domingo, 29 de abril de 2012

Sem rodeios

Não consigo ajuizar as notícias assim que são do conhecimento público. Fico a digerir a informação e quando tenho tempo para opinar ou me falta a vontade ou deixou de ser oportuno falar no assunto. Como está na moda dizer-se, “é uma questão de timing”. Desta vez, porém, mesmo sendo inoportuno, vou opinar, embora tenham que levar uma seca antes de chegar à notícia propriamente dita…Utilizo para postar, por sugestão da minha filha A e agora por sistema, o Windows Live Writer. Trouxe-me algumas vantagens em relação às colocações directas no blogger porque é dotado de uma maleabilidade que torna tudo mais fluído. Quando começo um texto sei, de antemão, que demorarei três ou quatro dias a escrevê-lo. Ou não gosto do início, ou não me agrada a forma como me exprimo, ou não aprecio a linguagem, ou escrevo o texto de novo, enfim, tento ser purista (não quer dizer que seja bem-sucedida…) e, por vezes, tenho mesmo uma revisora de provas! Como não sou perita em gramática (se o meu avô J.J. lesse isto…) e escrevo de ouvido… tenho receio de dar umas calinadas na pontuação e é aí que entra a minha revisora para que não existam ou faltem vírgulas. É ou não verdade que uma despretensiosa vírgula colocada no sítio errado pode mudar o sentido do texto ou da frase? Ainda há dias publiquei um excerto de uma crónica e só não corrigi as vírgulas porque eticamente me sinto obrigada a transcrevê-lo sic, isto é, exactamente como foi escrito. Do mesmo modo que engalinho com frases gramaticalmente mal construídas também me abespinho com algumas “preciosidades” da língua portuguesa que se espalharam rapidamente entre nós como uma epidemia. É o caso da troca do “há” pelo “á” e o “a” sozinho com acento agudo e não grave. Trocam o “há” do verbo “haver” por uma coisa que não existe na língua portuguesa porque o “a” sozinho nunca tem acento agudo, é totalmente incorrecto. Vamos á feira? E o acento grave, ficou onde? Debaixo das saias da avozinha? É grave!... Á conquilhas? Á bifanas? Será porque o “h” é mudo? A malta não o ouve e, pela calada, ignora-o totalmente. Então, porque cargas d’água não escrevem “ipermercado”, “omem”, “oje”, “ospital”? Nem sei como rotular isto, se (h)ilariante ou (h)eresia, mas que eu fico a (h)iperventilar, fico…Estas “pérolas” da nossa língua não ficam por aqui. Rezo ao eloquente São Francisco de Sales para que as pessoas não escrevam como falam porque oiço tanta patacoada… “Leva-zo” em vez de “leva-o” ou “leva-lo”; “puze-o” em vez de “pu-lo”. Enfim, todos sabemos que “herrar é umano”… “poriço” não vou alongar-me mais até porque já divaguei o suficiente, mas lá diz o ditado “a divagar se vai ao longe”…

Notícia: Durante uma conferência de imprensa, o ministro da Educação e Ciência anunciou que, a partir de 2013, os alunos do 4.º ano vão passar a ter exames que contarão para a nota final. Inicialmente terão um peso de 25% e no ano seguinte a ponderação será de 30%.

