Carlos Ruiz Zafón escreveu o seu primeiro romance “O Príncipe da Neblina” em 1993, mas só foi editado em Portugal em 2011. Esta obra faz parte da Trilogia da Neblina, faltando editar, na nossa língua, “El Palacio de la Medianoche” de 1994 e “Las Luces de Septiembre” de 1995, todos eles dirigidos a um público jovem.
“O Príncipe da Neblina” é nitidamente um livro juvenil, um pouco aquém da maturidade literária dos seus outros romances, mas tem uma história bem construída e não deixa de ter a assinatura de Zafón. As descrições quase poéticas, o dramatismo sinistro, a apreensão, o desenrolar misterioso da narrativa, tudo está presente, assim como o talento para nos paralisar nos momentos de suspense, dando por nós a suspirar de alívio por não estarmos na pele das personagens.
É uma aventura onde não falta um barco naufragado, um farol, rochedos do demónio, tempestades, uma casa isolada na praia, palhaços inquietantes, magia e acontecimentos estranhos que me fizeram regressar à infância e à adolescência, aos tempos em que vivia e vibrava com as movimentadas aventuras e mistérios dos livros de Enid Blyton e de John Pudney…
Um diabólico príncipe que tem a capacidade de conceder e realizar qualquer desejo... a um preço muito elevado.
O novo lar dos Carver, numa remota aldeia da costa sul inglesa, está rodeado de mistério. Respira-se e sente-se a presença do espírito de Jacob, o filho dos antigos donos, que morreu afogado.
As estranhas circunstâncias dessa morte só se começam a perceber à medida que o jovem Max, a irmã Alicia e o amigo Roland vão descobrindo factos muito perturbadores sobre uma misteriosa personagem de seu nome…o Príncipe da Neblina.
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