A acção decorre ao longo de um único dia em Los Angeles, no início da década de 60, numa época em que ser homossexual era socialmente condenado.
Um filme intimista, ambientes tranquilos, o tema desenvolvido com sensibilidade e os sentimentos à flor da pele. Um homem, a "morrer por dentro", procurando um sentido para a vida, depois de uma grande perda...
Colin Firth, no papel principal, tem um desempenho sublime... Atrevo-me mesmo a dizer que talvez tenha sido o melhor desempenho masculino que vi ultimamente.
Apenas os tolos saúdam o dia com um sorriso. Só os tolos conseguem escapar à simples verdade de que agora não é simplesmente agora... é uma gélida lembrança. Um dia depois do outro, um ano depois do ano passado...
Certas vezes, na minha vida, tive momentos de absoluta clareza. Quando por uns pequenos segundos, o silêncio engole o barulho e eu consigo sentir acima do que consigo pensar... E as coisas parecem tão claras... e o mundo parece tão fresco. É quando tudo ganha existência. Nunca consigo fazer estes momentos perdurarem... Agarro-me a eles mas, tal como tudo, desvanecem-se... Tenho vivido a minha vida nesses momentos, eles puxam-me para o presente e agora percebo que tudo está exactamente como devia estar...
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