Li alguns comentários à notícia e fiquei estupefacta! Desde dizerem que ainda as crianças não sabem quase falar e andar e já estão com exames em cima, passando pelos problemas de pressão e ansiedade a que os miúdos são submetidos, que não é saudável, até chamar à baila a recriação da Mocidade Portuguesa, as coisas mais descabidas foram escritas. Não li todos, mas calculo que também terão dito que é traumatizante…
Os obstáculos fazem parte da vida, há que ultrapassá-los, tornam-nos mais fortes. Podemos comparar a nossa vida a uma corrida com barreiras ou com obstáculos ao longo do percurso. Há quem passe sem as derrubar, mas até mesmo um bom “atleta” encontra, numa ocasião ou noutra, dificuldades na corrida. Ora, se retirarmos os obstáculos no início do percurso e os colocarmos numa etapa mais avançada da vida, acabamos por aprender da pior maneira, ou seja, é tarde, faltámos ao treino inicial. Do meu ponto de vista, não faz mal nenhum à criança passar pela tensão de um exame, pela preocupação e incerteza, porque ao longo da vida vai passar por um indeterminado número de situações de pressão e será benéfico que vá treinando porque é o treino que, ao criar um hábito, faz reduzir o stress. No futuro estarão mais aptos para enfrentar as adversidades que encontrem pelo caminho.
Como já o disse, num outro “post”, passei por 3 exames na instrução primária, exame da 4ª classe, exame de admissão às escolas técnicas (na Pedro de Santarém) e exame de admissão ao liceu (na Marquesa de Alorna). Todos com provas escritas e orais! Durante os anos seguintes passei por mais exames. Em todos me esforcei, todos me apoquentaram. Todos me fizeram crescer, nenhum deles me deixou marcas, nenhum deles me traumatizou, e não houve um único momento em que tivesse passado pela cabeça dos meus pais, ou pela minha, que eu fosse vítima de um sistema de ensino retrógrado ou tal facto reprimisse o meu crescimento saudável e natural.
Havia um sketch num programa do Jô Soares (Planeta dos Homens ou Viva o Gordo) em que um dos intervenientes perguntava posso falar o que eu acho? e o outro respondia pode... mas fala baixo! Pois eu falei alto, ou melhor, escrevi o que eu penso sem rodeios, e estou-me nas tintas para quem, como algumas figuras ilustres do país, pensar que isto é um recuo no ensino, um regresso ao passado, uma coisa do tempo do Estado Novo…

sexta-feira, 27 de abril de 2012

O amor vence barreiras…

Apesar de este spot ser da multinacional P&G (dona do Tide, do Ariel e do Fairy, só para referir algumas das dezenas de marcas), patrocinadora oficial dos Jogos Olímpicos de Londres, apesar de o seu vice-presidente de marketing para a Europa Ocidental ter afirmado que o investimento da empresa tem de pagar-se a si próprio, e pagar-se generosamente, de outro modo não o faríamos (de outro modo seriam otários, claro…), a mensagem que passa é emocionante e deixa as mães de lágrima ao canto do olho…Quem não incentiva um filho a triunfar, quem não apoia um filho para que venha a ser, seja qual for o seu projecto de vida, um vencedor no futuro?

quarta-feira, 25 de abril de 2012

O Princípio da Cenoura

Motivação + Reconhecimento = Resultados

Como não há motivação… e, hoje em dia, manifestar reconhecimento em relação aos colaboradores é muito raro, para não dizer inexistente, o burro “amarrou o burro” e já lá não vai nem com chibatadas…

BURRO

terça-feira, 24 de abril de 2012

Um homem de esquerda…

… que, no meu entendimento, me parecia ser um homem às direitas…
Apesar de não ter afinidades com a identidade ideológica do Bloco de Esquerda aqui fica o meu reconhecimento ao Miguel Portas que me conduziu, através de belíssimos documentários históricos, até terras da Tanzânia, Zanzibar, Moçambique, Etiópia, Iémen e Índia, assim como pelas fantásticas histórias do Mediterrâneo.
Em 2010, num convite feito pela TSF, Miguel Portas divulgou a sua playlist. A última música escolhida foi da banda de rock The Doors intitulada The End

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Os fantásticos livros voadores

23 de Abril, dia mundial do livro. Vejam esta animação, produzida pela Moonbot Studios, profundamente sensível da vida que os livros ganham e carregam. Vida e leitura transitam juntos atravessando a existência daqueles que lidam com eles e os deixam pousar em si mesmos e que se encantam em lhes dar vida, seja pela leitura ou pela escrita.

the-fantastic-flying-books

sábado, 21 de abril de 2012

Let's look at the trailer (26)

“Amigos Improváveis” (Intouchables) é uma comédia brilhante! Este filme, sobre a relação invulgar entre um tetraplégico (François Cluzet) e o ex-delinquente (Omar Sy) que trata dele, tornou-se a segunda película francesa mais vista de sempre.
Omar Sy foi uma agradável surpresa e agora entendo porque conseguiu arrebatar o César de Melhor Actor ao grande favorito Jean Dujardin na 37ª cerimónia de entrega dos prémios do cinema francês.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

A minha onda (35)

É um prazer ouvir…

Con te partirò, su navi per mari che, io lo so, no, no, non esistono più,
it's time to say goodbye.

