câmara e as outras bandarilhas no Governo. Embora só tenha 2 andamentos, muito lento e parado, tem, no entanto, ideias geniais para aumentar os lucros, como, por exemplo, levar mais 10 cêntimos pelo ar condicionado ou por ler, sentado numa das mesas…
Estou convencida que este marafado até era capaz de vender arêia na praia…
Gin e Jolas
Cabelos louros (quando vamos para velhas viramos louras para não se notarem tanto os brancos…), rugas q.b. (vou aceitá-las, não sou mulher de botox nem lipos), unhas pintadas, calções, camisolinha de alças e chinelos.
Imaginem-me…
Esqueçam! Demasiado deprimente só de imaginar…
Nota: Não faço parte dos AA (Alcoólicos Anónimos) nem dos BC (Bêbados Conhecidos). Só bebo nas férias, durante o resto do ano sou abstémia.