domingo, 7 de março de 2010

As minhas escolhas...

Dediquei este fim-de-semana à 7ª arte. Comecei por ver Whatever Works (em Portugal, Tudo pode dar certo), o mais recente filme de Woody Allen. O protagonista principal, que é também o narrador, é pessimista, corrosivo, amargo, egocêntrico e paranóico. Esta comédia romântica, tão ao estilo de Woody, é um filme que além de me pôr bem-disposta nos transmite uma mensagem: não importa que as coisas que me fazem feliz sejam, aos olhos dos outros, completamente ilógicas ou disparatadas, o que importa é que me façam feliz.

Parti para Dorian Gray. Mais uma adaptação ao cinema desta obra. Apesar de já ter lido este romance de Oscar Wilde (no original, O Retrarto de Dorian Gray) há muitos anos, ainda me recordava do enredo. Gostei, principalmente, de ver o eterno Mr. Darcy (Colin Firth) no papel de Lord Henry. Ben Barnes muito bem no papel de Dorian Gray, forever young...

An Education (em português Uma Outra Educação) foi a terceira obra cinematográfica que vi.
Um filme vulgar que me deixou extraordinariamente bem impressionada. É um filme passado no período pós-guerra, simples, sem violência, sensível e intimista. Adorei o filme, mas eu não passo de uma cinéfila ignorante. Gosto ou não gosto, gosto muito ou gosto pouco. An Education, veria outra vez sem qualquer sacrifício… Lindo!


O último, e neste caso será mesmo the least, Alice no País das Maravilhas (no original, Alice in Wonderland). Tim Burton que me desculpe, mas desta vez a sua genialidade não chegou para me perturbar. Sou fã do realizador mas não chego ao ponto de ser fundamentalista porque o fundamentalismo nos leva a defender princípios, sem qualquer flexibilidade e caindo mesmo no fanatismo e eu considero-me uma pessoa bastante tolerante…Como diria Voltaire, discordo daquilo que dizes, mas defenderei até à morte o teu direito de o dizeres e eu sou como a irmã Georgina, gosto muito de dizer coisas…
Assim, o que para a grande maioria é mais uma obra-prima de Burton, superando qualquer expectativa, o que para os críticos é cinco estrelas e excepcional, a mim soube-me a pouco. Talvez porque as minhas expectativas eram elevadíssimas.

É verdade que Tim Burton nos apresenta cenários admiráveis e coloridos, efeitos especiais sensacionais, que nos fazem entrar no mundo da fantasia, e uma caracterização prodigiosa, mas parece-me que a narrativa poderia ter sido mais explorada. Resumo a história em poucas palavras: Todas as criaturas mágicas que habitam Underland vivem oprimidas pela Rainha Vermelha. Alice tem que recuperar uma espada, matar Jabberwock e destronar a Rainha Vermelha em favor da Rainha Branca.
Outro resumo mais cáustico: A insípida Alice vira guerreira, mata o dragão e põe fim ao reinado da cabeçuda e malvada Rainha Vermelha, entregando a coroa à Rainha Branca, toda ela Peace and Love… (que me pareceu incapaz de governar, apesar do tamanho normal da cabeça e de não gritar…).
Prefiro a lagarta da versão animada da Disney, tem um ar altivo e sabedor. Esta safa-se pela voz inconfundível de Alan Rickman.
O que eu gostei mais no filme? Da “verdadeira” personagem central…o Chapeleiro Louco ou o irreconhecível e inigualável Johnny Depp, claro!... Seguem-se-lhe Helena Bonham Carter como Rainha Vermelha, a extravagante e louca Lebre de Março e o Gato de Cheshire.
A mensagem mais profunda que retirei da história foi que se acreditarmos nos nossos sonhos, na nossa persistência e nas nossas crenças podemos fazer milagres.
Por uma razão completamente alheia ao realizador (digo eu, que não percebo nada disso…), a escolha do tamanho e da cor das legendas foi péssimo. Amarelinhas e minúsculas perdiam-se nos fundos mais claros. Só em Underland, consegui lê-las sem esforço. E não, não sou eu que sou pitosga…porque as minhas filhas queixaram-se do mesmo.
Se esta moda do 3D pega, vou deixar de ir ao cinema…

1 comentário:

Anónimo disse...

Não me fale em Mr. Darcy...que eu desafino!Ai, ai...