terça-feira, 17 de abril de 2012

A (minha) mania das grandezas…

Li um artigo de opinião de Eduardo Paz Ferreira, no Jornal de Negócios, glosando o tema Portugal e a Europa avançam qual "Titanic" para o naufrágio.
Avanço desde já dizendo que não vou debruçar-me sobre este assunto porque, além de não ter nada a acrescentar ao acertado texto, não tenho bagagem para dissertar sobre a matéria. Vou, portanto, apenas apreciar um pequeno excerto em que ele evoca a tragédia do unsinkable Titanic. Dizia Paz Ferreira “Aquilo que me inquieta e desafia é, de facto, a indagação sobre o que faz o fascínio do tema Titanic. Com o maior respeito pelas poucas mais de mil e quinhentas pessoas que faleceram no desastre, não consigo deixar de recordar – e em que quantidade, infelizmente – muitos outros acontecimentos bem mais trágicos e destruidores de vidas humanas, que não merecem a mesma atenção e, desde logo, o naufrágio do "Lusitânia", atingido por um submarino alemão três anos depois.
Provavelmente que a explicação, muitas vezes adiantada, de que o interesse é devido ao facto de o desastre corresponder a uma demonstração de, que sempre que o homem proclama a invencibilidade de um engenho seu, a natureza ou as divindades tratam de o reconduzir à sua verdadeira dimensão, tem alguma razão de ser.”
Quem tem a caturrice, coragem e pachorra de me ir lendo e passar por aqui (bem hajam, como diria o empregado da pastelaria Astro na Av. Guerra Junqueiro, em Lisboa…) está careca de saber que eu sou uma eterna apaixonada do transatlântico RMS Titanic, da White Star Line, e do RMS Lusitania, um navio da Cunard Line. Quem me conhece bem sabe que esta paixão tem algo de lunático e, porque não confessá-lo, de maníaco. Também atraído por estas questões, o meu amigo JMC dizia-me, há pouco tempo, que este interesse por naufrágios seria, claramente, objecto de estudo e análise por parte de Freud… (não confundam com um case study porque eu não sou uma ferramenta de marketing nem tão-pouco uma história de sucesso…).
Pegando na convincente teoria freudiana que comparou o psiquismo humano a um icebergue, e sabendo nós que a sua parte visível corresponde ao consciente e a parte submersa, que não se vê e é maior, ao inconsciente, cabendo-lhe um papel determinante no comportamento, deduzo que inconscientemente sou maluca...
Quando Eduardo Paz Ferreira confronta os dois trágicos naufrágios declarando que o desastre do Lusitania nunca mereceu a devida atenção, tem manifestamente razão, mas faltou-lhe mencionar que o dramático naufrágio do Titanic, o gigante dos mares, foi amplamente divulgado por ser um navio supostamente inafundável, naufragou na viagem inaugural sem ter chegado ao seu destino e tudo isto aconteceu em tempo de paz…
Por que razão não esquecemos o Titanic? Para o historiador e pesquisador inglês Tim Maltin“o Titanic é a tragédia perfeita: o homem tentou controlar o universo, mas viu que a sua grandeza não é total. Até a mais avançada tecnologia pode ser dobrada por um vasto universo que nunca entenderemos completamente.”
Cem anos depois, o fascínio mundial sobrevive…

segunda-feira, 16 de abril de 2012

domingo, 15 de abril de 2012

sábado, 14 de abril de 2012

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Message in a bottle (68)

Lamentavelmente tenho que confessar que a minha cultura literária é exígua e quando tento ler as crónicas de António Lobo Antunes na revista Visão, sinto-me particularmente pateta porque não consigo “decifrar” a sua escrita. Esta, talvez por ser um bocado à margem do seu estilo, é de fácil leitura, assim para gentinha como eu…

Nação valente e imortal (António Lobo Antunes – revista Visão)

