Hoje é o meu aniversário. Neste dia chuvoso e taciturno fui contemplada com um presente único que, não só me fez extraordinariamente feliz, mas também teve o dom de transformar um dia cerrado num dia luminoso e lindo…
Recordar a minha infância é sempre compensador, mas estava longe de imaginar que o meu primo J. me fizesse esta enorme surpresa. Embora já tivéssemos conversado sobre a planta da saudosa casa do nosso avô R., apesar de o J. ter, inclusivamente, feito um esboço, julguei que o assunto tivesse caído no esquecimento, pois são tantos os afazeres que algumas coisas vão ficando para trás, geralmente aquelas que nos dão verdadeiro prazer.
Hoje é o meu aniversário. Hoje fui contemplada com um presente único. O meu primo enviou-me uma “obra-primo”, a planta de localização e a planta da casa do avô R., nas Caldas da Rainha, onde passámos uma parte da infância, as férias grandes, e onde nos sentimos afortunados por termos um avô fantástico…
Recordar a minha infância é sempre compensador, mas estava longe de imaginar que o meu primo J. me fizesse esta enorme surpresa. Embora já tivéssemos conversado sobre a planta da saudosa casa do nosso avô R., apesar de o J. ter, inclusivamente, feito um esboço, julguei que o assunto tivesse caído no esquecimento, pois são tantos os afazeres que algumas coisas vão ficando para trás, geralmente aquelas que nos dão verdadeiro prazer.
Hoje é o meu aniversário. Hoje fui contemplada com um presente único. O meu primo enviou-me uma “obra-primo”, a planta de localização e a planta da casa do avô R., nas Caldas da Rainha, onde passámos uma parte da infância, as férias grandes, e onde nos sentimos afortunados por termos um avô fantástico…
Vagueei pelas divisões com a mesma segurança de antigamente e passeei no quintal com a mesma vontade de subir à nogueira… Era no magnífico quintal que brincávamos despreocupados e os meus primos cortavam as caudas às lagartixas para as ver a abanar sozinhas, era no quintal que a madrinha dava de comer às galinhas e aos coelhos e o avô fazia girar a roda da bomba de água para, julgo eu, “alimentar” o depósito da casa (a minha mãe desmente, diz que era apenas para regar o quintal...). Era na marquise que dormitavam enroscados o T. e o R. e o avô engraxava os sapatos da família toda, era a porta de acesso ao sótão que me metia medo, era nos arrumos que o avô guardava a caçadeira (nesse tempo nenhum de nós se atrevia a mexer-lhe…). Era na sala que passávamos algumas tardes a jogar à berlinda, era no quarto dos avós que nos deitávamos à noite e pedíamos uma história…
Isto, na altura em que me chamavam “princesa”, o sorriso era fácil, não tinha inquietações, as lembranças eram curtas, os sonhos imensos, não sabia o que era saudade e o tempo passava devagar…
Isto, na altura em que me chamavam “princesa”, o sorriso era fácil, não tinha inquietações, as lembranças eram curtas, os sonhos imensos, não sabia o que era saudade e o tempo passava devagar…
(Obrigada J. pelo delicioso presente…)
3 comentários:
Maravilhoso...
Apesar de ligeiramente atrasado, pois só hoje vim ao seu blogue, os meus sinceros parabéns
Cumprimentos
J. Leite
Obrigada José! O atraso não tem importância, nem sequer é uma obrigação de quem me visita.
Cumprimentos,
FC
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