Quando cheguei das minhas férias, no sotavento algarvio, fui “obrigada” a deslocar-me ao posto de saúde da minha área de residência. O impacto da chegada foi o suficiente para me pôr doente, coisa de pouca gravidade mas, o stress pós férias traz sempre problemas e sequelas…
Fui a uma daquelas consultas de urgência das 18 às 20 horas. Pomposamente, chamam-lhes Atendimento Complementar. Como cheguei às 17.45 já não havia senhas para esse dia. Fiquei a saber que as senhas eram distribuídas às 17.30 pelo segurança que se encontra à porta do centro e essa distribuição era feita pela ordem de chegada dos utentes. Claro está que muito antes das 17 horas e 30 minutos já está pessoal à espera de vez.
Tive mais sorte no segundo dia. Cheguei às 16.45 e já tinha sete pessoas à minha frente…
Sei que o nosso sistema de saúde não funciona mas, a razão da minha indignação, desta vez, não se prende com o sistema. E digo desta vez porque é perfeitamente natural que um destes dias me indigne com o sistema propriamente dito (com tanta gente contra o sistema não sei como este ainda não se suicidou…).
Curiosamente, apesar de ser o oitavo utente, fui o 4º doente a ser atendido… Deus é grande e resolveu dar-me uma benesse, já que não tenho sorte nas filas do supermercado…
Como os doentes são divididos por vários gabinetes, quis a fortuna que eu fosse calhar no gabinete do médico que chegou mais cedo…
So far so good mas basta um grão de areia na engrenagem para tramar tudo…
Ouvi chamar o meu nome e entrei. A médica que me atendeu deveria rondar os cinquenta anos e não vou revelar o nome apenas para não envergonhar a classe médica. Mandou-me sentar e mascando pastilha elástica, repito, mascando pastilha elástica de boca aberta, perguntou-me de que mal padecia.
Apeteceu-me responder-lhe, com uns arrotos pelo meio, que sofria de flatulências…embora não fosse essa a minha maleita…
Depois de lhe ter dado uma brevíssima explicação, ouvi o “veredicto” e, entre algumas mastigadelas, o modo de administrar os medicamentos que deveria tomar. Mascando, despediu-se dizendo as m’lhoras…
Só faltou fazer um daqueles enormes balões que rebentam com um estalinho agudo…
Achei aquele comportamento de uma enorme falta de educação e uma desconsideração para com os doentes.
Espero, sinceramente, que o doente atendido depois de mim lhe tenha tossido para cima e feito queixa na Autoridade da Concorrência… porque a senhora estava, inequivocamente, a concorrer com um bovino… isto, para não lhe chamar vaca, porque eu sou uma lady…
Fui a uma daquelas consultas de urgência das 18 às 20 horas. Pomposamente, chamam-lhes Atendimento Complementar. Como cheguei às 17.45 já não havia senhas para esse dia. Fiquei a saber que as senhas eram distribuídas às 17.30 pelo segurança que se encontra à porta do centro e essa distribuição era feita pela ordem de chegada dos utentes. Claro está que muito antes das 17 horas e 30 minutos já está pessoal à espera de vez.
Tive mais sorte no segundo dia. Cheguei às 16.45 e já tinha sete pessoas à minha frente…
Sei que o nosso sistema de saúde não funciona mas, a razão da minha indignação, desta vez, não se prende com o sistema. E digo desta vez porque é perfeitamente natural que um destes dias me indigne com o sistema propriamente dito (com tanta gente contra o sistema não sei como este ainda não se suicidou…).
Curiosamente, apesar de ser o oitavo utente, fui o 4º doente a ser atendido… Deus é grande e resolveu dar-me uma benesse, já que não tenho sorte nas filas do supermercado…
Como os doentes são divididos por vários gabinetes, quis a fortuna que eu fosse calhar no gabinete do médico que chegou mais cedo…
So far so good mas basta um grão de areia na engrenagem para tramar tudo…
Ouvi chamar o meu nome e entrei. A médica que me atendeu deveria rondar os cinquenta anos e não vou revelar o nome apenas para não envergonhar a classe médica. Mandou-me sentar e mascando pastilha elástica, repito, mascando pastilha elástica de boca aberta, perguntou-me de que mal padecia.
Apeteceu-me responder-lhe, com uns arrotos pelo meio, que sofria de flatulências…embora não fosse essa a minha maleita…
Depois de lhe ter dado uma brevíssima explicação, ouvi o “veredicto” e, entre algumas mastigadelas, o modo de administrar os medicamentos que deveria tomar. Mascando, despediu-se dizendo as m’lhoras…
Só faltou fazer um daqueles enormes balões que rebentam com um estalinho agudo…
Achei aquele comportamento de uma enorme falta de educação e uma desconsideração para com os doentes.
Espero, sinceramente, que o doente atendido depois de mim lhe tenha tossido para cima e feito queixa na Autoridade da Concorrência… porque a senhora estava, inequivocamente, a concorrer com um bovino… isto, para não lhe chamar vaca, porque eu sou uma lady…
2 comentários:
Passei aqui um bocado da tarde entretida a ler as suas indignações.
Como eu a compreendo!
A minha médica ginecologista tem o mesmo hábito de mascar pastilha elástica.
Venho sempre irritada com essa falta de "chá" e nem sequer é num Centro de Saúde.
Enfim, a educação recebe-se em casa, não nas escolas nem nas faculdades.
Continue a denunciar pois isso é bom.
Ana Castro
Olá Ana!
Ainda bem que as minhas indignações lhe deram gozo e que algumas delas são também as suas...
O mais engraçado foi o equívoco que se gerou à volta do seu nome porque o meu apelido também é Castro e tenho uma filha e uma sobrinha que se chamam Ana...
Um abraço
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