Agora sol na rua a fim de me melhorar a disposição, me reconciliar com a vida. Passa uma senhora de saco de compras: não estamos assim tão mal, ainda compramos coisas, que injusto tanta queixa, tanto lamento. Isto é internacional, meu caro, internacional e nós, estúpidos, culpamos logo os governos. Quem nos dá este solzinho, quem é? E de graça. Eles a trabalharem para nós, a trabalharem, a trabalharem e a gente, mal-agradecidos, protestamos. Deixam de ser ministros e a sua vida um horror, suportado em estóico silêncio. Veja-se, por exemplo, o senhor Mexia, o senhor Dias Loureiro, o senhor Jorge Coelho, coitados. Não há um único que não esteja na franja da miséria. Um único. Mais aqueles rapazes generosos, que, não sendo ministros, deram o litro pelo País e só por orgulho não estendem a mão à caridade.
O senhor Rui Pedro Soares, os senhores Penedos pai e filho, que isto da bondade às vezes é hereditário, dúzias deles.
Tenham o sentido da realidade, portugueses, sejam gratos, sejam honestos, reconheçam o que eles sofreram, o que sofrem. Uns sacrificados, uns Cristos, que pecado feio, a ingratidão. O senhor Vale e Azevedo, outro santo, bem o exprimiu em Londres. O senhor Carlos Cruz, outro santo, bem o explicou em livros. E nós, por pura maldade, teimamos em não entender. Claro que há povos ainda piores do que o nosso: os islandeses, por exemplo, que se atrevem a meter os beneméritos em tribunal. Pelo menos nesse ponto, vá lá, sobra-nos um resto de humanidade, de respeito.
Um pozinho de consideração por almas eleitas, que Deus acolherá decerto, com especial ternura, na amplidão imensa do Seu seio. Já o estou a ver Senta-te aqui ao meu lado ó Loureiro Senta-te aqui ao meu lado ó Duarte Lima Senta-te aqui ao meu lado ó Azevedo que é o mínimo que se pode fazer por esses Padres Américos, pela nossa interminável lista de bem-aventurados, banqueiros, coitadinhos, gestores que o céu lhes dê saúde e boa sorte e demais penitentes de coração puro, espíritos de eleição, seguidores escrupulosos do Evangelho. E com a bandeirinha nacional na lapela, os patriotas, e com a arraia-miúda no coração. E melhoram-nos obrigando-nos a sacrifícios purificadores, aproximando-nos dos banquetes de bem-aventuranças da Eternidade. As empresas fecham, os desempregados aumentam, os impostos crescem, penhoram casas, automóveis, o ar que respiramos e a maltosa incapaz de enxergar a capacidade purificadora destas medidas. Reformas ridículas, ordenados mínimos irrisórios, subsídios de cacaracá? Talvez. Mas passaremos sem dificuldade o buraco da agulha enquanto os Loureiros todos abdicam, por amor ao próximo, de uma Eternidade feliz. A transcendência deste acto dá-me vontade de ajoelhar à sua frente.
Dá-me vontade? Ajoelho à sua frente, indigno de lhes desapertar as correias dos sapatos. Vale e Azevedo para os Jerónimos, já! Loureiro para o Panteão, já! Jorge Coelho para o Mosteiro de Alcobaça, já! Sócrates para a Torre de Belém, já! A Torre de Belém não, que é tão feia. Para a Batalha. Fora com o Soldado Desconhecido, o Gama, o Herculano, as criaturas de pacotilha com que os livros de História nos enganaram.
Que o Dia de Camões passe a chamar-se Dia de Armando Vara. Haja sentido das proporções, haja espírito de medida, haja respeito. Estátuas equestres para todos, veneração nacional. Esta mania tacanha de perseguir o senhor Oliveira e Costa: libertem-no. Esta pouca vergonha contra os poucos que estão presos, os quase nenhuns que estão presos por, como provou o senhor Vale e Azevedo, como provou o senhor Carlos Cruz, hedionda perseguição pessoal com fins inconfessáveis. Admitam-no. E voltem a pôr o senhor Dias Loureiro no Conselho de Estado, de onde o obrigaram, por maldade e inveja, a sair. Quero o senhor Mexia no Terreiro do Paço, no lugar de D. José que, aliás, era um pateta. Quero outro mártir qualquer, tanto faz, no lugar do Marquês de Pombal, esse tirano.
Acabem com a pouca vergonha dos Sindicatos.Acabem com as manifestações, as greves, os protestos, por favor deixem de pecar. Como pedia o doutor João das Regras, olhai, olhai bem, mas vêde. E tereis mais fominha e, em consequência, mais Paraíso. Agradeçam este solzinho. Agradeçam a Linha Branca. Agradeçam a sopa e a peçazita de fruta do jantar.
Abaixo o Bem-Estar. Vocês falam em crise mas as actrizes das telenovelas continuam a aumentar o peito: onde é que está a crise, então? Não gostam de olhar aquelas generosas abundâncias que uns violadores de sepulturas, com a alcunha de cirurgiões plásticos, vos oferecem ao olhinho guloso? Não comem carne mas podem comer lábios da grossura de bifes do lombo e transformar as caras das mulheres em tenebrosas máscaras de Carnaval. Para isso já há dinheiro, não é? E vocês a queixarem-se sem vergonha, e vocês cartazes, cortejos, berros.
Proíbam-se os lamentos injustos. Não se vendem livros? Mentira. O senhor Rodrigo dos Santos vende e, enquanto vender, o nível da nossa cultura ultrapassa, sem dificuldade, a Academia Francesa. Que queremos? Temos peitos, lábios, literatura e os ministros e os ex-ministros a tomarem conta disto.
Sinceramente, sejamos justos, a que mais se pode aspirar? O resto são coisas insignificantes: desemprego, preços a dispararem, não haver com que pagar ao médico e à farmácia, ninharias. Como é que ainda sobram criaturas com a desfaçatez de protestarem? Da mesma forma que os processos importantes em tribunal a indignação há-de, fatalmente, de prescrever. E, magrinhos, magrinhos mas com peitos de litro e beijando-nos um aos outros com os bifes das bocas seremos, como é nossa obrigação, felizes.

Case Closed

Cem anos após o naufrágio do "Titanic" foram vários os canais de televisão que recordaram a tragédia com vários documentários, todos eles bastante recentes. No entanto, na minha opinião, só um deles trouxe, através do historiador Tim Maltin, uma nova luz ao desastre e revela a verdadeira causa da tragédia. Para todos aqueles que, como eu, se sentem cativados por este funesto acontecimento, e caso não tenham visto, não percam este insólito documentário da National Geographic: Titanic 100 Years: Case Closed. 
Uma teoria nova e revolucionária.

terça-feira, 10 de abril de 2012

domingo, 8 de abril de 2012

Blá, blá, blá…

Devido  à velocidade da luz ser superior à do som, algumas  pessoas parecem inteligentes até as ouvirmos…

Blá_blá

sábado, 7 de abril de 2012

Message in a bottle (67)

Paris-Telheiras (por João Quadros in Negócios Online)

"Os dados mais recentes do Instituto Nacional de Estatística (INE) demonstram que o Pingo Doce (da Jerónimo Martins) e o Modelo Continente (do grupo Sonae) estão entre os maiores importadores portugueses."

Porque é que estes dados não me causam admiração? Talvez porque, esta semana, tive a oportunidade de verificar que a zona de frescos dos supermercados parece uns jogos sem fronteiras de pescado e marisco. Uma ONU do ultra-congelado. Eu explico.
Por alto, vi: camarão do Equador, burrié da Irlanda, perca egípcia, sapateira de Madagáscar, polvo marroquino, berbigão das Fidji, abrótea do Haiti… Uma pessoa chega a sentir vergonha por haver marisco mais viajado que nós. Eu não tenho vontade de comer uma abrótea que veio do Haiti ou um berbigão que veio das exóticas Fidji. Para mim, tudo o que fica a mais de 2.000 quilómetros de casa é exótico. Eu sou curioso, tenho vontade de falar com o berbigão, tenho curiosidade de saber como é que é o país dele, se a água é quente, se tem irmãs, etc.
Vamos lá ver. Uma pessoa vai ao supermercado comprar duas cabeças de pescada, não tem de sentir que não conhece o mundo. Não é saudável ter inveja de uma gamba. Uma dona de casa vai fazer compras e fica a chorar junto do linguado de Cuba, porque se lembra que foi tão feliz na lua-de-mel em Havana e agora já nem a Badajoz vai. Não se faz. E é desagradável constatar que o tamboril (da Escócia) fez mais quilómetros para ali chegar que os que vamos fazer durante todo o ano. Há quem acabe por levar peixe-espada do Quénia só para ter alguém interessante e viajado lá em casa. Eu vi perca egípcia em Telheiras… fica estranho. Perca egípcia soa a Hercule Poirot e Morte no Nilo. A minha mãe olha para uma perca egípcia e esquece que está num supermercado e imagina-se no Museu do Cairo e esquece-se das compras. Fica ali a sonhar, no gelo, capaz de se constipar.
Deixei para o fim o polvo marroquino. É complicado pedir polvo marroquino, assim às claras. Eu não consigo perguntar: "tem polvo marroquino?", sem olhar à volta a ver se vem lá polícia. "Queria quinhentos de polvo marroquino" - tem de ser dito em voz mais baixa e rouca. Acabei por optar por robalo de Chernobyl para o almoço. Não há nada como umas coxinhas de robalo de Chernobyl.
Eu, às vezes penso: o que não poupávamos se Portugal tivesse mar.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Project Glass

Google mostra em vídeo um dia com óculos de realidade aumentada.
(Exame Informática)

O projeto tinha sido revelado em fevereiro, mas só agora a Google divulgou um vídeo onde mostra um dia rotineiro de um utilizador dos novos óculos com realidade aumentada. Pelo vídeo, conseguimos perceber que o utilizador vai poder controlar música, receber direções de orientação, tirar fotografias, dar comandos de voz e fazer videoconferências.

O projeto Google Glass foi revelado em fevereiro, pelo New York Times, mas a Google só agora divulgou este vídeo. O projeto está a ser desenvolvido pela divisão Google X. Ainda não se sabe quando é que os óculos poderão chegar ao mercado.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Leitura obrigatória

Em “O Protocolo de Budapeste”, de Adam Lebor, o autor anunciou que se trata de uma obra de ficção, mas acrescentou que se baseia em documentos reais da “intelligence” americana de 1944. “My book’s hero is, of course, a foreign correspondent – what else did you expect?! He discovers that the European Union super-state is a front for a sinister conspiracy hatched in the last days of the Second World War. The Budapest Protocol is fiction, but was inspired by a genuine 1944 US military intelligence report on the Nazi industrialists post-war plans, known as the Red House Report”.

Na edição portuguesa, em 2011, o livro mereceu uma crítica de Filipe Luís na Visão. […] Adam Lebor não é português - nem a narração da sua trama se desenvolve cá. Mas os pontos de contacto com a realidade são irresistíveis. Aliás, "não é muito inteligente imaginar que numa casa tão apinhada como a Europa, uma comunidade de povos seja capaz de manter diferentes sistemas legais e diferentes conceitos legais durante muito tempo." Quem disse isto foi Adolf Hitler. A pax germânica seria o destino de "um continente em paz, livre das suas barreiras e obstáculos, onde a história e a geografia se encontram, finalmente, reconciliadas" - palavras de Giscard d'Estaing, redactor do projeto de Constituição europeia. É um facto que a Europa aparenta estar em paz. Mas a guerra pode ter já recomeçado.[…]

PB

Uma história de conspiração, sinistra, baseada em documentos de 1944 da “intelligence” dos Estados Unidos que revelam como os líderes nazis planearam um Quarto Reich - não um império militar, mas um económico. Ocupação nazi de Budapeste, Inverno 1944. Os Russos rasgam as linhas alemãs. Miklos Farkas liberta-se do gueto judaico para encontrar comida na sede dos nazis. É-lhe entregue uma cópia roubada do Protocolo Budapeste, detalhando os planos nazis do pós-guerra. Miklos sabe que deve ficar escondido para sempre, se quiser sobreviver.
O livro apresenta Budapeste nos dias actuais. Enquanto a União Europeia lança a campanha de eleição do primeiro Presidente da Europa, Miklos Farkas é brutalmente assassinado. O seu neto jornalista, Alex, põe de lado o seu sofrimento para ir no encalço dos assassinos. Desemaranha-se uma conspiração resfriadora, arraigada nos dias da queda do Reich, aquele que assegurará o domínio económico nazi da Europa - e um plano de um novo Holocausto Cigano.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Gritar em silêncio…

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Fresquinhos…

Acabadinhos de entrar nas “Outras Marés”.

  • Contribuam para a voz da sociedade civil.
  • Percam horas a ver o melhor do marketing de guerrilha.
  • Vagueiem na alma destas ruas e deleitem-se com as suas histórias.
  • Descubram o que está dentro, à volta, antes e depois dos livros…